O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Natal ontem e hoje

Presépio, uma tradição secular 

     Era noite de Natal na pequenina cidade italiana de Greccio, no ano de 1223. O Céu parecia tocar a terra, não apenas pela graça própria do Natal, mas porque em Greccio encontrava-se um homem de Deus que mais parecia um serafim: São Francisco de Assis.
     Na Missa de Natal, São Francisco reconstituiu a cena da adoração prestada ao Menino Jesus na manjedoura de Belém. O Deus-Menino, Nossa Senhora, São José, os pastores e os Anjos a cantarem a glória de Deus nas alturas.
     A ideia, tão bem encenada pelo Santo em Greccio, espalhou-se rapidamente por toda a Cristandade e tornou-se uma tradição de mais de 780 anos que vem se repetindo nas festas natalinas em milhões de igrejas e lares católicos do mundo inteiro.
     Levado por artistas italianos, o presépio chegou a Portugal por volta de 1391, e foi introduzido no Brasil pelos primeiros jesuítas que para cá vieram com os colonizadores.
     Ainda hoje os presépios são montados em igrejas, em residências e praças públicas de inúmeras cidades, tomando características próprias, de acordo com as tradições culturais das diversas regiões do país.
     Essas tradições, tão próprias a exprimir a religiosidade da alma brasileira, vão sofrendo, entretanto, graves desvirtuamentos em nossos dias. O Natal, e tudo que com ele se relaciona, perdeu seu caráter essencialmente religioso para dar lugar a manifestações de espírito meramente comercial, pagão e até blasfemo.
     É o que se observa, por exemplo, nos cartões de Natal. Em sua maioria, eles representam de tudo, menos o sublime acontecimento de Belém.
     Outro exemplo, este vindo do exterior, é o conteúdo da notícia abaixo.
     Se o leitor ou leitora quiser oferecer à Sagrada Família uma reparação própria a nossa época, não deixe de rezar diante do presépio implorando as graças que, infelizmente, o mundo atual afugenta em larga medida dos lares e até das igrejas.
 
Bruxelas proíbe Árvore de Natal ‘ofensiva’ aos muçulmanos 
     Na quarta-feira passada, as autoridades governamentais de Bruxelas, Bélgica, proibiram a exposição de uma Árvore de Natal popular, por preocupação de que a população muçulmana local a considerasse “ofensiva”. Uma “árvore de inverno eletrônica” tomará o lugar da Árvore de Natal tradicional e do Presépio no centro da cidade do Grand Place.

     A escultura eletrônica ficará a 25 metros de altura e consiste em um conjunto de telas de televisão, relata o Brussels Expat. “Durante o dia será possível escalar o topo da árvore, onde você poderá desfrutar de uma visão panorâmica da cidade”, explica o sítio na Internet. “Assim que escurecer, a árvore se transforma em um espetáculo de luz e som. A cada dez minutos um show surpreendente será exibido”.
     A vereadora Bianca Debaets acredita que um “argumento equivocado” sobre sensibilidades religiosas motivou Bruxelas a erigir a escultura luminosa. Para expressar o seu ponto de vista, ela menciona o fato de que a exibição da árvore não seja de maneira alguma relacionada ao “Natal”.
     “Suspeito que a referência à religião cristã tenha sido o fator decisivo para a substituição da árvore”, disse aos jornalistas. “Para muitas pessoas que não são cristãs, a árvore lhes é ofensiva”.
     Muitas cidades na Bélgica têm populações muçulmanas crescentes. Um estudo de 2008 revelou que os muçulmanos constituem 25,5 % da população de Bruxelas, 3,9 % de Flandres, e 4% de Valônia.
     Dois muçulmanos eleitos para a Câmara de Vereadores de Bruxelas no mês passado prometeram transformar a Bélgica em um estado muçulmano com base na lei da Xaria.
 
Fonte: The Right Perspective | Tradução de Teresa Maria Freixinho – Fratres in Unum.com 
Esta notícia é preocupante, pois a cada dia estão tentando minar a ação da Igreja no mundo. E, desta forma, milhares poderão ir para o inferno.

domingo, 25 de novembro de 2012

Na França, maré humana diz sim ao matrimônio autêntico e não às uniões homossexuais

Uma maré humana de 250 mil pessoas saiu às ruas na França para expressar seu apoio ao autêntico matrimônio, formado por um homem e uma mulher, e manifestar seu rechaço ao projeto de uniões homossexuais que atualmente está em debate nesse país.
 
     As centenas de milhares de franceses que saíram às ruas de Paris, Toulouse (10 mil), Lyon (27 mil), Marselle (8 mil), Nantes (4 500) e Rennes (2 500) entre outras cidades francesas como Metz, Dijon e Bordeaux, expressaram sua absoluta rejeição à proposta do presidente da França, François Hollande, de equiparar as uniões homossexuais ao matrimônio.
     A jornada em defesa do matrimônio e da família realizou-se no sábado 17 de novembro. Pessoas levando balões azul, branco e rosa, reuniram-se para afirmar que as crianças têm direito a ter um pai e uma mãe.
     Entre os diversos lemas que foram observados nos cartazes estavam: “Não há nada melhor para uma criança que ter pai e mãe”, “Nem progenitor A nem B: pai e mãe são complementares”, “As crianças nascem com direito a pai e mãe”, “Não ao projeto do matrimônio homossexual”, entre outros.
     Uma das manifestantes, que participou da marcha em Paris, ressaltou que “o matrimônio é a união entre um homem e uma mulher. Essa é a base da sociedade”.
     O presidente François Hollande prometeu em sua campanha eleitoral apoiar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e no dia 7 de novembro apresentou o polêmico projeto ante o conselho de ministros, que ganha cada vez mais oposição por parte do povo da França.
     A doutrina católica condena o mal chamado “matrimônio” homossexual porque atenta contra a natureza, sentido e significado do verdadeiro matrimônio, constituído pela união entre um homem e uma mulher, sobre a qual se forma a família.
     A Santa Sé e os bispos em diversos países do mundo denunciaram que as legislações que pretendem apresentar “modelos alternativos” de vida familiar e conjugal atentam contra a célula fundamental da sociedade. 
Fonte: ACI Digital

Leia a obra do Pe. David Francisquini
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As memórias de um condenado a morte

     No verão de 1912 morreu miseravelmente guilhotinado em Paris o soldado Tisseau. Quer dizer, foi-lhe cortada a cabeça. Depois da sua sentença de morte, escreveu na prisão algumas páginas dirigidas aos seus defensores. Ei-las textuais, sem alteração alguma da sintaxe por vezes imperfeita:
     Dirijo estas linhas aos meus defensores que hão feito quanto puderam para me salvar; delas se aproveitarão, se quiserem, para prevenirem e salvaguardarem.
     Estas poucas linhas não têm outro fim além de fazer constar que se eu, filho de honesta família de operários, caí tanto em baixo, não é senão por efeito do ensino recebido na juventude.
     Ensinaram-nos na escola que os pais tinham sobre seus filhos apenas uma autoridade limitadíssima, que segundo as leis, eles não tinham o direito de castigar os próprios filhos, e que o roubo praticado em prejuízo dos mesmos pais não era um roubo e que a lei não podia punir-nos.
     Sendo eu de um caráter já bastante inclinado ao mal, todas estas ideias que ouvi emitir – que todos os homens devem ser iguais, que não devem existir ricos –, não faziam senão excitar-me cada vez mais.
     Daqui veio o meu primeiro crime, por causa do qual me mandaram para uma daquelas casas de correção, que mais não são – ai! – que verdadeiras casas de corrupção, e na qual devia passar longos anos de sofrimento, pois que o Diretor desta casa em vez de fazer tudo quanto teria podido para reconduzir tantos jovens como eu ao bom caminho, ao contrário, só nos fazia sentir todo o seu desprezo.
     A mínima falta era logo: “o pão seco, os ferros, o segredo” e aquele diretor que devera ter sido para nós um pai de família apenas conhecia uma palavra muito terna: “Ceder ou rebentar”.
     Saí daquela casa muito doente, após um certo número de anos, durante os quais só conheci os sofrimentos, com o ódio no coração por aquela sociedade que era a causa de todos os meus males; sem ofício, abandonado aos meus próprios instintos, e desgraçadamente como muitos homens, vim a sucumbir.
     Mas o crime que me lançou fora da sociedade tornou-se para mim um bem, pois que é nesta prisão de Mans – onde escrevo estas linhas – que encontrei um padre que me ensinou o que é verdadeiramente a vida, porque confesso nunca tê-la compreendido.
     Desgraçadamente tais conselhos chegaram-me tarde demais, porque neste momento a pena que sobre mim pesa porventura me impedirá de por em prática os conselhos que me têm sido dados e que jurei seguir.
     Oh! quisera que estas linhas pudessem servir de lição a muitos jovens que, como eu, se deixam seduzir por ideias mentirosas que não cessam de lhes repetir.
     Quantos que, como eu, se deixam levar por estas ideias enganadoras, se verão um dia, talvez, reduzidos ao desespero. Se devo morrer, morrerei como um bravo, certo de que Deus, mais misericordioso que os homens, me perdoou já os meus desvarios, e tenho a doce confiança de ir acolher-me junto Ele.
     Mas o meu coração sangra por pensar nos meus pobres e queridos pais que não se consolarão: oh!, por favor, ide vê-los e dizei-lhes toda a minha mágoa e que o meu último pensamento será para eles.
     Espero encontrá-los lá em cima, onde não cessarei de orar na esperança de tornar a vê-los.
     Estou sempre à espera da decisão que será tomada a nosso respeito (Tisseau tinha um cúmplice que foi também guilhotinado). Essa manhã ainda tive a alegria de ouvir Missa e de receber a Santa Comunhão.
 
Fonte: “Novo manual do catequista” – Mons. Tiuseppe Perardi. No www.adf.org.br

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Como Maria Antonieta prestigiou a batata e uma receita da corte francesa


     A batata foi uma das plantas levadas para o Velho Mundo por Cristóvão Colombo após o descobrimento das Américas.
     Embora hoje em dia a batata seja amplamente utilizada em toda a Europa – a média de consumo de batata na Alemanha é cerca de 70 kg por pessoa/ano – nos seus primeiros anos no Velho Continente a batata teve que se esforçar para ser aceita. Na França, trigo e pão eram produzidos em grande quantidade e a humilde batata era desprezada.
     Antoine-Augustin de Parmentier (1737-1813), um eminente físico que desejava introduzir a batata na dieta alimentar francesa, decidiu que a melhor maneira de acabar com o preconceito era recrutar os bons ofícios do Rei Luís XVI e da Rainha Maria Antonieta. Se eles tornassem a batata algo de bom gosto, o resto da sociedade os seguiria; e eles conseguiram.
     Muitas histórias são contadas. Uma delas diz que Parmentier deu ao casal real algumas flores de batata quando eles estavam caminhando nos jardins de Versailles. A Rainha colocou algumas pequenas flores em seu cabelo. O Rei pôs uma na sua lapela. Os nobres e as damas por sua vez fizeram o mesmo e o incidente tornou-se tema de conversas por toda a França.
     Outra história conta como o Rei deu a Parmentier algumas terras para o plantio de batatas. Muros foram colocados e uma guarda instituída para proteger o jardim. O ar de mistério aguçou a curiosidade do povo, e após oferecerem suborno aos guardas, estes permitiram que as batatas fossem desenterradas. Tudo isso fez com que o povo olhasse a humilde batata sob um novo prisma.
     Todos esses esforços foram recompensados e a batata foi consagrada como boa na cozinha francesa em 1785. Naquele ano, a fome atingiu o nordeste da França, mas os pobres conseguiram sobreviver graças à desprezada batata. A morte de muitos devido à fome foi evitada.
Flor da batata

     Como Frederico o Grande da Prússia, e outros, Luís XVI compreendeu o potencial da batata como alimento básico que podia fazer toda diferença quando a colheita de trigo fosse colocada em perigo por doenças ou mau tempo.
     Este discernimento, este alcance da natureza e do potencial de remédios para os problemas sociais, e a promoção desses remédios para a sociedade como um todo, é algo que os reis e os nobres fizeram através dos séculos. É uma parte inerente à missão da nobreza estar sempre vigilante para encontrar caminhos que protejam e antecipem o bem comum da sociedade.
     Na Espanha, as primeiras batatas foram plantadas no jardim do Mosteiro de Sevilha por Santa Teresa de Jesus. Apreciando as qualidades da batata para o restabelecimento de doenças, ela as dava para as enfermas.
Menina descascando batatas, por Albert Anker
Receita: Croquete de Batata de Luís XVI
Serve 6 pessoas
Ingredientes:
900 g de batatas
2 colheres de sopa de manteiga
¼ colher de chá de pimenta branca
¼ colher de chá de noz-moscada
½ xícara de queijo parmesão ralado
1 colher de chá de salsinha
½ a 1 colher de chá de sal
2 ovos
Farinha de trigo
Pão esfarelado
Modo de Fazer:
   Descasque as batatas, corte-as em quatro pedaços, coloque-as em água salgada quando esta ferver. Quando as batatas estiveram cozidas, escorra-as e amasse-as com manteiga na mesma panela, com o fogo baixo.
   Quando o purê parecer compacto e macio, tire do fogo e acrescente sal, a pimenta branca, a noz-moscada, o queijo ralado e depois uma gema de ovo. Misture tudo muito bem.
   Quando a mistura tiver esfriado, faça bolas criando os croquetes. Passe cada bola primeiro na farinha de trigo, depois no ovo e finalmente no pão esfarelado.
   Frite os croquetes em óleo quente, virando-os com frequência até que eles estejam dourados. Não os frite em grande quantidade de óleo; é melhor numa frigideira.
   Sirva quente com salsinha fresca, se desejar.
Nota: Esta receita foi tirada do livro “Tacuinum dè Eccellentissimi”, by Alex Revelli Sorini e Susanna Cutini website:
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nossa Senhora e o Furacão Sandy

Imagens de Nossa Senhora milagrosamente poupadas pela tempestade nos EUA 
     A super-tempestade Sandy, que atingiu a cidade de Nova Iorque e a costa leste dos EUA, causou mais de 80 mortes e danos materiais estimados em mais de 40 bilhões de dólares.
     Porém, a imensidão da capacidade destrutiva desse fenômeno natural nada foi diante do poder de Nossa Senhora.
     É o que pensam, por exemplo, os habitantes da cidade de Dover, no Estado de New Jersey.
     Eles puderam contemplar atônitos uma colossal árvore que rachou e caiu sob a violência de ventos de mais de 130 km/h, sem causar um arranhão sequer a uma imagem de Nossa Senhora que se encontrava debaixo dela.
     Um vídeo produzido pela NBC exibe de diversos ângulos a imagem de Nossa Senhora e o grau de periculosidade da grande árvore caída.
     A tempestade alagou as ruas, destruiu casas e carros no bairro, mas a família dona da imagem está certa de que Nossa Senhora salvou suas vidas, pois se a árvore tivesse caído sobre a casa, esta teria sido esmagada.
     Seu dono, James Janone, não podia acreditar vendo a árvore derrubada em seu jardim. Tudo foi embora na queda, mas a imagem ficou incólume.
      “É curioso – dizia o técnico eletricista Mike, enquanto consertava os fios da rua –, esta árvore deveria ter caído de qualquer jeito, mas o fez do lado certo para não danificar Nossa Senhora”.
     Os vizinhos se reuniram no local e diziam que foi um milagre.
     “Foi um milagre”, insistia o vizinho Ed Soto. Soto contou que ajudou a colocar a estátua naquele local há cinco anos, para ajudar um amigo a abandonar o vício da droga.
     “Tivesse tombado de outro jeito, teria destruído a casa”, disse.
     Jeff e Patti Taylor não acreditam em milagres, talvez nem sejam católicos, mas, impressionados, diziam: “Há alguém que está nos protegendo lá em cima”. 
O infernal incêndio que nada pôde contra Nossa Senhora das Graças 
     Mais trágico ainda foi o caso verificado no bairro de Breezy Point, na populosa região de Queens, periferia de Nova Iorque. Após um dilúvio de água e vento, um voraz incêndio, provocado provavelmente por um vazamento de gás, transformou o bairro numa imagem do inferno. Sobrecarregados de tarefas, os bombeiros mal conseguiam atingir os quarteirões afetados pelas chamas.
     Pois, paradoxalmente, as ruas estavam inteiramente alagadas. O incêndio rugiu a noite toda e reduziu a cinzas mais de cento e dez casas. Tudo ruiu. Ao amanhecer, o espetáculo era o de uma cidade bombardeada, quiçá por uma bomba atômica.
     Mas ali, sozinha, íntegra, apenas escurecida pelas labaredas, diante do que foi uma casa da qual se pode discernir a sapata, ficou uma imagem de Nossa Senhora das Graças. As notícias não falam sobre o sucedido com os habitantes. 
Uma lição
     Podem ainda acontecer muitas coisas extremamente graves nas nossas vidas. Aliás, Nossa Senhora falou abundantemente disso em La Salette e em Fátima. Mas Ela é a Rainha junto da qual nada devemos temer. Junto de Nossa Senhora não só fisicamente, colocando sua imagem no lar ou no jardim, mas com o coração bem colado no Imaculado Coração de Maria. O que equivale dizer, praticando seriamente nossas obrigações de piedade e ajustando nossa vida, nossos costumes e nossa conduta a cada dia.
     Fazer isso, primeiro para amar mais e melhor a Nossa Senhora. Segundo, para que as labaredas e os cataclismos há tanto tempo anunciados pela Mãe de Deus não nos engulam na hora menos esperada.  
P.S.: Tínhamos concluído a redação deste post quando recebemos a foto ao lado, também reveladora de uma extraordinária proteção. A foto foi tirada também em Breezy Point, Queens, área de Nova Iorque. Trata-se de uma imagem de Santo Antônio, como bem pode se perceber. 
 
 
Fonte: Blog Luzes da Esperança