No primeiro vitral que eu vi, eu tive a impressão que aquele mosaico de cores abria um buraco dentro da realidade material e conduzia meu olhar maravilhado para outra realidade que estava além do sensível.O vitral me dava a impressão de que além da carapaça da matéria havia uma região aonde o maravilhoso se externava daquela maneira. O vitral, a bem dizer, é a porta dessa região. Depois dessa porta há outra ordem de coisas: está Deus! Aquele vitral é como que o cartão de visitas de Nosso Senhor, como que seu escudo heráldico.O escudo heráldico não é a fotografia de um homem, mas é a descrição da mentalidade de uma família. O vitral é a heráldica de Deus.A luz criada por Deus penetrava no vitral e Deus como que dizia: "Meu filho, sua alma dá para isso! Sua vida existe para isso! Tudo que está embaixo são coisas que na medida em que conduzem a isso estão bem".Resultado: alguém que voltando de olhar para a Igreja de Saint-Michel visse um grupo de punks dando risada da basílica, fazendo cambalhotas e querendo, por exemplo, jogar lixo ali dentro, a posição natural e imediata seria...Há uma proporção: quanto mais alto a alma subiu, mais essa reação seria definida. A reação é o termômetro exato do entusiasmo. Mas deixa uma recordação que se fixa para todo o sempre se a alma continua fiel. Ali ela se encontra a si mesma, há uma espécie de identidade dela consigo mesma. Deus criou aquela pessoa para viver nesse estado de espírito. Ela então vive disso.Na medida em que ela não vive para isso, ela não tem a fisionomia que Deus quis para ela. Ela não sabe qual é sua verdadeira fisionomia. Dai vêm todos esses vazios, tristezas e frustrações que andam por aí.Esse estado de espírito maravilhado diante do primeiro vitral pode passar rápido demais em algumas almas.*A claridade do vitral é uma claridade tamisada, recolhida, uma claridade irmã ou mãe da alma, em que a alma se sente bem tratada, à vontade para tomar distância e colocar-se no seu prisma próprio para olhar todas as coisas. E não reduzida a todo momento à brutalidade do concreto que a luz comum impõe.A luz de um vitral é como se um afago materno me tomasse a alma, me circundasse e dissesse: - “Meu filho, agora seja você mesmo, tome distância de todas as coisas e olhe as coisas à luz de si próprio. Essa luz de si próprio não é a luz de seu egoísmo, é a luz de sua inocência”.*Vocês sabem que a beleza do vitral não é senão a beleza do sol quando o transpõe. A tal ponto, que depois de se ter posto o sol o obscuro vitral não tem mais beleza nenhuma. ... E assim, vocês fizeram muito bem em dizer que querem a luz, porque vocês queriam alguma coisa que viesse do sol. O vitral é um acidente, e o vitral foi feito pelos homens, o sol foi feito por Deus!Fontes:Plinio Corrêa de Oliveira, 3/1/1982. Texto sem revisão do autor; O Universo é uma catedral.*Tu me chamas Mestre e não me obedeces.Luz e não me vês.Caminho e não me segues.Vida e não me desejas.Sábio e não me escutas.Amável e não me amas.Rico e não me invocas.Eterno e não me buscas.Justo e em mim não confias.Nobre e não me serves.Senhor e não me adoras.Se eu te condenar, não me culpes. Oração num vitral da Catedral de Lubeck, Alemanha* * *O Milagre do sol derrotou a estrela vermelhaLendo recentemente o livro “O Milagre do Sol” de John M. Haffert (clique aqui e saiba como adquirir um exemplar), uma edição publicada em vernáculo por iniciativa da Associação Devotos de Fátima, deparei com esta frase: “Foi o milagre do sol que derrotou a Estrela Vermelha em Portugal”. Confesso que fiquei muitíssimo impressionado, pois é pura verdade. Explico-me.O Milagre do Sol aqui referido foi a estupenda manifestação sobrenatural ocorrida em Fátima no dia 13 de outubro de 1917, durante a última aparição de Nossa Senhora aos três pastorzinhos. Um acontecimento portentoso pois, segundo relato das testemunhas, o sol numa expressão bem portuguesa, bailou nos Céus durante cerca de 10 minutos.As descrições daqueles que presenciaram são impressionantes. Eles são unânimes em afirmar que chovia muito na hora do acontecimento, o céu estava carregado de nuvens, mas de repente estas se dissiparam e a imensa bola de fogo começou a rodopiar no céu, mudar de cores e em certo momento veio ligeira em direção à multidão atônita e aterrorizada. Todos pensaram ser o fim do mundo!Este espetáculo foi presenciado por cerca de setenta mil pessoas que se aglomeraram junto à azinheira onde Nossa Senhora estava aparecendo, mas também foi visto num raio de mais de quarenta quilômetros ao redor de Fátima.Impressionante, não é? Mas tem mais.Raramente a Providência Divina anuncia um milagre marcando data, hora e local onde se dará, e isto foi o quê aconteceu em Fátima. Nossa Senhora havia anunciado o milagre meses antes, e se daria naquele dia, naquela hora e naquele lugar, quem quisesse ver era só estar lá. Foi o que fizeram crentes a ateus, e foi bom, pois estes últimos deram seus insuspeitáveis testemunhos, como é o caso do jornal laico O Século.Agora, o que tem a haver entre o milagre do Sol e a Estrela Vermelha?A Estrela Vermelha é um dos símbolos do Comunismo Internacional, e Portugal na época das aparições de Nossa Senhora estava sob um regime ateu e comunista. Nove anos antes um movimento liderado por republicanos e anarquistas levou ao assassinato no mesmo dia do Rei D. Carlos I e de seu filho D. Luiz Felipe, herdeiro do trono, e com isto em 1910 proclamou-se a república de um governo comunista.Estes comunistas e ateus fizeram de tudo para impedir a aproximação dos fiéis ao local das aparições neste dia 13 de outubro. Posicionaram soldados em pontos estratégicos a fim de barrar aqueles que se aproximavam, mas debalde. A imensa multidão furou o cerco, alguns até feridos pelas baionetas dos soldados, mas nada pôde conter que se aglomerassem junto às crianças que viam a Santíssima Virgem.Após estes estupendos acontecimentos houve um obstinado combate das autoridades comunistas à devoção a Nossa Senhora de Fátima. Nos anos que se seguiram, fizeram toda sorte de profanações e sacrilégios, chegando mesmo a dinamitar a pequena capela erguida no local das aparições. De nada valeu, a piedade dos fiéis foi aumentando cada vez mais e os maus foram sendo derrotados até serem definitivamente colocados fora do poder em Portugal. Nossa Senhora venceu!É de se notar que na terceira aparição, em julho daquele mesmo ano, Nossa Senhora havia profetizado que a Rússia espalharia seus erros pelo Mundo, promovendo guerras e perseguições aos bons, e foi exatamente nesta mesma época que o comunismo tomou o poder na Rússia através de uma revolução sangrenta contra o Czar, os nobres, e também contra o povo, que foi impiedosamente massacrado pelos bolchevistas.Pode-se considerar a Revolução comunista na Rússia como um dos fatos mais trágicos da história da Humanidade, tanto pelo grau de maldade praticada, quanto pela extensão deste mal pelo mundo inteiro. Desde então, tudo se tem passado exatamente como previsto por Nossa Senhora, e até mesmo dentro da Igreja os erros do comunismo penetrou.Diante disto resta-nos confiar, lutar e esperar o triunfo do Imaculado Coração de Maria, conforme Ela mesma profetizou: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará!”, e esperar o momento em que o Milagre do Sol produzirá o seu último efeito e derrotará definitivamente a Estrela Vermelha no Mundo inteiro!
O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Vitrais: joias feitas de luz
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Velhos sinos representando a Tradição
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A descoberta de novas espécies na Amazônia
Drosera amazonica descoberta em 2009
A cada três dias aparece uma nova espécie na Amazônia: razão de alegria ou pretexto de dirigismo invasor?
A organização ambientalista internacional WWF (World Wide Fund for Nature) elaborou extensa compilação das mais de 1.200 novas espécies de animais e vegetais descobertas na Amazônia na última década.
A divulgação do relatório foi noticiada pela BBC Brasil. Segundo o estudo entitulado "Amazon Alive", entre 1999 e 2009, uma nova espécie foi achada a cada três dias na região.
Os números comprovam que a Amazônia é um dos lugares de maior biodiversidade da Terra: foram catalogados no período 637 novas plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 39 mamíferos e 16 pássaros.
"O volume de descobertas de novas espécies é incrível – e isso sem incluir o grupo dos insetos, onde as descobertas também são muitas", disse a coordenadora da WWF no Brasil, Sarah Hutchison.
A grande mídia costuma despejar uma constante chuva de pessimismo gerada em ambientes verdes a respeito das espécies que estariam em perigo de extinção. Ela insiste nos riscos e carrega os sublinhados ao falar de sua iminência e de seus assustadores efeitos futuros.
No fim dessa insistência aparece uma resultante estatizadora: para salvar o bichinho, criar uma formidável máquina de controle legal e burocrático, mais impostos e mais agências a serviço de um dirigismo ambientalista que invade a vida dos homens e obstaculiza o progresso.
Dessa mentalidade não escapa o citado relatório da WWF: "esse relatório mostra a incrível diversidade da vida na Amazônia e por isso precisamos de ações urgentes para que essas espécies sobrevivam", reafirmou a coordenadora da WWF.
"O volume de descobertas de novas espécies é incrível – e isso sem incluir o grupo dos insetos, onde as descobertas também são muitas", disse a coordenadora da WWF no Brasil, Sarah Hutchison.
A grande mídia costuma despejar uma constante chuva de pessimismo gerada em ambientes verdes a respeito das espécies que estariam em perigo de extinção. Ela insiste nos riscos e carrega os sublinhados ao falar de sua iminência e de seus assustadores efeitos futuros.
No fim dessa insistência aparece uma resultante estatizadora: para salvar o bichinho, criar uma formidável máquina de controle legal e burocrático, mais impostos e mais agências a serviço de um dirigismo ambientalista que invade a vida dos homens e obstaculiza o progresso.
Dessa mentalidade não escapa o citado relatório da WWF: "esse relatório mostra a incrível diversidade da vida na Amazônia e por isso precisamos de ações urgentes para que essas espécies sobrevivam", reafirmou a coordenadora da WWF.
Falcão descoberto em 2002 |
Algumas reflexões vêm naturalmente ao espírito diante dessa boa notícia.
A primeira é que, de fato, ainda há muitas espécies a serem descobertas e o homem nem sabe direito quantas há. Algum dia saberá.
Porém, a propaganda "verde" insinua que tudo é conhecido e que os homens estão sempre diminuindo de modo perigoso o "escasso" número existente.
Em segundo lugar, o registro de novas espécies – ou o reencontro de espécies julgadas extintas – deveria ser um fator de alegria para os amantes da natureza.
Mas não é bem essa a reação "verde". Pelo contrário, os achados lhes servem o mais das vezes de pretexto para exigir mais dirigismo, controle, etc.
A primeira é que, de fato, ainda há muitas espécies a serem descobertas e o homem nem sabe direito quantas há. Algum dia saberá.
Porém, a propaganda "verde" insinua que tudo é conhecido e que os homens estão sempre diminuindo de modo perigoso o "escasso" número existente.
Em segundo lugar, o registro de novas espécies – ou o reencontro de espécies julgadas extintas – deveria ser um fator de alegria para os amantes da natureza.
Mas não é bem essa a reação "verde". Pelo contrário, os achados lhes servem o mais das vezes de pretexto para exigir mais dirigismo, controle, etc.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Tapetes Persas: Tradição e Qualidade
Tapete persa Na'in Folheando um jornal de Cotia, nos deparamos com este slogan interessante: Toda a magia do Oriente aos seus pés. Tratava-se do anúncio de inauguração de uma loja de tapetes orientais – não apenas os persas – na região. O bom gosto ainda subsiste na nossa cidade!A frase nos trouxe à memória os contos das Mil e Uma Noites, palácios como o de Alhambra, tendas forradas de magníficos tapetes macios e véus esvoaçantes... E parecíamos “voar” sobre um mágico tapete que sobrevoava um esplêndido deserto dourado e ondulante, mas bastante inóspito, para depois pousar suavemente num oásis, onde nos esperava para um longo repouso um lago cercado de tamareiras.Numa outra imagem, víamos os tapetes persas servindo de moldura e repouso para um sultão rodeado de belas peças de serviço cobertas de iguarias que ele generosamente oferece aos seus convidados. O luxo que o cerca é de um bom gosto que nos faz sonhar.Mas, na sua origem, os tapetes persas tinham uma finalidade menos charmoso e muito mais prática: eles serviam às tribos nômades como proteção no inverno rigoroso.Posteriormente, a tecelagem de tapetes se tornou um meio de expressão artística e uma parte essencial da arte e da cultura persas, manifestadas principalmente na escolha de cores vivas e dos motivos empregados. Os segredos da tecelagem passaram de geração a geração. Os artesãos utilizavam insetos, plantas, raízes, cascas e outros ingredientes como fonte de inspiração.A partir do século XVI, a tecelagem de tapetes se desenvolveu até converter-se em arte. E tal arte sofreu várias mudanças em diferentes períodos. Por exemplo, após a invasão mongol, a arte só começou a crescer novamente durante o reinado das dinastias mongóis dos Timúridas e Ilkhanidas.Como os materiais utilizados na confecção dos tapetes se decompõem, os arqueólogos raramente conseguem descobrir algum vestígio deles nas escavações arqueológicas. Apenas alguns pedaços desgastados sobreviveram dos tempos antigos e são a única evidência da tecelagem de tapetes. Tais fragmentos dificultam o reconhecimento das características de tecelagem de tapetes anteriores aos séculos XIII e XIV na Pérsia.Em 1949, o excepcional tapete Pazyryk foi descoberto entre o gelo do vale Pazyryk, nas Montanhas Altai, na Sibéria. O tapete foi encontrado no túmulo de um príncipe cita. Testes com carbono-14 indicaram que o tapete Pazyryk foi tecido no século V a.C. A avançada técnica de tecelagem usada no tapete Pazyryk indica uma longa história de evolução e de experiências nesta arte.O tapete Pazyryk é considerado como o mais antigo tapete do mundo. Sua área central é de cor vermelho escuro e tem duas grandes bordas, uma representando um veado e a outra um cavaleiro persa. No entanto, acredita-se que o tapete de Pazyryk provavelmente não seja um produto nômade, mas sim um produto de um centro de produção de tapetes aquemênidas.Registros históricos mostram que a corte aquemênida de Ciro, o Grande, em Pasárgada, era decorada com magníficos tapetes. Isto foi há mais de 2500 anos atrás. Alexandre II da Macedônia ficou deslumbrado com os tapetes que viu na área do túmulo de Ciro, o Grande em Pasárgada.
Tapete persa de Tabriz Existe muita variedade entre os tapetes persas clássicos dos séculos XVI e XVII. Há numerosas sub-regiões que contribuem para as concepções distintas dos tapetes persas deste período, tais como Tabriz e Kerman. Os motivos mais comuns incluem os ramos de videira, arabescos, folhas de palmeiras, conjunto de nuvens, medalhões, e a sobreposição de padrões geométricos em vez de figuras humanas ou de animais.Os materiais necessários para a confecção de um tapete persa são: a lã, a seda e o algodão. A lã e a seda são usadas principalmente para o veludo do tapete, e raramente na urdidura e trama, que normalmente são de algodão. A lã de ovelha é a mais usada, principalmente a de fibra larga (extraída do peito e das costas do animal). Chama-se kurk a lã de boa qualidade, e de tabachi a de qualidade inferior. As lãs mais requisitadas procedem de Khorasan ou das tribos luras e curdas.O algodão é usado exclusivamente para a urdidura e a trama. Em certos tipos de tapetes, como os de Qom ou de Na’in, o veludo da lã é mesclado com um fio de seda. Nos tapetes mais valiosos o veludo é de seda. Em alguns tapetes antigos são utilizados fios de ouro, de prata ou de seda rodeados de um fio de metal precioso.. . .Segundo Kurt Erdmann, os tapetes do Oriente não chegaram na Europa antes do século XIII. De fato, nas pinturas de Giotto di Bondone (1266-1337) aparecem tapetes presumivelmente de origem persa; provavelmente foi o primeiro a representá-los, seguido de Jan van Eyck (c. 1390 - 1441), Andrea Mantegna (1435-1506), Anthony van Dyck (1599-1641) e Peter Paul Rubens (1577-1640). Os tapetes adquiridos pelos europeus eram muito valiosos para serem estendidos no chão, tal como era costume no Oriente. Os termos usados nos inventários venezianos mostram que os tapetes eram colocados sobre as mesas (tapedi da desco, tapedi da tavola) ou cobrindo arcas que serviam de assento (tapedi da cassa). As pinturas européias confirmam estes usos.Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção de tapetes ter-se mecanizado. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico. No Museu do Tapete do Irã, em Teerã, podem ser vistas muitas peças selecionadas de tapetes persas.
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