O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sacerdotes católicos consolam familiares e sobreviventes do massacre de Denver

     DENVER, 25 Jul. 12 / 02:09 pm (ACI Prensa) Pe. Terry Kissell, da paróquia São Miguel Arcanjo, em Aurora (Colorado), assegurou aos fiéis que estão de luto pela morte de um dos seus no tiroteio ocorrido em uma sala de cinema no último dia 20 de julho, que em Cristo, inclusive nos momentos mais escuros, podemos encontrar a esperança.
     Ao presidir a Missa de 22 de julho, o Pe. Kissell disse que “o sol sai pelo leste”, em referência à localização de Aurora, ao leste de Denver. “Embora haja escuridão e confusão e dor, não podemos nos esquecer de que virá um novo dia, um novo amanhecer no qual não haverá mais sofrimento, nem lágrimas, nem tristeza”.
     Alex Sullivan, de 27 anos, paroquiano da São Miguel Arcanjo, foi uma das 12 vítimas que faleceram ao interior de um cinema na madrugada da sexta-feira, durante a estreia do filme Batman: O Cavalheiro da Noite Ascende.
     Sullivan recebeu o sacramento da Confirmação no ano passado, na sua paróquia, pouco antes de contrair matrimônio nessa mesma igreja. Seu primeiro aniversário de matrimônio seria celebrado neste 22 de julho.
     Jimmy Piralla, da mesma paróquia, onde passou pelo programa Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RCIA, em inglês) junto com Sullivan, sentiu-se fortemente comovido pela notícia de sua morte. “Realmente isto faz que você aprecie os membros de sua família e os seus seres queridos”, disse.
     Piralla assinalou que a morte de seu amigo fez também com que ele dê valor à opção que fez de converter-se ao catolicismo. “Simplesmente me confirma que Cristo estava chamando o Alex, porque ele se confirmou no ano passado. Isso me dá maior segurança de que as decisões que tomei para me converter a catolicismo foram as decisões corretas”, afirmou.
     Por sua parte, o diácono John Thunblom animou os paroquianos a perdoarem o assassino. “Não alberguem ódio em seu coração. Uma coisa muito terrível aconteceu. Nós o superaremos. Fá-lo-emos com a oração, com amor, com bondade”.
     O Pe. Lolly Martin disse aos fiéis reunidos na igreja, que a oração curará os que estão de luto, sobretudo a família de Alexander Jonathan Boik, de apenas 18 anos, também assassinado no cinema.
     “Só temos que acreditar no poder da oração individual e coletiva. Não temos que lutar com isto sozinhos, realmente podemos nos apoiar uns nos outros e receber do outro consolo e força”.
     Charly Butterworth, uma paroquiana de 16 anos, disse que ela foi à Missa para encontrar força e apoio para contrarrestar lembranças do massacre, que presenciou pessoalmente.
     Butterworth assinalou que esteve sentada na quarta fila da sala de cinema junto com seu irmão e um amigo, quando o homem armado “saiu detrás da tela”. Nesse momento, ela pensou que era um efeito especial para a função da meia-noite.
     “Logo o vi jogar algo que estava em chamas”, afirmou em referência a uma granada de gás lacrimogêneo que o atacante lançou na multidão antes de começar a disparar abertamente.
     Apesar dela, seu irmão e seu amigo conseguirem escapar sem ferimentos, Butterworth diz que sofre de pesadelos e que está sendo difícil superar a experiência.
     “Por isso vim à igreja hoje. Tinha que ir à igreja para ver meus amigos e estar na Missa”.

terça-feira, 17 de julho de 2012

“Vou para o céu ... tu permaneces aqui com o papai. De lá, rezarei por ti”

Chiara Corbela Petrillo: uma nova Gianna Beretta Molla
Jovem morreu por priorizar gravidez a tratamento de câncer
Salvatore Cernuzio

     ROMA, segunda-feira, 18 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Neste sábado, na igreja de Santa Francisca Romana, da capital italiana, foi celebrado o funeral da jovem Chiara Petrillo, falecida depois de dois anos de sofrimento provocado por um tumor.
     A cerimônia não teve nada de fúnebre: foi uma grande festa em que participaram cerca de mil pessoas, lotando a igreja, cantando e aplaudindo desde a entrada do caixão até a saída.
     A extraordinária história de Chiara se difundiu pela internet com um vídeo no YouTube, que registrou mais de 500 visualizações em apenas um dia.
     A luminosa jovem romana de 28 anos, com o sorriso sempre nos lábios, morreu porque escolher adiar o tratamento que podia salvá-la. Ela preferiu priorizar a gravidez de Francisco, um menino desejado desde o começo de seu casamento com Enrico.
     Não era a primeira gravidez de Chiara. As duas anteriores acabaram com a morte dos bebês logo após cada parto, devido a graves malformações.
     Sofrimentos, traumas, desânimo. Chiara e Enrico, porém, nunca se fecharam para a vida. Depois de algum tempo, chegou Francisco.
     As ecografias agora confirmavam a boa saúde do menino, mas, no quinto mês, Chiara teve diagnosticada pelos médicos uma lesão na língua. Depois de uma primeira intervenção, confirmou-se a pior das hipóteses: era um carcinoma.
     Começou uma nova série de lutas. Chiara e o marido não perderam a fé. Aliando-se a Deus, decidiram mais uma vez dizer sim à vida.
     Chiara defendeu Francisco sem pensar duas vezes e, correndo um grave risco, adiou seu tratamento para levar a maternidade adiante. Só depois do parto é que a jovem pôde passar por uma nova intervenção cirúrgica, desta vez mais radical. Vieram os sucessivos ciclos de químio e radioterapia.
     Francisco nasceu sadio no dia 30 de maio de 2011. Mas Chiara, consumida até perder a vista do olho direito, não conseguiu resistir por mais do que um ano. Na quarta-feira passada, por volta do meio dia, rodeada de parentes e de amigos, a sua batalha contra o dragão que a perseguia, como ela definia o tumor em referência à leitura do Apocalipse, terminou.
     Mas na mesma leitura, que não foi escolhida por acaso para a cerimônia fúnebre, ficamos sabendo também que uma mulher derrota o dragão. Chiara perdeu um combate na terra, mas ganhou a vida eterna e deixou para todos um testemunho verdadeiro de santidade.
     “Uma nova Gianna Beretta Molla”, definiu-a o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, que prestou homenagem pessoalmente a Chiara, a quem conhecera havia poucos meses, juntamente com Enrico.
     “A vida é um bordado que olhamos ao contrário, pela parte cheia de fios soltos”, disse o purpurado. “Mas, de vez em quando, a fé nos faz ver a outra parte”. É o caso de Chiara, segundo o cardeal: “Uma grande lição de vida, uma luz, fruto de um maravilhoso desígnio divino que escapa ao nosso entendimento, mas que existe”.
     “Eu não sei o que Deus preparou para nós através desta mulher”, acrescentou, “mas certamente é algo que não podemos perder. Vamos acolher esta herança que nos lembra o justo valor de cada pequeno gesto do cotidiano”.
     “Nesta manhã, estamos vendo o que o centurião viveu há dois mil anos, ao ver Jesus morrer na cruz e proclamar: Este era verdadeiramente o filho de Deus”, afirmou em sua homilia o jovem franciscano Frei Vito, que assistiu espiritualmente Chiara e a família no último período.
     “A morte de Chiara foi o cumprimento de uma prece. Depois do diagnóstico de 4 de abril, que a declarou doente terminal, ela pediu um milagre: não a própria cura, mas o milagre de viver a doença e o sofrimento na paz, junto com as pessoas mais próximas”.
     “E nós”, prosseguiu Frei Vito, visivelmente emocionado, “vimos morrer uma mulher não apenas serena, mas feliz”. Uma mulher que viveu desgastando a vida por amor aos outros, chegando a confiar a Enrico: “Talvez, no fundo, eu não queira a cura. Um marido feliz e um filho sereno, mesmo sem ter a mãe por perto, são um testemunho maior do que uma mulher que venceu a doença. Um testemunho que poderia salvar muitas pessoas...”.
     A esta fé, Chiara chegou pouco a pouco, “seguindo a regra assumida em Assis pelos franciscanos que ela tanto amava: pequenos passos possíveis”. Um modo, explicou o frade, “de enfrentar o medo do passado e do futuro perante os grandes eventos, e que ensina a começar pelas coisas pequenas. Nós não podemos transformar a água em vinho, mas podemos começar a encher os odres. Chiara acreditava nisto e isto a ajudou a viver uma vida santa e, portanto, uma morte santa, passo a passo”.
     Todas as pessoas presentes levaram da igreja uma plantinha, por vontade de Chiara, que não queria flores em seu funeral. Ela preferia que cada um recebesse um presente. E no coração, todos levaram um “pedacinho” desse testemunho, orando e pedindo graças a esta jovem mulher que, um dia, quem sabe, será chamada de beata Chiara Corbela.

(Tradução:ZENIT)
ZP12061808 - 18-06-2012
     “Viver com a minha mulher foi belíssimo. A cada dia nos enamorávamos mais, tanto um pelo outro quanto por Jesus. Em meio aos sofrimentos, agarramo-nos ao Senhor com todas as nossas forças, pois o que Ele nos pedia era seguramente muito maior do que nós. Na realidade, a Cruz, se vivida com Cristo, não é feia como parece. Se confia nele, descobre que neste fogo, nesta cruz, não se queima, e que na dor pode existir paz e que na morte existe alegria. No dia da morte de Chiara, pela manhã, perguntei a ela: ‘Minha vida, é verdadeiramente doce esta Cruz, como diz o Senhor?’. Ela olhou para mim, sorriu e, com um fio de voz, disse: ‘Sim, Enrico, é muito doce’. Contarei a Francisco sobre como é belo deixar-se amar por Deus, pois, se alguém se sente amado, consegue fazer tudo. Para mim, essa é a essência da vida: deixar-se amar, para também amar a quem está ao nosso redor. E direi a Francesco que foi exatamente isso que fez sua mãe”, afirma Enrico.

domingo, 8 de julho de 2012

O inferno é realmente um impedimento ao crime?

     Um estudo recente de Azim F. Shariff, Professor de Psicologia da Universidade de Oregon, enfatiza em parte o que a Igreja Católica tem ensinado durante os últimos 2.000 anos sobre a justiça e o Inferno.
     O Professor Shariff fez uma análise detalhada de 26 anos de dados envolvendo 143.197 pessoas de 67 países e descobriu que "um índice alto de crença no Inferno prognostica taxas mais baixas de crime". Imagine isso. Ele também passou a observar que as pessoas com uma ideia unilateral de um Deus que perdoa, que não pune, estão inclinados a cometer crimes com base em uma visão distorcida do perdão de Deus.
     É animador ver que alguém tenha dedicado seu tempo para estudar os dados disponíveis sobre a atividade criminosa e sua relação com a ideia de Inferno. Shariff afirma: "Esses efeitos permanecem após a contabilização de uma série de covariáveis ​​e, finalmente, provam previsões mais fortes de taxas de criminalidade nacionais do que as variáveis ​​econômicas, como PIB e desigualdade de renda. Expandindo pesquisas de laboratório sobre pró-sociabilidade religiosa, este é o primeiro estudo para ligar as crenças religiosas às tendências transnacionais em grande escala no comportamento pró e anti-social".
     É interessante notar que os dados não fazem uma correlação que apoie a alegação de que os pobres são levados a cometer crimes por causa da pobreza. Embora este seja um conhecido mantra defendido pelos liberais na mídia, a verdade é que as pessoas pobres cometem crimes pela mesma razão que as pessoas ricas cometem crimes: eles têm maus costumes.
     Há um velho ditado que diz que não há nada como um ateu em uma trincheira. Podemos dizer que o tempo de brincar acaba quando nos confrontamos com a morte, o julgamento, e Céu ou Inferno. Ao longo da História os homens tiveram uma noção arraigada de que eles seriam julgados por suas ações pelas quais receberiam ou uma recompensa eterna ou uma punição. A morte nos faz pensar sobre o Céu e o Inferno e estas considerações podem ter um efeito saudável sobre a sociedade.
     Ninguém pode argumentar com sucesso que a noção de Inferno é impedimento suficiente para fazer com que as pessoas parem de cometer crimes, já que algumas estão endurecidas em seus velhos hábitos. Entretanto, para grande parte da Humanidade a ideia do castigo eterno é um grande impedimento. Há um pequeno pormenor: a ideia do Inferno só é realmente eficaz quando a pessoa faz um sério exame de consciência que a ajude a ver os seus defeitos e temer suas conseqüências. Portanto, a maneira mais eficiente para prevenir o crime seria a de promover o exame de consciência e a ideia de Inferno.
     Infelizmente, os psicólogos modernos não são versados ​​em Teologia. Se fosse esse o caso, talvez o Professor Sharriff tivesse projetado seu estudo de forma diferente. A questão não deveria ter sido uma escolha entre uma punição e um Deus que perdoa. Em vez disso, ele deveria ter apresentado o equilíbrio que sempre foi ensinado pela Igreja: o nosso comportamento moral é julgado por um Deus infinitamente misericordioso, que pune aqueles de coração endurecido e impenitente. 
por Gary J. Isbell, www.tfp.org 

     Em Fátima, a Santa Virgem disse às três crianças videntes que muitas almas vão para o inferno porque não têm quem reze ou faça sacrifícios por elas. Nas suas Memórias, a Irmã Lúcia descreve a visão do inferno que Nossa Senhora mostrou às três crianças em Fátima, no dia 13 de julho de 1917:
     “Abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor. (Devia ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse “ai!”, que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Essa visão só durou um momento, graças à nossa bondosa Mãe do Céu, que na primeira aparição tinha prometido levar-nos para o Céu. Sem isso, acho que teríamos morrido de terror e de medo”.