Debaixo de uma forte chuva e cercados por uma multidão de mais de 70 mil
pessoas, a Cova da Iria tornou-se palco do mais belo espetáculo atmosférico,
jamais visto até hoje.
“Quero dizer-te que façam aqui
uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a
rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em
breve para suas casas”.
- Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes, se
convertia uns pecadores, etc.
Uns, sim: outros, não. É preciso
que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste: Não
ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.
E abrindo as mãos, fê-las refletir o sol, prometido três meses antes,
como prova da verdade das aparições de Fátima. Para a chuva e o sol por três
vezes gira sobre si mesmo lançando para todos os lados feixes de luz e de
várias cores. Parece a dada altura desprender-se do firmamento e cair sobre a
multidão. Após dez minutos de prodígio, tomou o sol o seu estado normal.
Entretanto, os Pastorinhos eram favorecidos com outras aparições.
Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos ao
lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um
manto azul. São José com o Menino parecia abençoar o Mundo, com um gesto que
fazia com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi
Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a idéia de ser Nossa Senhora das
Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que São José.
Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma
semelhante a Nossa Senhora do Carmo.
Memórias da Irmã Lúcia
Assim encerrou-se o ciclo das aparições em Fátima, que aconteceram
durante seis meses seguidos de maio a outubro de 1917.
O Milagre do Sol foi testemunhado por cerca de 70 mil pessoas nos
campos da Cova da Iria, perto de Fátima, Portugal. As estimativas do tamanho da
multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida,
escrevendo para o jornal português O Século, a cem mil, segundo
estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na
Universidade de Coimbra. Ambos presenciaram o fenômeno.
-.-
“A coluna dorsal da revolução da estrela vermelha em Portugal era uma
organização secreta conhecida como Carbonária”. (...)
“O Milagre do Sol verdadeiramente nunca se assemelhou tanto a uma
‘explosão do sobrenatural’ do que para estes dirigentes da Estrela Vermelha de
Portugal. Eles identificavam sua revolução com o ateísmo. Ensinavam que a
religião era o ópio do povo. E de repente se viram diante de um milagre
testemunhado por um sétimo da população total da Nação!”
(excertos
do livro O Milagre do Sol, de John M. Haffert)
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