O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

No mês do Rosário, o terço em família

 
Mas é sobretudo dentro das paredes do lar que temos o desejo de ver reflorir por toda a parte o hábito assíduo da reza do terço, e seja religiosamente guardado e revigorizado com novo fervor.
 
     É que será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho.
     E nós afirmamos que, para desempenho cabal desse árduo dever, é sobremaneira conveniente o costume de rezar o terço em família. Quão suave e profundamente agradável a Deus é o espetáculo do lar cristão que, ao cair de cada noite, ressoa com as harmonias dos reiterados louvores da augusta Rainha do Céu!
     Então essa prece comum reúne pais e filhos, de volta do trabalho do dia, em admirável união de almas, aos pés da imagem de Maria; depois une piedosamente com os ausentes, com os já falecidos; a todos, enfim, com suavíssimo vínculo de amor, liga mais estreitamente a virgem Maria, que, como mãe amantíssima, rodeada da coroa dos seus filhos, ali estará presente a infundir com profusão os dons da união e da paz doméstica.
     Então o lar da família cristã, ajustado ao modelo da família de Nazaré, tornar-se-á mansão de santidade na terra e quase templo sagrado, em que a reza do Rosário de Maria não será apenas particular forma e modo de oração a subir cada dia ao céu em odor de suavidade, mas eficacíssima escola de disciplina e virtude cristã.
     Efetivamente, os admiráveis mistérios da Redenção, propostos à contemplação, hão de fazer que os mais idosos, tendo ante os olhos os exemplos luminosos de Jesus e de Maria, se habituem a passá-los, dia a dia, à prática da vida, deles possam haurir conforto nas angústias e adversidades e, por eles movidos, frutuosamente se lembrem dos tesouros dos bens celestes “aos quais não chega o ladrão, nem rói a traça” (Lc 12, 33).
     E farão que nas mentes das crianças se vão penetrando as principais verdades da fé cristã, de tal maneira que floresça quase espontaneamente nos seus corações inocentes o amor ao Redentor benigníssimo, ao mesmo tempo que logo desde a tenra idade, sob a luz do exemplo dos pais que reverentemente ajoelham ante a majestade de Deus, aprendem a conhecer o valor da oração feita em comum.

Fonte: Blog Almas Devotas



Nos Estados Unidos, 11.247 grupos rezaram Rosário em público
 
      Assim como nos últimos seis anos, a Cruzada do Rosário em Locais Públicos em 2013 foi outra conquista monumental com 11.247 grupos se reunindo! A meta para essas reuniões de outubro foi de 10.000. Todos os anos a meta é aumentada. Todos os anos nos encontramos e ultrapassamos essa meta, graças, em primeiro lugar, a Nossa Senhora que concede graças para atrair capitães de encontros e, em segundo lugar, aos funcionários e voluntários que tornam tudo isso possível.
     Como resultado de e-mails, cartas e telefonemas, observamos que os capitães de rallies entendem a gravíssima situação da América. Muitas pessoas ainda parecem estar dormindo, apesar do precipício moral e espiritual para onde nossa nação está aparentemente caminhando.
     Os capitães do rally veem muito bem que Nossa Senhora e o Rosário são a verdadeira solução para os nossos problemas. Eles acreditam nas palavras de Nossa Senhora de Fátima: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido".
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fanfarras e Bandas

Fanfarras e Bandas agitaram a noite de sábado (19/10/2013) em Cotia
 


     A cidade de Cotia sediou no sábado a 2ª Fase da Eliminatória do Campeonato Estadual de Fanfarras e Bandas – 10º Paulistão 2013.
     O evento realizado pela Prefeitura de Cotia através da Secretaria de Cultura, em parceria com a Federação de Fanfarras e Bandas do Estado de São Paulo – FFABESP, aconteceu na Avenida Rotary (ao lado da Prefeitura de Cotia).
     Em busca do título Estadual, 26 fanfarras e bandas se apresentaram. “A grande final será realizada no dia 30 de novembro em São Roque”, disse o Presidente da FFABESP, Silvaldes Aparecido Ferreira.
     A primeira etapa da Eliminatória Estadual de Fanfarras e Bandas foi realizada no dia 22 de setembro na cidade de Santa Rita do Passa Quatro em São Paulo. 
* * *
     Fanfarra é um toque (floreio) de trombetas e outros instrumentos de sopro, muitas vezes com percussão, para fins cerimoniais. Além de seu significado musical, a fanfarra sempre teve um sentido simbólico. A raiz “fanfa” (vangloriar) remonta ao final do século XV. Embora etimologistas acreditem que a palavra seja onomatopaica, pode na verdade derivar do árabe Anfar (trombetas).
     A palavra “fanfare” ocorreu pela primeira vez em francês em 1546 e em inglês em 1605; foi usada pela primeira vez para significar um toque de trompete, embora possa ter sido usado anteriormente para significar um sinal de caça.
     Walther, Altenburg e um autor anônimo do século XVIII, pertencentes ao Prufende Gesellschaft em Halle, concordaram que a fanfarra era "utilizada em todos os dias de festa e cerimônias de Estado" e consistia em "uma mistura de arpejos e toques improvisados por trompetistas e tocadores de tambores” (J. E. Altenburg, 1791); durante o mesmo período, no exército britânico o toque era "sem qualquer regra definida”. Heyde mostrou que esse tipo de improvisação irrefletida, cujo objetivo era o de glorificar um soberano, remonta ao toque clássico dos trompetistas durante a Idade Média.
     O efeito de um clássico medieval (um toque de campo ou de batalha) ou de uma fanfarra do século XVIII tinha a finalidade de fazer um puro ruído em vez de algo com um mérito musical. Cerca de 100 trompetistas e tocadores de flauta produziram um tal barulho no casamento de George o Rico, em 1475, que dificilmente podiam ouvir suas próprias palavras.
     Embora fontes muito antigas descrevam fanfarras militares e cerimoniais, as fanfarras tiveram seu desenvolvimento na Idade Média. A peça musical mais antiga a sobreviver data do século XIV e era usada nas caçadas francesas. As limitações da trombeta de caça usadas naquele período tornavam o resultado bastante rudimentar.
     Na França do século XVIII a fanfarra era um movimento com energia e repetição de notas. As fanfarras modernas datam do século XIX, quando foram compostas para as coroações britânicas (como, por exemplo, a I was glad de Hubert Parry para a coroação de Eduardo VII) e outras ocasiões importantes.
     Normalmente a fanfarra consta de uma peça musical curta que é tocada por trombetas, cornetas ou outros instrumentos de metal, normalmente acompanhados por percussão. Ela é usada em eventos sociais importantes como inaugurações, filmes, Olimpíadas. Na ópera o termo "fanfarra" se refere a um trecho executado em cena por instrumentos de metal.
     A extensão das notas nos instrumentos das fanfarras é mais limitada que o das bandas marciais que utilizam quase todos os instrumentos de sopro e de percussão e dessa forma executam qualquer tipo de música. Dessa forma, a melodia das fanfarras torna-se mais limitada e algumas vezes alterada em comparação a das bandas marciais. Porém, mesmo com características bem definidas, as duas formações musicais se superam com arranjos e melodias cada vez mais modernos, diferente das antigas bandas que se limitavam à execução de hinos e marchas cívicas.
     Atualmente suas apresentações podem acontecer em ruas, avenidas, ginásios, campos de futebol e etc., trazendo sempre em seus repertórios músicas e movimentações das mais diversas ao público. Além de tocar instrumentos de sopro e percussão, existem componentes que se utilizam da arte cênica para implementar movimentos e beleza ao espetáculo apresentado, podendo vir a utilizar espada, lança, bandeira, mastro e etc. Podem ser conhecidos como Linha de frente, Corpo coreográfico, Mor, Baliza de fanfarra, Pelotão de bandeiras.
 
A lenda do TROMBETEIRO de Cracóvia, de 1241.
     Se você estiver na Cracóvia, Polônia, visite a Igreja de Santa Maria (Mariacki), na esquina da Praça do Mercado principal - você realmente não pode perder. Ouça a corneta que anuncia a hora: o seu toque, conhecido por séculos como o Mariacki Hejnal, é curiosamente truncado. As pessoas na Cracóvia ainda hoje explicam isso como uma tradição que remonta a 1241, quando um corneteiro foi supostamente morto por uma flecha dos invasores tártaros enquanto ele tocava seu alarme. Este toque foi adotado em 1927 pelo rádio nacional, e uma versão ao vivo é transmitida todos os dias ao meio-dia.

Fanfarra da Guarda montada francesa
 
Algumas fanfarras modernas
 
Arthur Bliss (1891-1975) escreveu uma série de Fanfarras Reais para o casamento de Sua Alteza Real Princesa Margaret na Abadia de Westminster em 6 de maio de 1960.
 
Paul Dukas escreveu em 1912 um alardo fantástico para o ballet "La Peri", que acabou por ser o ponto alto do trabalho - o ballet não é muitas vezes visto, mas a fanfarra apoiada por uma orquestra de metais é extremamente popular.
 
Benjamin Britten, um dos maiores compositores britânicos do século XX, escreveu uma fantasticamente inteligente Fafarra para St. Edmundsbury.
 
Andre Jolivet foi um compositor de inúmeras obras para trompete e mostrou que ele realmente sabia o que estava fazendo com a fanfarra "Narcisse", parte de um conjunto que ele escreveu para a produção de Racine, no Comedie Française em Paris.
 
Richard Strauss escreveu um alardo em 1943, para o Coro de Trumpetes da cidade de Viena, como parte da abertura do "Festmusik der Stadt Wien". 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Líder muçulmano: É necessário destruir as igrejas

ACI, 8 de outubro de 2013
     ROMA (ACI / EWTN Noticias) - O Grande Mufti da Arábia Saudita, Abdul bin Aziz Abdullah, disse que "é necessário destruir todas as igrejas da região", pois isto seria consistente com a regra que estabelece o Islã como a única religião viável na Península Arábica.
     A Arábia Saudita é um aliado do Ocidente na política mundial e o Grande Mufti é o líder religioso mais importante no reino sunita e o presidente do Conselho Superior dos Ulemás (sábios islâmicos) e da Comissão Permanente para emitir fatwas (decretos religiosos). O líder religioso falava a uma delegação do Kuwait chegada à Arábia, informou Fides.
     Tais declarações dadas anteriormente por outras autoridades, como o parlamentar do Kuwait, Osama al-Munawer, que em sua conta no Twitter escreveu no mês passado que pretende apresentar um projeto de lei para proibir a construção de novas igrejas e locais de culto islâmico no país.
     Na Arábia Saudita, há aproximadamente três a quatro milhões de cristãos e como o reino saudita financiou a construção de centenas de mesquitas na Europa e na América do Sul, da mesma forma esses imigrantes querem ter uma igreja no país, onde podem exercer o seu culto religioso.
     O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, consagrou em junho passado, a nova igreja de Santo Antonio, nos Emirados Árabes Unidos, perto de Dubai, e uma nova igreja dedicada a São Paulo, que está em construção em Abu Dhabi.
     O rei do Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa, doou um terreno para a construção de uma Catedral Católica neste país, onde 80% da população é muçulmana e apenas 9% são cristãos.
     O emir Amir Hamad bin Khalifa Al Thani, nos últimos anos tornou-se o promotor da política de diálogo inter-religioso, apesar de manter vigente a lei islâmica que impede os muçulmanos de se converterem a outra religião.

 
* * *
09/10/2013-03h00
 
Janaina Conceição Paschoal: República esquizofrênica?
 
     O Brasil é um país que causa perplexidade. Ao mesmo tempo em que se instalam Comissões da Verdade nas mais diversas instâncias, financia-se a ditadura cubana, mediante a importação de seres humanos.
     No lugar de conceder asilo a indivíduos tratados como mercadoria, compactua-se com um dos mais longos regimes de exceção.
     Paralelamente às campanhas que visam coibir o crime de redução a condição análoga à de escravos, bem como o tráfico de pessoas, impõe-se um programa que possui elementos caracterizadores desses delitos; não sendo poucas as denúncias de supostas ameaças por parte da Advocacia-Geral da União aos conselhos de medicina.
     Intrigantemente, o mesmo governo que peita os Estados Unidos e o Canadá, rejeitando até convite para visita de Estado, sem qualquer evidência efetiva de ataque à nossa soberania, curva-se à Bolívia, inclusive calando-se diante da apropriação de patrimônio público nacional.
     Pessoas que chegaram a pegar em armas para lutar contra a censura, hoje no poder, entendem que um diplomata, que apenas cumpriu seu papel institucional, deva ser punido por ter concedido entrevista defendendo suas convicções.
     Um olhar inocente pode diagnosticar esquizofrenia. Análise mais realista mostra que as contradições são apenas aparentes. Já há um bom tempo vivemos uma democracia em que todos são livres para concordar.
     Nesse tipo de república (com r minúsculo), há ditaduras e ditaduras, torturas e torturas, censuras e censuras. Os procedimentos não são ruins em si. São rechaçados, ou festejados, a depender dos envolvidos.
     Nesse contexto, resta coerente que votos indiscutivelmente técnicos, prolatados por cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (um deles professor de processo), sejam estigmatizados como políticos; e que os réus que mais gozaram de defesa e garantias neste país sejam tratados como mártires perseguidos.
     Importante destacar que, apesar de toda ode feita ao duplo grau de jurisdição, não há notícias de que as ações originárias em trâmite --ou as condenações definitivas delas oriundas-- tenham sido anuladas.
     Nesse tipo de democracia (com d minúsculo), resta compreensível que dezenas de criminalistas tenham se manifestado a respeito do histórico julgamento do mensalão e apenas um deles, dos únicos que ousou mostrar que garantismo não guarda relação com impunidade, seja intimidado com a possibilidade de representação a seu órgão de classe.
     Esses assuntos podem parecer desconexos. Mas estão intimamente relacionados. O modelo seguido pelo partido que nos governa é a Venezuela. Na Venezuela, os oposicionistas estão literalmente apanhando. No Brasil, praticamente não há oposição. Mas a intolerância é tanta que não é difícil que os poucos oposicionistas comecem a apanhar também fisicamente. Quem insiste em incomodar discordando, ainda que timidamente, recebe rostos virados, carreiras truncadas, representações e sindicâncias.
     Fala-se em respeitar as diferenças, mas só se respeita as diferenças dos iguais. Totalitarismos não se fazem apenas por meio do governo central, mas mediante a adoção irrefletida do discurso central pela maioria. A corroborar esse cenário sombrio, tem-se um clima de anomia instalado por protestos violentos e desordenados, muito convenientes a ímpetos ditatoriais.
 
Janaina Conceição Paschoal, 39, é advogada e professora livre-docente de direito penal na USP
 

sábado, 12 de outubro de 2013

O Milagre do Sol - 13 de Outubro de 1917

   

 

     Debaixo de uma forte chuva e cercados por uma multidão de mais de 70 mil pessoas, a Cova da Iria tornou-se palco do mais belo espetáculo atmosférico, jamais visto até hoje. 
     Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”.
     - Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes, se convertia uns pecadores, etc.
     Uns, sim: outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
     E tomando um aspecto mais triste: Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.
     E abrindo as mãos, fê-las refletir o sol, prometido três meses antes, como prova da verdade das aparições de Fátima. Para a chuva e o sol por três vezes gira sobre si mesmo lançando para todos os lados feixes de luz e de várias cores. Parece a dada altura desprender-se do firmamento e cair sobre a multidão. Após dez minutos de prodígio, tomou o sol o seu estado normal. Entretanto, os Pastorinhos eram favorecidos com outras aparições.
     Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino parecia abençoar o Mundo, com um gesto que fazia com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a idéia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que São José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo. 
Memórias da Irmã Lúcia

 
     Assim encerrou-se o ciclo das aparições em Fátima, que aconteceram durante seis meses seguidos de maio a outubro de 1917.
     O Milagre do Sol foi testemunhado por cerca de 70 mil pessoas nos campos da Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal. As estimativas do tamanho da multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida, escrevendo para o jornal português O Século, a cem mil, segundo estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na Universidade de Coimbra. Ambos presenciaram o fenômeno.
-.-
      “Em Portugal, várias tensões prepararam o clima para a revolução que ocorreu em 1910, quase idêntica à que se deu na Rússia em 1917”. (...)
     “A coluna dorsal da revolução da estrela vermelha em Portugal era uma organização secreta conhecida como Carbonária”. (...)
     “O Milagre do Sol verdadeiramente nunca se assemelhou tanto a uma ‘explosão do sobrenatural’ do que para estes dirigentes da Estrela Vermelha de Portugal. Eles identificavam sua revolução com o ateísmo. Ensinavam que a religião era o ópio do povo. E de repente se viram diante de um milagre testemunhado por um sétimo da população total da Nação!”
(excertos do livro O Milagre do Sol, de John M. Haffert)

sábado, 21 de setembro de 2013

Mais médicos ou mais abortos?

     No dia 8 de julho de 2013 a presidente Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória 621/2013[1], que instituiu o Programa Mais Médicos e, dentro dele, o Projeto Mais Médicos para o Brasil [2], que prevê a vinda de 4.000 médicos cubanos para trabalhar no Brasil até o fim deste ano. Desse total, 400 já chegaram ao nosso País e serão direcionados sobretudo para as regiões Norte e Nordeste [3]. As atividades por eles desempenhadas “não criam vínculo empregatício de qualquer natureza” [4]. O salário (“bolsa-formação”) de R$ 10.000,00 será dado não ao médico, mas ao governo cubano, que depois encaminhará parte do dinheiro ao profissional.
     Quanto será repassado aos médicos cubanos? Carlos Rafael Jorge Jiménez [foto], médico cubano que fugiu de Cuba há 12 anos e naturalizou-se brasileiro, assim se exprimiu na Câmara dos Deputados no dia 4 de setembro de 2013:
     “Senhores, vocês sabem quantas horas trabalha um médico cubano por semana? Entre 60 e 70 horas. E sabem quanto ganham por mês? Entre 60 e 70 reais. [...] Por isso, quando vêm aqui, eles vêm muito felizes, porque aqui ganharão duzentos, trezentos dólares [entre R$ 450 e R$ 700] e o resto vai embolsar o patrão, o explorador. Quem é o patrão? Quem é o explorador? É o governo cubano. [...] Por que eles não vêm como os outros? Por que esses médicos não ganham seu salário integralmente? Por que não têm direito de entrar e sair quando querem? Por que não podem pedir asilo político?”
     Carlos afirma que há uma conivência entre o governo do Brasil e o governo de Cuba. E arremata: “Quem apoia o governo de Castro suja suas mãos de sangue” [5].
     As palavras de Carlos são reforçadas pelo médico cubano Gilberto Velazco Serrano, que foi enviado à Bolívia em 2006 e fugiu, obtendo asilo político nos Estados Unidos:
     “Ao me formar médico eu teria um salário de 25 dólares [R$ 57], sem permissão para sair do país, tendo que fazer o que o governo me obrigasse a fazer. Em Cuba, o paramédico é uma propriedade do governo. A Bolívia era um país um pouco mais livre, [...]. Eram pagos 5.000 dólares por médico, mas eu recebia apenas 100 dólares [R$ 228]: 80 em alimentos que eles me davam [R$ 182] e os 20 em dinheiro [R$ 46]. A verdade é que eu nunca fui pago corretamente, já que médico cubano não pode ter dinheiro em mãos, se não compra a fuga. Todas essas condições eram insustentáveis”[6].
 
Novo tráfico de escravos?
      No Brasil, desde 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, o tráfico de escravos ficou proibido. A importação de médicos cubanos parece revivescer um triste episódio de nossa história. Sem qualquer vínculo empregatício, os profissionais cubanos não recolherão INSS, FGTS, não terão direito a férias, décimo terceiro salário nem aviso prévio. A conduta do governo Dilma em parceria com o governo Castro enquadra-se no crime do artigo 149 do Código Penal: redução à condição análoga à de escravo. Enquadra-se também no conceito de tráfico de pessoas, conforme definido no Anexo do Decreto nº 5.948, de 26 de outubro de 2006, relativo à Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas:
     Art. 2º, § 4º A intermediação, promoção ou facilitação do recrutamento, do transporte, da transferência, do alojamento ou do acolhimento de pessoas para fins de exploração também configura tráfico de pessoas.
Como é a medicina de Cuba?
     Referindo-se à medicina de seu país, Gilberto Velazco Serrano afirma: “É triste, mas eu diria que é uma medicina quase de curandeiro. Você fala para o paciente que ele deveria tomar tal remédio. Mas não tem. Aí você acaba tendo que indicar um chá, um suco”[7]. Se, porém, os médicos cubanos são tão bem preparados, como diz o governo brasileiro, por que a resistência em submetê-los ao exame de revalidação de diplomas (Revalida), como se faz com qualquer médico estrangeiro que venha trabalhar no Brasil?
O que ganha o governo Dilma?
     Embora de qualidade discutível, a legião de médicos cubanos constitui para o governo uma mão-de-obra barata, sem qualquer direito trabalhista, comparável àquela época em que se importavam escravos da África. Tais médicos espalhados pelo país podem servir para recuperar a popularidade do governo, preparando-o para as eleições de 2014. Convém lembrar que à frente do Programa Mais Médicos está o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, potencial candidato ao governo de São Paulo e a presidente Dilma Rousseff, desejosa de conquistar a reeleição.
     Além disso, convém lembrar o interesse, comum ao PT e aos irmãos Castro, de espalhar a ideologia comunista por nosso país, sobretudo nas regiões mais carentes.
     Há, porém, um perigo que não têm sido posto em evidência: o de tais médicos terem a missão de promover a prática do aborto pelo país. De fato, eles vêm de uma ilha onde a cultura da morte já fixou raízes há décadas. O Anuário Estatístico de Saúde de Cuba informa que, apenas no ano 2012, foram feitos83.682 abortos provocados, o que significa que para 1000 mulheres em idade fértil (entre 12 e 49 anos de idade), 26,5 abortaram seus filhos. No ano 2012, 39,7 % (mais de um terço e quase a metade) das gravidezes terminaram em aborto provocado[8].
     E a importação maciça de médicos cubanos ocorre em um momento em que a presidente Dilma acaba de sancionar a Lei 12.845/2013, que pretende obrigar todos os hospitais integrantes da rede do SUS a encaminhar para o aborto as (supostas) vítimas de violência sexual.
     Deus se compadeça de nós.
Anápolis, 19 de setembro de 2013
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
________________
in:http://files.sld.cu/dne/files/2013/04/anuario_2012.pdf]

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Como Che Guevara assassinou um menino

Pierre San Martín

“Papai, eu queria confessar que agora eu descobri que realmente gosto de matar”. Che Guevara (apud BRAVO, 2004, p.136)

“Não preciso de prova para executar um homem – apenas de prova acerca da necessidade de executá-lo”. Che Guevara (apud ORTEGA, 1970, p.179).
 

     Conforme já divulgamos, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) dispôs que os escritos de Ernesto Che Guevara sejam incluídos no Programa Memória do Mundo, ou seja, como “Patrimônio da Humanidade”. Segue abaixo um relato de Pierre San Martín sobre o tipo de homem que a ONU homenageia.
***

     Aconteceu durante os últimos dias de dezembro de 1959; na escuridão da cela, dezesseis de nós dormiam no chão, enquanto outros dezesseis ficavam de pé, para que então pudessem descansar. Mas ninguém pensava nisso. Pensávamos somente no fato de estarmos vivos e que isso era o mais importante. Vivíamos hora por hora, minuto por minuto, sabendo que qualquer segundo poderia ser o último.
     Certa manhã, o som o horripilante daquela porta de aço enferrujado quando abria nos pôs de pé, e os guardas do Che empurraram um novo prisioneiro para dentro da cela. Era um menino, talvez com uns 12 ou 14 anos. Seu rosto estava machucado de sangue. ‘O que você fez?’, perguntamos-lhe, horrorizados. ‘Tentei defender o meu pai’, balbuciou o menino sujo de sangue. ‘Mas eles o mandaram para o paredão’.
     Todos se entreolharam como se para encontrar as palavras certas a fim de consolar o menino, mas não as encontramos. Estávamos cheios de nossos próprios problemas. Havia dois ou três dias que não executavam ninguém, e tínhamos cada vez mais esperança de que isso chegaria ao fim. As execuções são cruéis, tiram a vida quando você mais precisa dela para si e para outrem, sem levar em consideração seus protestos ou desejos.
     Nossa alegria não durou muito. Quando a porta se abriu, chamaram 10 para fora, entre os quais o menino que acabara de entrar. Erramos, pois aqueles que eram chamados nunca mais eram vistos.
     Como é possível tirar a vida de uma criança dessa forma? Simplesmente não podíamos acreditar que eles matariam o garoto. Então começamos a insultá-lo – ao homem que, mãos na cintura, andava de um lado para outro do sangrento pavilhão de execução e cuspia suas ordens: o próprio Che Guevara! ‘Ajoelhe!’ Dizia ao menino.
     Nós todos gritávamos de nossa cela para que ele não cometesse esse crime e oferecemos a nós mesmos em seu lugar. O garoto o desobedeceu com uma coragem inexprimível em palavras e lhe respondeu com esta infame afronta: ‘Se vocês vão me matar’, disse ele, ‘vão ter de fazê-lo enquanto ainda estou de pé. Homens morrem de pé!’.
     Che posicionou-se atrás do garoto e disse: ‘Pois você é um rapaz corajoso...’. Então vimos Guevara sacar sua pistola. Ele encostou o cano atrás do pescoço do garoto e disparou. O tiro quase arrancou sua cabeça.
     Nós nos inflamos: ‘Assassinos, covardes miseráveis!’. Che finalmente olhou para cima, em nossa direção, apontou-nos o revólver e esvaziou o pente. Não faço idéia de quantos de nós foram mortos ou acidentados. A partir desse horrível pesadelo, do qual nunca conseguiremos acordar, conquanto feridos e na clínica estudantil do hospital Calixto Garcia, uma coisa ficou clara: a única regra do jogo era escapar, a nossa única esperança de sobreviver. 

Tradução: Ernane Garcia
 
BRAVO, Marcos. La Otra Cara Del Che. 1. ed. Bogota: Editorial Solar, 2004. 558 p.
ORTEGA, Luis. Yo Soy El Che!. Mexico: Ediciones Monroy-Padilla, 1970.

 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Entrevista de Dom Luiz sobre 7 de Setembro no Jornal Gazeta do Povo


Dia da Independência
“Foi uma emancipação dentro da mesma família”
Luís Gastão de Orléans e Bragança, herdeiro do trono brasileiro

Publicado em 07/09/2013 | Yuri Al’Hanati

     A independência do Brasil, em sete de setembro de 1822, foi o desfecho lógico de uma extensa negociação de origens econômicas. O grito do Ipiranga, cena emblemática e simbólica da história brasileira, foi a alternativa encontrada por Dom Pedro I para permanecer no poder ante o movimento insurgente por parte dos comerciantes brasileiros que, subitamente, se viram na iminência de terem os portos fechados para negociações exclusivas com a metrópole. “Não foi uma ruptura sangrenta, mas uma emancipação dentro da mesma família, com todos os bons efeitos que isso pode trazer para uma nova nação”, acredita o chefe da Casa Imperial, Dom Luís Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach.
     Ele é trineto de Dom Pedro II e atual herdeiro do trono brasileiro, caso a monarquia fosse instaurada hoje no Brasil.
     Nesta entrevista concedida por e-mail com exclusividade à Gazeta do Povo, D. Luís fala sobre suas visões sobre a independência do Brasil, a monarquia e o papel de seus herdeiros em uma República democrática. Para Luís de Orléans e Bragança, monarquia é o regime que melhor garante as três condições básicas para a existência e desenvolvimento de uma Nação: unidade, estabilidade e continuidade. “Meu papel — como o de todo Chefe de Casa não reinante — é o de preservar o rico legado de nosso passado imperial, fazendo-o transitar de geração em geração para que se mantenha vivo e conhecido entre os brasileiros”.

O Brasil foi o único país das Américas que, quando se tornou independente, não se tornou uma república. Por que isso aconteceu e por que isso foi importante para o país na época?
     Essa diversidade de rumos esteve em boa medida determinada pelo anterior curso dos domínios português e espanhol na América. A atitude pífia do [espanhol] Rei Fernando VII face a Napoleão insuflou os ambiciosos, conduzindo à ruptura com a Espanha e à adoção da forma republicana de governo. Diferentemente de seu cunhado espanhol, o Príncipe Regente de Por­tugal, futuro D. João VI, não se submeteu ao ditador, transferindo a Corte e o governo real para o Brasil e impulsionando aqui uma vigorosa transformação das instituições públicas. D. João VI gostava muito de nossa terra, se tornara benquisto e aqui queria ficar, mas as cortes portuguesas impuseram seu regresso a Portugal. Aconselhou ele então ao filho primogênito D. Pedro, que aqui deixava como regente, a tomar a Coroa. A independência brasileira foi assim: não uma ruptura sangrenta, mas uma emancipação dentro da mesma família, com todos os bons efeitos que isso pode trazer para uma nova Nação.
 
Por que a monarquia seria o melhor regime para o Brasil?
     A monarquia é o regime que melhor corresponde à boa ordem colocada por Deus na Criação, garantindo as três condições básicas para a existência e desenvolvimento de uma Nação: unidade, estabilidade e continuidade. Prevaleceu largamente ao longo da história dos povos civilizados. Ano após ano os primeiros lugares nos índices de renda per capita e do IDH são ocupados por monarquias. Durante o 2º Reinado, o Brasil foi um dos países mais respeitados do mundo, com instituições sólidas, moeda estável, crescimento acelerado e grande prestígio do Imperador D. Pedro II, que chegou a ser árbitro de litígios entre potências europeias.

Qual o papel do senhor hoje enquanto chefe da Casa Imperial e herdeiro do trono?
     Meu papel — como o de todo Chefe de Casa não reinante — é o de preservar o rico legado de nosso passado imperial, fazendo-o transitar de geração em geração para que se mantenha vivo e conhecido entre os brasileiros, alimentando, ademais, a apetência para o retorno da monarquia entre nós. A formação da nova geração de príncipes brasileiros, meus sobrinhos, é assim um cuidado constante.

Quem são os monarquistas brasileiros hoje?
     No plebiscito de 1993, sobre regime e forma de governo, apesar de termos contra a máquina de propaganda do Governo, 13% dos votos válidos foram pela monarquia. Hoje não se encontra um brasileiro que em sã consciência diga que a república deu certo. E há um número crescente de brasileiros que veem a restauração do regime monárquico, que deu tão certo no passado, como sendo uma grande alternativa para a crise moral que assola o país.

Quais são as características de um bom soberano?
     A principal característica de um bom soberano é saber encarnar as virtudes de seu povo, sendo delas espelho e ao mesmo tempo favorecedor. Como um bom pai, o soberano deve incentivar as qualidades de seus filhos, ampara-los em suas debilidades e coibir os seus erros. Deve ser muito respeitoso das autonomias dos indivíduos e dos grupos sociais e ao mesmo tempo um padrão inatacável de moralidade.
Por quais meios a monarquia poderia ser implantada no Brasil? O senhor acha que este processo pode acontecer em breve?

     Uma verdadeira monarquia não pode ser implantada pelo golpe de força de um grupo, mas deve vir organicamente da aspiração de conjunto da Nação. Aspirações dessas ocorrem na vida dos povos em diferentes circunstâncias, o mais das vezes pela irremediável falência de uma situação anterior. No Brasil de hoje há um profundo descontentamento, patenteado aqui nas recentes e surpreendentes manifestações de rua, um grande anseio por algo diferente, algo melhor, algo que já existiu e que perdemos... Quando esse anseio se tornar majoritário, a monarquia — acabada expressão política da civilização cristã — poderá ser restabelecida no Brasil de modo estável e benfazejo. Quando isso se dará, só Deus Nosso Senhor o sabe, mas, creio, bem antes do que poderia parecer à primeira vista.

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