O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Se quisermos a paz, obtenhamos a volta de DEUS

sábado, 4 de maio de 2013
 
     O noticiário tem sido pródigo em notícias de violência, enquanto as estatísticas mostram como, apesar de inúmeras providências para contê-la, ela continua a crescer.
     Uma das tentativas para diminuir a violência seria através da redução da maioridade penal, porquanto os menores de 18 anos, exatamente por sua impunidade, têm sido usados via "controle remoto" pelos criminosos maiores.
     Nada mais evidente: usar elementos impunes para praticar crimes que acabam não dando em nada... para os assassinos. Assim, a máquina do crime atua com resultado e sem perda de pessoas.
     O que causa perplexidade é o prefeito de São Paulo mostrar-se contra a diminuição da maioridade penal, numa atitude de evidente moleza face à criminalidade praticada por menores. Se fosse só moleza, e não ideologia, pois, para a esquerda petista, é a sociedade atual que é criminosa, enquanto os bandidos são vítimas dela!
     Na mesma linha está a CNBB, também contrária à redução da maioridade penal.
     A "dobradinha" PT-CNBB vem funcionando de modo muito afinado. A ponto de todos saberem que a ascensão do PT ao poder no Brasil e de Haddad na prefeitura de São Paulo foi obra da esquerda católica; isso é um fato.
     Estamos vivendo numa sociedade que, por suas características sociais, psicológicas e materiais, engendra constantemente o crime. Basta considerar que este é o tema que dá Ibope às "novelas" mais assistidas da TV, o noticiário policial que se transformou num seriado intérmino.
     Doa a quem doer, a verdade é que Deus foi expulso da sociedade ao serem abandonados os Seus Mandamentos.
     Se a correção moral e religiosa do povo não for considerada com coragem, a criminalidade não vai parar nem diminuir, mas continuará a crescer até sair totalmente do controle das autoridades, causando o inimaginável.
     A responsabilidade maior por essa correção a tem o clero, que recebeu de Nosso Senhor o mandato de santificar as almas. E, em consequência, a omissão, o desacerto ou o abandono desse aspecto tornará grande parte dele responsável pela situação.
     Por mais que o governo se proponha aumentar o policiamento e torná-lo mais eficaz, não será suficiente se as almas não começarem uma regeneração por dentro, o que só se dará com um clero que realmente seja santo e cumpra a sua missão espiritual, repito, de santificar as almas.
     Aí nossa sociedade será constituída por autênticos amigos de Deus, que O trarão de volta, pois a paz de Cristo só se estabelece onde Ele é efetivamente Rei.
 

sábado, 11 de maio de 2013

A Mãe segundo São Gregório de Nazianzo

    


A Beata Gisela, Rainha da Hungria, com seu filho Santo Américo
    
    
     Minha mãe – escreve ele – era filha de uma raça de santos, mas excedeu em muito a santidade dos seus avós. Era indulgente e modesta, sabendo, porém, desenvolver em certas circunstâncias uma força e energia de alma superior à coragem dos homens.
     Bem que fosse de sangue e estirpe nobre, o maior título de nobreza, a seus olhos, era o seu título de cristã e filha de Deus. Era mui bela, mas desprezava o falso brilho da vaidade e, deixando às atrizes e comediantes os adornos artificiais, para si mesma não procurava mais do que um simples crucifixo ou imagem divina que, aliás, já tinha gravado no coração.
     Os exercícios de piedade, a que se entregava com fiel vigilância, não a impediam de se ocupar dos serviços da casa e o admirável é que, quando desempenhava os seus deveres domésticos, parecia não cogitar no serviço de Deus, como também quando se absorvia em seus exercícios religiosos, se poderia supor que esquecia todos os encargos do lar; tanto é certo que essas duas ocupações, na aparência opostas, se confundiam sempre em sua consciência calma, serena e vigilante.
     "A virtude – escreve Mons. Trochu – passa facilmente do coração das mães ao coração dos filhos". "Educado por uma mãe cristã, corajosa e forte –escreveu o Padre Lacordaire da sua mãe– a religião tinha passado do seu seio para mim, como um leite virgem e sem amargura".

 
 
 

domingo, 5 de maio de 2013

Padre é excomungado por ser herege e não por defender homossexuais

     As notícias sobre a excomunhão do hoje ex-“padre Beto”, da diocese de Bauru-SP, servem para mostrar como o mal se desenvolve por etapas. Ele aparece de início em atitudes, afirmações ou posições tênues e aparentemente inofensivas, mas aos poucos destrói por dentro o bem e faz isso de modo que quase ninguém tome consciência do tamanho do estrago que ele produzirá quando chegar ao extremo.
     Talvez poucos católicos tenham se dado conta do que fez “Padre” Beto. Aparentemente um simples e ardoroso sacerdote que busca viver e anunciar o bem ao próximo. Na realidade, um homem que desobedeceu a Santa Igreja de Cristo, um herege. Um homem que acredita que a Igreja é apenas uma instituição secular que deve se preocupar antes de tudo e apenas com os problemas deste mundo.
     E os católicos sabem muito bem que NÃO é isso que Nosso Senhor ensinou, muito pelo contrário.
     A preocupação deve ser com a vida eterna, já que este mundo é apenas uma passagem para ela. Foi o que Nosso Senhor ensinou ao recomendar: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas (os bens materiais) vos serão dadas por acréscimo”. (S. Mateus, 6,33)
     Ademais, Roberto Francisco Daniel, declarou a respeito de sua excomunhão: “Eu me sinto honrado em pertencer à lista de muitas pessoas humanas que foram assassinadas e queimadas vivas por pensarem e buscarem o conhecimento. Agradeço à Diocese de Bauru”, afirmou.
     Sentiu-se honrado em ser excomungado. Será que este homem um dia conheceu verdadeiramente o que é a Comunhão? Será que viveu e conheceu um dia a história da Igreja para saber que praticamente todo o conhecimento do Ocidente foi desenvolvido por padres e monges cientistas? 

Leia mais em: www.adf.org.br

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Papa Francisco e o teste cubano

 1 maio 2013
Armando Valladares (*)

     Francisco, o primeiro pontífice latino-americano, em seu recente discurso ao corpo diplomático destacou a pobreza física e a pobreza espiritual como dois grandes males do século XXI, e se compadeceu do “sofrimento” que suas vítimas enfrentam.
     Ao ler esse discurso papal sobre o flagelo da pobreza, não pude deixar de lembrar dos meus irmãos cubanos, pobres entre os mais pobres latino-americanos e caribenhos, vítimas de mais de 50 anos de comunismo.
     Evoquei tantos lances lamentáveis da diplomacia vaticana para Cuba comunista nas últimas décadas, que de uma maneira ou de outra favoreceram a continuidade da ditadura cubana.
     E me perguntei com legítima expectativa, enquanto católico cubano, qual será, durante este novo pontificado, a orientação da diplomacia vaticana para a pobre Cuba, a outrora “pérola das Antilhas”?
     Até o momento, não são muitos os elementos de que se dispõe para levantar uma hipótese sobre o que poderá ocorrer. Trata-se, sem dúvida, do teste cubano.
     A expectativa e até a ansiedade dos cubanos sobre os rumos da diplomacia vaticana para Cuba comunista se justifica, porque o drama da ilha-cárcere já se prolonga durante demasiado tempo.
     Depois da viagem de João Paulo II a Cuba, em 1997, o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, publicou o livro “Diálogos entre João Paulo II e Fidel Castro” (Ed. Ciudad Argentina, Buenos Aires, 1998), uma edição que parece estar esgotada, porém que na eventual reedição poderá dar luz sobre o pensamento de Francisco sobre o problema cubano.
     Diversos comentaristas lembraram o papel do arcebispo de Buenos Aires, cardeal Bergoglio, como presidente da comissão de redação do documento da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (CELAM), cujos membros se reuniram no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Brasil, em 13 de maio de 2007.
     Francisco teria presenteado tal documento a mandatários recentemente recebidos em audiência pelo novo pontífice, como foi o caso da presidente argentina.
     Em maio de 2007, antes dessa reunião da CELAM, tive oportunidade de enviar “minha angustiada interrogação, enquanto católico cubano e ex-preso político nos cárceres comunistas durante 22 anos, a respeito de se esta reunião da CELAM abordará o drama dos católicos cubanos ou se, mais uma vez, optará pelo silêncio”.
     Também constatava que “o sofrimento espiritual do rebanho católico cubano em relação à atitude complacente dos pastores ante os lobos vermelhos é dilacerante”.
     E lembrava que durante a reunião do Encontro Nacional Eclesial Cubano (ENEC), o então arcebispo de Santiago de Cuba, monsenhor Pedro Meurice, reconheceu que no começo os fiéis católicos cubanos consideravam os eclesiásticos desse país como membros de “uma Igreja de mártires”, mas que depois, por essa atitude colaboracionista com a ditadura castrista, “dizem que somos uma Igreja de traidores”.
     Um resumo dessa mensagem aos participantes da CELAM foi divulgado pela Agência Católica de Informações (ACI): (“Ex-preso político pede que drama cubano não passe desapercebido na 5ª Conferência”, ACI, 06 de maio de 2007).
     Uma mensagem pública aos membros desse organismo, difundido pela imprensa e nas redes sociais, e entregue em mãos à boa parte dos altos eclesiásticos participantes e a seus assessores, no próprio local do evento, em Aparecida. Nessa mensagem, eu expressava
     Lamentavelmente, nessa oportunidade, o silêncio da CELAM sobre o tema cubano foi total.
     Dois meses depois, os diretores da CELAM partiram para Havana, para participar da 31ª assembleia ordinária da entidade eclesiástica.
     Apresentava-se outra oportunidade imperdível para que a CELAM rompesse com o muro do silêncio, da indiferença e da vergonha que asfixia meus irmãos cubanos, pobres entre os mais pobres, órfãos espirituais entre os mais órfãos, que sofrem na ilha-cárcere do Caribe.
     Antes de começar o encontro eclesiástico em Havana, autoridades da CELAM haviam recebido comoventes cartas, assim como pedidos de ajuda por parte de fiéis católicos, de mães e esposas de presos-políticos, sobre as generalizadas violações de direitos humanos e religiosos aos habitantes da ilha-cárcere.
     Depois do encontro eclesiástico houve, inclusive, uma reunião de duas horas e meia entre representantes da CELAM e representantes da ditadura cubana. Não obstante, monsenhor Emilio Aranguren, bispo da diocese cubana de Holguín, se apressou a esclarecer que nessa reunião simplesmente “nenhum desses temas foi posto na mesa”, porque se havia conversado unicamente “sobre os temas que eram verdadeiramente importantes para os bispos presentes”.
     No inferno cubano, a asfixia e o extermínio espiritual e físico do pobre rebanho, ao que parece não era um tema suficientemente importante. O bom pastor está disposto a dar a vida por suas ovelhas (Cf. São João, 10,10). O que dizer daqueles pastores que deixam suas ovelhas a mercê do lobo, parecendo ignorar o drama dos fiéis católicos cubanos, pobres entre os mais pobres, física e espiritualmente?
     Na “ostpolitik” eclesiástica para Cuba, até o momento foram vários os autores. Entre eles, a secretaria de Estado da Santa Sé, bispos católicos cubanos, cardeais e bispos católicos norte-americanos, e cardeais e bispos católicos latino-americanos. Dediquei ao tema dezenas de respeitosos e sinceros artigos, durante os últimos anos.
     Nesta ocasião, evoco esses dolorosos fatos eclesiásticos na angustiada, expectante e filial perspectiva de saber como será a orientação da diplomacia da Santa Sé, durante o prontificado de Francisco, com relação a Cuba. Trata-se do teste cubano. A atual conjuntura da Igreja, interna e externa, talvez seja uma das mais dramáticas de sua História. Que em relação ao futuro da ilha, a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, ilumine a mente, as decisões e os passos dos atuais e mais importantes protagonistas, especialmente, do novo pontífice.
_______________
(*) Armando Valladares, escritor, pintor e poeta. Passou 22 anos nos cárceres políticos de Cuba. É autor do best-seller “Contra toda esperança”, onde narra o horror das prisões castristas. Foi embaixador dos Estados Unidos ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU sob as administrações Reagan e Bush. Recebeu a Medalla Presidencial del Ciudadano e o Superior Award do Departamento de Estado. Escreveu inúmeros artigos sobre a colaboração eclesiástica com o comunismo cubano e sobre a “ostpolitik” vaticana para Cuba.
Dois artigos relacionados, escritos por Armando Valladares: Bento XVI, CELAM e “favela” cubana (30 de abril de 2007) CELAM em Cuba: “diálogo cordial” entre lobos e pastores (27 de julho de 2007).
Tradução: Graça Salgueiro
Extraído do blog O que está acontecendo na América Latina?