São Luis Orione (1872-1940), que foi canonizado
pelo Papa João Paulo II em 16 de maio de 2004, uma das mais eminentes figuras
do século passado pelo seu zelo na prática da caridade, enviou a primeira leva
de seus missionários ao Brasil em 1913.
Cotia tem o previlégio de contar em “suas
terras” com a presença da Obra deste grande Santo, o Pequeno Cotolengo.
No que diz respeito à legalização do
aborto previsto no projeto de reforma do Código Penal Brasileiro, sobre a
iminente aprovação pelo parlamento do país "mais católico", pelo
menos de acordo com estatísticas oficiais sobre a administração dos
sacramentos, da América Latina, o Vatican Insider fez algumas perguntas a Dom
Flavio Peloso, Diretor Geral da "Obra Dom Orione".
A entrevista concedida ao jornalista
Giuseppe Brienza no dia 13 de setembro pp. revela que o Brasil mudou muito em
comparação com os anos 20 e 30 do século passado, quando teve os primeiros
contatos com Dom Orione e sua obra.
Quanto ao problema da aprovação do aborto
no Brasil, Dom Peloso mencionou que surgiram, nos arquivos da Obra, alguns
escritos que demonstram a visão profética de São Luis Orione, antecipando os
ataques que seriam feitos contra a família e a dignidade da mulher no século
XX. Nos
anos 20, D. Orione escreveu a respeito da nova situação social e cultural das
mulheres:
"É
cristão, é caridoso ocupar-se da condição da mulher, ou melhor, da família
cristã - observa Dom Orione. O ataque, por ora ainda latente, contra esta
fortaleza social que é a família cristã, guardada e mantida pela indissolubilidade
do casamento - prestai atenção - amanhã tornar-se-á furioso. O feminismo é uma
parte importantissima da questão social, e o nosso erro, ó católicos, é o de
não tê-lo entendido imediatamente. Foi um grande erro. O dia em que a mulher,
libertada de tudo aquilo que chamamos a sua servidão, se tornar mãe segundo seu
prazer, esposa sem marido, sem nenhum dever para quem quer que seja, naquele
dia a sociedade desmoronará espantosamente rumo à anarquia, mais do que na
Rússia desmoronou no bolchevismo".
Desde
que Dom Orione escreveu estas palavras houve avanços humanos e sociais. Mas
esses sintomas alarmantes de individualismo e de fragmentação da família e da
sociedade estão agora sob os olhos de todos, objeto de pesquisas e diagnósticos
sociológicos.
Resta perguntar quando nós católicos vamos
começar a ouvir os apelos de Nossa Senhora em Fátima, no já longinquo ano de
1917, quanto à nossa conversão sincera. E, além disto, quando vamos procurar defender
os princípios cristãos apoiando todos os movimentos que combatem pacificamente
os inimigos da nossa Fé?
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