O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Como Maria Antonieta prestigiou a batata e uma receita da corte francesa


     A batata foi uma das plantas levadas para o Velho Mundo por Cristóvão Colombo após o descobrimento das Américas.
     Embora hoje em dia a batata seja amplamente utilizada em toda a Europa – a média de consumo de batata na Alemanha é cerca de 70 kg por pessoa/ano – nos seus primeiros anos no Velho Continente a batata teve que se esforçar para ser aceita. Na França, trigo e pão eram produzidos em grande quantidade e a humilde batata era desprezada.
     Antoine-Augustin de Parmentier (1737-1813), um eminente físico que desejava introduzir a batata na dieta alimentar francesa, decidiu que a melhor maneira de acabar com o preconceito era recrutar os bons ofícios do Rei Luís XVI e da Rainha Maria Antonieta. Se eles tornassem a batata algo de bom gosto, o resto da sociedade os seguiria; e eles conseguiram.
     Muitas histórias são contadas. Uma delas diz que Parmentier deu ao casal real algumas flores de batata quando eles estavam caminhando nos jardins de Versailles. A Rainha colocou algumas pequenas flores em seu cabelo. O Rei pôs uma na sua lapela. Os nobres e as damas por sua vez fizeram o mesmo e o incidente tornou-se tema de conversas por toda a França.
     Outra história conta como o Rei deu a Parmentier algumas terras para o plantio de batatas. Muros foram colocados e uma guarda instituída para proteger o jardim. O ar de mistério aguçou a curiosidade do povo, e após oferecerem suborno aos guardas, estes permitiram que as batatas fossem desenterradas. Tudo isso fez com que o povo olhasse a humilde batata sob um novo prisma.
     Todos esses esforços foram recompensados e a batata foi consagrada como boa na cozinha francesa em 1785. Naquele ano, a fome atingiu o nordeste da França, mas os pobres conseguiram sobreviver graças à desprezada batata. A morte de muitos devido à fome foi evitada.
Flor da batata

     Como Frederico o Grande da Prússia, e outros, Luís XVI compreendeu o potencial da batata como alimento básico que podia fazer toda diferença quando a colheita de trigo fosse colocada em perigo por doenças ou mau tempo.
     Este discernimento, este alcance da natureza e do potencial de remédios para os problemas sociais, e a promoção desses remédios para a sociedade como um todo, é algo que os reis e os nobres fizeram através dos séculos. É uma parte inerente à missão da nobreza estar sempre vigilante para encontrar caminhos que protejam e antecipem o bem comum da sociedade.
     Na Espanha, as primeiras batatas foram plantadas no jardim do Mosteiro de Sevilha por Santa Teresa de Jesus. Apreciando as qualidades da batata para o restabelecimento de doenças, ela as dava para as enfermas.
Menina descascando batatas, por Albert Anker
Receita: Croquete de Batata de Luís XVI
Serve 6 pessoas
Ingredientes:
900 g de batatas
2 colheres de sopa de manteiga
¼ colher de chá de pimenta branca
¼ colher de chá de noz-moscada
½ xícara de queijo parmesão ralado
1 colher de chá de salsinha
½ a 1 colher de chá de sal
2 ovos
Farinha de trigo
Pão esfarelado
Modo de Fazer:
   Descasque as batatas, corte-as em quatro pedaços, coloque-as em água salgada quando esta ferver. Quando as batatas estiveram cozidas, escorra-as e amasse-as com manteiga na mesma panela, com o fogo baixo.
   Quando o purê parecer compacto e macio, tire do fogo e acrescente sal, a pimenta branca, a noz-moscada, o queijo ralado e depois uma gema de ovo. Misture tudo muito bem.
   Quando a mistura tiver esfriado, faça bolas criando os croquetes. Passe cada bola primeiro na farinha de trigo, depois no ovo e finalmente no pão esfarelado.
   Frite os croquetes em óleo quente, virando-os com frequência até que eles estejam dourados. Não os frite em grande quantidade de óleo; é melhor numa frigideira.
   Sirva quente com salsinha fresca, se desejar.
Nota: Esta receita foi tirada do livro “Tacuinum dè Eccellentissimi”, by Alex Revelli Sorini e Susanna Cutini website:
 

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