Um
estudo recente de Azim F. Shariff, Professor de Psicologia da Universidade de
Oregon, enfatiza em parte o que a Igreja Católica tem ensinado durante os
últimos 2.000 anos sobre a justiça e o Inferno.
O Professor Shariff fez uma análise
detalhada de 26 anos de dados envolvendo 143.197 pessoas de 67 países e
descobriu que "um índice alto de crença no Inferno prognostica taxas mais
baixas de crime". Imagine isso. Ele também passou a observar que as
pessoas com uma ideia unilateral de um Deus que perdoa, que não pune, estão
inclinados a cometer crimes com base em uma visão distorcida do perdão de Deus.
É
animador ver que alguém tenha dedicado seu tempo para estudar os dados
disponíveis sobre a atividade criminosa e sua relação com a ideia de Inferno.
Shariff afirma: "Esses efeitos permanecem após a contabilização de uma
série de covariáveis e, finalmente, provam
previsões mais fortes de taxas de criminalidade nacionais do que as variáveis econômicas, como PIB e desigualdade de renda.
Expandindo pesquisas de laboratório sobre pró-sociabilidade religiosa, este é o
primeiro estudo para ligar as crenças religiosas às tendências transnacionais
em grande escala no comportamento pró e anti-social".
É interessante notar
que os dados não fazem uma correlação que apoie a alegação de que os pobres são
levados a cometer crimes por causa da pobreza. Embora este seja um conhecido
mantra defendido pelos liberais na mídia, a verdade é que as pessoas pobres
cometem crimes pela mesma razão que as pessoas ricas cometem crimes: eles têm
maus costumes.
Há um velho ditado
que diz que não há nada como um ateu em uma trincheira. Podemos dizer que o
tempo de brincar acaba quando nos confrontamos com a morte, o julgamento, e Céu
ou Inferno. Ao longo da História os homens tiveram uma noção arraigada de que
eles seriam julgados por suas ações pelas quais receberiam ou uma recompensa
eterna ou uma punição. A morte nos faz pensar sobre o Céu e o Inferno e estas
considerações podem ter um efeito saudável sobre a sociedade.
Ninguém pode
argumentar com sucesso que a noção de Inferno é impedimento suficiente para fazer
com que as pessoas parem de cometer crimes, já que algumas estão endurecidas em
seus velhos hábitos. Entretanto, para grande parte da Humanidade a ideia do
castigo eterno é um grande impedimento. Há um pequeno pormenor: a ideia do Inferno
só é realmente eficaz quando a pessoa faz um sério exame de consciência que a
ajude a ver os seus defeitos e temer suas conseqüências. Portanto, a maneira
mais eficiente para prevenir o crime seria a de promover o exame de consciência
e a ideia de Inferno.
Infelizmente,
os psicólogos modernos não são versados em Teologia. Se fosse esse o caso,
talvez o Professor Sharriff tivesse projetado seu estudo de forma diferente. A
questão não deveria ter sido uma escolha entre uma punição e um Deus que
perdoa. Em vez disso, ele deveria ter apresentado o equilíbrio que sempre foi
ensinado pela Igreja: o nosso comportamento moral é julgado por um Deus
infinitamente misericordioso, que pune aqueles de coração endurecido e
impenitente.
Em
Fátima, a Santa Virgem disse às três crianças videntes que muitas almas vão
para o inferno porque não têm quem reze ou faça sacrifícios por elas. Nas suas Memórias,
a Irmã Lúcia descreve a visão do inferno que Nossa Senhora mostrou às três
crianças em Fátima, no dia 13 de julho de 1917:
“Abriu de novo as mãos, como nos dois
meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de
fogo. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas
transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no
incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de
fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes
incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero,
que horrorizava e fazia estremecer de pavor. (Devia ter sido ao deparar com
esta vista, que dei esse “ai!”, que dizem ter-me ouvido). Os demônios
distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e
desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Essa visão só
durou um momento, graças à nossa bondosa Mãe do Céu, que na primeira aparição
tinha prometido levar-nos para o Céu. Sem isso, acho que teríamos morrido de
terror e de medo”.
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