O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fanfarras e Bandas

Fanfarras e Bandas agitaram a noite de sábado (19/10/2013) em Cotia
 


     A cidade de Cotia sediou no sábado a 2ª Fase da Eliminatória do Campeonato Estadual de Fanfarras e Bandas – 10º Paulistão 2013.
     O evento realizado pela Prefeitura de Cotia através da Secretaria de Cultura, em parceria com a Federação de Fanfarras e Bandas do Estado de São Paulo – FFABESP, aconteceu na Avenida Rotary (ao lado da Prefeitura de Cotia).
     Em busca do título Estadual, 26 fanfarras e bandas se apresentaram. “A grande final será realizada no dia 30 de novembro em São Roque”, disse o Presidente da FFABESP, Silvaldes Aparecido Ferreira.
     A primeira etapa da Eliminatória Estadual de Fanfarras e Bandas foi realizada no dia 22 de setembro na cidade de Santa Rita do Passa Quatro em São Paulo. 
* * *
     Fanfarra é um toque (floreio) de trombetas e outros instrumentos de sopro, muitas vezes com percussão, para fins cerimoniais. Além de seu significado musical, a fanfarra sempre teve um sentido simbólico. A raiz “fanfa” (vangloriar) remonta ao final do século XV. Embora etimologistas acreditem que a palavra seja onomatopaica, pode na verdade derivar do árabe Anfar (trombetas).
     A palavra “fanfare” ocorreu pela primeira vez em francês em 1546 e em inglês em 1605; foi usada pela primeira vez para significar um toque de trompete, embora possa ter sido usado anteriormente para significar um sinal de caça.
     Walther, Altenburg e um autor anônimo do século XVIII, pertencentes ao Prufende Gesellschaft em Halle, concordaram que a fanfarra era "utilizada em todos os dias de festa e cerimônias de Estado" e consistia em "uma mistura de arpejos e toques improvisados por trompetistas e tocadores de tambores” (J. E. Altenburg, 1791); durante o mesmo período, no exército britânico o toque era "sem qualquer regra definida”. Heyde mostrou que esse tipo de improvisação irrefletida, cujo objetivo era o de glorificar um soberano, remonta ao toque clássico dos trompetistas durante a Idade Média.
     O efeito de um clássico medieval (um toque de campo ou de batalha) ou de uma fanfarra do século XVIII tinha a finalidade de fazer um puro ruído em vez de algo com um mérito musical. Cerca de 100 trompetistas e tocadores de flauta produziram um tal barulho no casamento de George o Rico, em 1475, que dificilmente podiam ouvir suas próprias palavras.
     Embora fontes muito antigas descrevam fanfarras militares e cerimoniais, as fanfarras tiveram seu desenvolvimento na Idade Média. A peça musical mais antiga a sobreviver data do século XIV e era usada nas caçadas francesas. As limitações da trombeta de caça usadas naquele período tornavam o resultado bastante rudimentar.
     Na França do século XVIII a fanfarra era um movimento com energia e repetição de notas. As fanfarras modernas datam do século XIX, quando foram compostas para as coroações britânicas (como, por exemplo, a I was glad de Hubert Parry para a coroação de Eduardo VII) e outras ocasiões importantes.
     Normalmente a fanfarra consta de uma peça musical curta que é tocada por trombetas, cornetas ou outros instrumentos de metal, normalmente acompanhados por percussão. Ela é usada em eventos sociais importantes como inaugurações, filmes, Olimpíadas. Na ópera o termo "fanfarra" se refere a um trecho executado em cena por instrumentos de metal.
     A extensão das notas nos instrumentos das fanfarras é mais limitada que o das bandas marciais que utilizam quase todos os instrumentos de sopro e de percussão e dessa forma executam qualquer tipo de música. Dessa forma, a melodia das fanfarras torna-se mais limitada e algumas vezes alterada em comparação a das bandas marciais. Porém, mesmo com características bem definidas, as duas formações musicais se superam com arranjos e melodias cada vez mais modernos, diferente das antigas bandas que se limitavam à execução de hinos e marchas cívicas.
     Atualmente suas apresentações podem acontecer em ruas, avenidas, ginásios, campos de futebol e etc., trazendo sempre em seus repertórios músicas e movimentações das mais diversas ao público. Além de tocar instrumentos de sopro e percussão, existem componentes que se utilizam da arte cênica para implementar movimentos e beleza ao espetáculo apresentado, podendo vir a utilizar espada, lança, bandeira, mastro e etc. Podem ser conhecidos como Linha de frente, Corpo coreográfico, Mor, Baliza de fanfarra, Pelotão de bandeiras.
 
A lenda do TROMBETEIRO de Cracóvia, de 1241.
     Se você estiver na Cracóvia, Polônia, visite a Igreja de Santa Maria (Mariacki), na esquina da Praça do Mercado principal - você realmente não pode perder. Ouça a corneta que anuncia a hora: o seu toque, conhecido por séculos como o Mariacki Hejnal, é curiosamente truncado. As pessoas na Cracóvia ainda hoje explicam isso como uma tradição que remonta a 1241, quando um corneteiro foi supostamente morto por uma flecha dos invasores tártaros enquanto ele tocava seu alarme. Este toque foi adotado em 1927 pelo rádio nacional, e uma versão ao vivo é transmitida todos os dias ao meio-dia.

Fanfarra da Guarda montada francesa
 
Algumas fanfarras modernas
 
Arthur Bliss (1891-1975) escreveu uma série de Fanfarras Reais para o casamento de Sua Alteza Real Princesa Margaret na Abadia de Westminster em 6 de maio de 1960.
 
Paul Dukas escreveu em 1912 um alardo fantástico para o ballet "La Peri", que acabou por ser o ponto alto do trabalho - o ballet não é muitas vezes visto, mas a fanfarra apoiada por uma orquestra de metais é extremamente popular.
 
Benjamin Britten, um dos maiores compositores britânicos do século XX, escreveu uma fantasticamente inteligente Fafarra para St. Edmundsbury.
 
Andre Jolivet foi um compositor de inúmeras obras para trompete e mostrou que ele realmente sabia o que estava fazendo com a fanfarra "Narcisse", parte de um conjunto que ele escreveu para a produção de Racine, no Comedie Française em Paris.
 
Richard Strauss escreveu um alardo em 1943, para o Coro de Trumpetes da cidade de Viena, como parte da abertura do "Festmusik der Stadt Wien". 

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