O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cotia, a Cidade das Rosas

    

     Em escavações realizadas há alguns anos por arqueólogos entre os Rios Tigre e Eufrates, nas escavações de Ur (antiga cidade da Mesopotâmia), descobriu-se inscrições relatando  que o Rei Sargão teria trazido “do além Tauros, mudas de rosas, videiras e figueiras”. Este rei viveu de 2.630 a 2684 aC., portanto, há quase cinco mil anos.
     Sabe-se também que a rosa foi levada da Ásia para a Grécia cerca de mil anos antes de Cristo. Homero, na “Ilíada”, descrevendo as lutas pela conquista de Tróia, escreveu que o escudo do Rei Aquiles era ornado com rosas. Confúcio deixou registrado que na biblioteca do Imperador da China havia cerca de 600 livros sobre rosas, e que a nobreza chinesa apreciava muito o óleo feito a partir das pétalas dessa flor.
    Que a rosa foi eleita a “rainha das flores” não é coisa recente. Safo, uma poetisa grega que viveu seis séculos antes de Cristo, já fizera uma primeira referência a isso em seus escritos.
     As rosas foram levadas da Grécia para Roma também antes de Cristo. Na capital do antigo Império Romano as rosas já eram cultivadas em estufas, para alegria dos patrícios, que queriam rosas enfeitando suas casas o ano inteiro.
     Na trilha das Legiões Romanas a rosa foi se espalhando pela Europa inteira.

As Rosas no Brasil

     ...”Procedeu-se a seguir a uma devota procissão rogatória, na qual todos traziam à cabeça suas coroas de rosas (que só aqui florescem)..., carregando o padre debaixo do pálio de seda uma imagem da Virgem Mãe, também ela emoldurada de rosas vermelhas”. Palavras de Anchieta, encontradas na Carta Ânua de 1583, referindo-se às solenidades da instituição da confraria de Nossa Senhora do Rosário, na Vila de Piratininga, nesse ano.
     Esse é o relato mais antigo conhecido da nossa História, a fazer menção à utilização de rosas aqui no Brasil.
     Entre 1560 e 1570 teriam sido introduzidas as primeiras roseiras por Anchieta, presente em Piratininga. Levantadas a Igreja e a Escola, plantou-se em terreno contíguo, um roseiral, de onde proveriam as rosas utilizadas nas solenidades religiosas.

As Rosas em Cotia

     O irmãos Hans e Kurt Boettcher saíram da Alemanha e vieram para o Brasil tentar a sorte como floricultores. A flor da moda era então a dália e os recém-chegados resolveram investir nesta flor. Estabeleceram-se numa chácara no Bairro do Jabaquara, em São Paulo, com tanto sucesso, que dois anos depois já faziam a primeira exposição de dálias.
     Nos anos de 1933 e 1934 a floricultura dos irmãos Boettcher mudou-se para Cotia. Os Boettcher já plantavam rosas, porém, somente alguns anos depois é que resolveram realizar anualmente a Festa da Rosa.
     A Festa da Rosa foi oficializada em 1958 e teve sua primeira versão inaugurada pelo então secretário de Estado da Agricultura, Pacheco Chaves.  
    A Roselandia tornou-se tão famosa, que a ela deveu-se o epíteto dado a cidade de Cotia de “Cidade das Rosas”.


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