Fanfarras
e Bandas agitaram a noite de sábado (19/10/2013) em Cotia
A cidade de Cotia sediou no sábado a 2ª Fase da Eliminatória do
Campeonato Estadual de Fanfarras e Bandas – 10º Paulistão 2013.
O evento realizado pela Prefeitura de Cotia através da Secretaria de
Cultura, em parceria com a Federação de Fanfarras e Bandas do Estado de São
Paulo – FFABESP, aconteceu na Avenida Rotary (ao lado da Prefeitura de Cotia).
Em busca do título Estadual, 26 fanfarras e bandas se apresentaram. “A
grande final será realizada no dia 30 de novembro em São Roque”, disse o
Presidente da FFABESP, Silvaldes Aparecido Ferreira.
A primeira etapa da Eliminatória Estadual de Fanfarras e Bandas foi
realizada no dia 22 de setembro na cidade de Santa Rita do Passa Quatro em São
Paulo.
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Fanfarra é um toque (floreio) de trombetas
e outros instrumentos de sopro, muitas vezes com percussão, para fins
cerimoniais. Além de seu significado musical, a fanfarra sempre teve um sentido
simbólico. A raiz “fanfa” (vangloriar) remonta ao final do século XV. Embora
etimologistas acreditem que a palavra seja onomatopaica, pode na verdade derivar
do árabe Anfar (trombetas).
A palavra “fanfare” ocorreu pela primeira
vez em francês em 1546 e em inglês em 1605; foi usada pela primeira vez para
significar um toque de trompete, embora possa ter sido usado anteriormente para
significar um sinal de caça.
Walther, Altenburg e um autor anônimo do século XVIII, pertencentes ao Prufende Gesellschaft em Halle, concordaram que a fanfarra era "utilizada em todos os dias de festa e cerimônias de Estado" e consistia em "uma mistura de arpejos e toques improvisados por trompetistas e tocadores de tambores” (J. E. Altenburg, 1791); durante o mesmo período, no exército britânico o toque era "sem qualquer regra definida”. Heyde mostrou que esse tipo de improvisação irrefletida, cujo objetivo era o de glorificar um soberano, remonta ao toque clássico dos trompetistas durante a Idade Média.
O efeito de um clássico medieval (um toque de campo ou de batalha) ou de uma fanfarra do século XVIII tinha a finalidade de fazer um puro ruído em vez de algo com um mérito musical. Cerca de 100 trompetistas e tocadores de flauta produziram um tal barulho no casamento de George o Rico, em 1475, que dificilmente podiam ouvir suas próprias palavras.
Walther, Altenburg e um autor anônimo do século XVIII, pertencentes ao Prufende Gesellschaft em Halle, concordaram que a fanfarra era "utilizada em todos os dias de festa e cerimônias de Estado" e consistia em "uma mistura de arpejos e toques improvisados por trompetistas e tocadores de tambores” (J. E. Altenburg, 1791); durante o mesmo período, no exército britânico o toque era "sem qualquer regra definida”. Heyde mostrou que esse tipo de improvisação irrefletida, cujo objetivo era o de glorificar um soberano, remonta ao toque clássico dos trompetistas durante a Idade Média.
O efeito de um clássico medieval (um toque de campo ou de batalha) ou de uma fanfarra do século XVIII tinha a finalidade de fazer um puro ruído em vez de algo com um mérito musical. Cerca de 100 trompetistas e tocadores de flauta produziram um tal barulho no casamento de George o Rico, em 1475, que dificilmente podiam ouvir suas próprias palavras.
Embora fontes muito
antigas descrevam fanfarras militares e cerimoniais, as fanfarras tiveram seu
desenvolvimento na Idade Média. A peça musical mais antiga a sobreviver data do
século XIV e era usada nas caçadas francesas. As limitações da trombeta de caça
usadas naquele período tornavam o resultado bastante rudimentar.
Na França do século
XVIII a fanfarra era um movimento com energia e repetição de notas. As
fanfarras modernas datam do século XIX, quando foram compostas para as
coroações britânicas (como, por exemplo, a I
was glad de Hubert Parry para a coroação de Eduardo VII) e outras ocasiões
importantes.
Normalmente a
fanfarra consta de uma peça musical curta que é tocada por trombetas, cornetas
ou outros instrumentos de metal, normalmente acompanhados por percussão. Ela é
usada em eventos sociais importantes como inaugurações, filmes, Olimpíadas. Na
ópera o termo "fanfarra" se refere a um trecho executado em cena por
instrumentos de metal.
A extensão das notas nos instrumentos das fanfarras é mais limitada que
o das bandas marciais que utilizam quase todos os instrumentos de sopro e de
percussão e dessa forma executam qualquer tipo de música. Dessa forma, a
melodia das fanfarras torna-se mais limitada e algumas vezes alterada em
comparação a das bandas marciais. Porém, mesmo com características bem
definidas, as duas formações musicais se superam com arranjos e melodias cada
vez mais modernos, diferente das antigas bandas que se limitavam à execução de
hinos e marchas cívicas.
Atualmente suas apresentações podem acontecer em ruas, avenidas, ginásios,
campos de futebol e etc., trazendo sempre em seus repertórios músicas e
movimentações das mais diversas ao público. Além de tocar instrumentos de sopro
e percussão, existem componentes que se utilizam da arte cênica para
implementar movimentos e beleza ao espetáculo apresentado, podendo vir a
utilizar espada, lança, bandeira, mastro e etc. Podem ser conhecidos como Linha
de frente, Corpo coreográfico, Mor, Baliza de fanfarra, Pelotão de bandeiras.
A lenda do TROMBETEIRO de Cracóvia, de 1241.
Se você estiver
na Cracóvia, Polônia, visite a Igreja de Santa Maria (Mariacki), na esquina da
Praça do Mercado principal - você realmente não pode perder. Ouça a corneta que
anuncia a hora: o seu toque, conhecido por séculos como o Mariacki Hejnal, é
curiosamente truncado. As pessoas na Cracóvia ainda hoje explicam isso como uma
tradição que remonta a 1241, quando um corneteiro foi supostamente morto por
uma flecha dos invasores tártaros enquanto ele tocava seu alarme. Este toque
foi adotado em 1927 pelo rádio nacional, e uma versão ao vivo é transmitida
todos os dias ao meio-dia.
Algumas fanfarras modernas
Arthur
Bliss (1891-1975) escreveu uma série de Fanfarras Reais para o casamento de Sua
Alteza Real Princesa Margaret na Abadia de Westminster em 6 de maio de 1960.
Paul
Dukas escreveu em 1912 um alardo fantástico para o ballet "La Peri",
que acabou por ser o ponto alto do trabalho - o ballet não é muitas vezes visto,
mas a fanfarra apoiada por uma orquestra de metais é extremamente popular.
Benjamin
Britten, um dos maiores compositores britânicos do século XX, escreveu uma fantasticamente
inteligente Fafarra para St. Edmundsbury.
Andre Jolivet foi um compositor de inúmeras obras para trompete e mostrou
que ele realmente sabia o que estava fazendo com a fanfarra "Narcisse",
parte de um conjunto que ele escreveu para a produção de Racine,
no Comedie Française em Paris.
Richard
Strauss escreveu um alardo em 1943, para o Coro de Trumpetes da cidade de Viena,
como parte da abertura do "Festmusik der Stadt Wien".
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