A associação Avenir
de la Culture distribuiu à imprensa francesa e estrangeira um comunicado
[abaixo] muito oportuno, comentando um outro comunicado: o documento lançado
pela Conferência Episcopal francesa, três dias após a maior manifestação da
história contra o “casamento” homossexual.
Infelizmente, tal instituição episcopal, presidida pelo Cardeal André
Vingt-Trois, está cedendo às reivindicações do lobby do movimento
homossexual.
Procedendo desse modo lamentável, tais bispos estão deixando estarrecida
toda aquela multidão que no dia 13 último saiu às ruas em defesa da Família e
contra a agenda LGBT apoiada pelo governo socialista francês.
Estarrecido encontra-se todo o mundo verdadeiramente católico com o
documento episcopal, que propõe fazer concessões ao “projeto de lei Taubira”
(nome da ministra da Justiça, Christiane Taubira), aceitando alguns casos de
adoções de crianças por “casais” homossexuais e aceitando certas uniões entre
pessoas do mesmo sexo, desde que não se use o termo “casamento”!
Como se podem aceitar uniões gravemente pecaminosas se elas são
contrárias à lei moral natural e às leis de Deus?! Um escândalo!
Portanto, é inaceitável qualquer tipo de legalização de relações
homossexuais. Inaceitável também a tentativa daqueles bispos franceses de
abafar a santa indignação dos católicos contra um projeto tão oposto à doutrina
católica e ao plano de Deus para o matrimônio e a família.
Comunicado
de Avenir de la Culture
“Um
fraco rei faz fraca a forte gente”
17 de janeiro
de 2013
Esta célebre frase de Camões vem ao espírito ao ler o comunicado
publicado ontem pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal, três dias
após uma das maiores mobilizações que a França jamais conheceu.
Em decalagem com um milhão de manifestantes que clamavam pela retirada
imediata do projeto de lei Taubira, os mais altos responsáveis pela
Igreja na França se limitaram a pedir que no debate parlamentar sejam
encontradas formulações respeitosas do caráter heterossexual do casamento, da
filiação e das pessoas homossexuais.
Os bispos aceitam, portanto, o princípio de
uma remodelação do direito da família: eles acolhem as reivindicações do lobby
LGBT por um quadro jurídico solene, desde que a etiqueta “casamento” não
venha a embalar o produto e que a adoção de crianças pelos pares homossexuais
se faça sem reconhecimento fictício de paternidade.
Compreende-se que um organismo episcopal disposto a ceder a esse ponto
deplore a crescente polarização entre uma França apegada à família tradicional
e um governo socialista cegado pela “teoria do gênero”.
Jamais se compreenderá como podem os Pastores católicos sugerir, ainda
que implicitamente, um Pacs+ - isto é, um agravamento das
parcerias homossexuais - como uma alternativa possível ao “casamento para
todos”.
Com efeito, tal fórmula está em aberta contradição com o ensinamento da
Igreja, segundo o qual “não existe um direito à homossexualidade, o que
não deveria, portanto, constituir a base para reivindicações jurídicas” (cf.
Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, julho de 1992).
Diante desse comunicado decepcionante, Avenir de la Culture
reitera o que escreveu no dia 8 de dezembro último, em seu “Respeitoso
apelo aos Bispos da França: Não tenhais medo!”:
“Os católicos de base quereriam uma Igreja
sem complexos, que não hesitasse em entrar no embate das convicções e
defendesse com voz forte os valores cristãos. Se os bispos persistirem em
oferecer ao governo um ‘Pacs melhorado’ como alternativa ao ‘casamento para
todos’, eles não farão senão aumentar o fosso existente entre eles e os fiéis”.
Avenir de la Culture deseja
ardentemente que outras vozes episcopais discordantes destas se façam ouvir,
para que a Sra. Taubira não possa repetir um dia o que escreveu Simone Veil em
suas memórias, evocando a legislação do aborto: “Com a Igreja Católica as
coisas correram melhor do que eu podia imaginar”.
Fonte: www.adf.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário