Rock, Revolução e fé católica
12/abril/2013
A pedido de alguns amigos e filhos espirituais faço saber minha opinião
sobre o Rock.
Temos visto espalharem-se pelo mundo on line vários textos sobre o
assunto. Alguns, apaixonados defensores, vestem a camisa (literalmente),
andando de preto, fazendo tatuagens, deixando o cabelo comprido e assim por
diante.
Outros, católicos moderados defensores, dizem que desde que as letras
sejam boas, desde que não tenham teor satânico, ou desde que não seja “muito
pesado”, não haveria problema algum em escutar um “bom rock”.
Ainda alguns, radicalmente opositores, apresentam letras satânicas,
práticas desonestas, dizendo que por causa desse incentivo não se deve escutar
nenhum tipo de rock.
Aqueles que me conhecem já sabem a minha posição a respeito, mas
tentarei explicar de modo conciso aquilo que já sabem através de explicações em
palestras e formações que já dei. Aliás, peço aos leitores desculpas
antecipadas por ser péssimo escritor.
Penso que, em primeiro lugar, deveríamos definir o que seja o rock, pois
só podemos admitir um valor positivo ou negativo àquilo que conhecemos. Muitos
dirão: o rock é um estilo musical como outro qualquer que nasceu dentro de um
determinado ambiente cultural; outros falarão que o rock é um estilo musical
satânico que arrasta seus ouvintes ao mundo dos vícios e do pecado; outros
ainda, que o rock é “um estilo de vida, UH! HU!”, e levantarão os dedos
indicador e mindinho das mãos.
A meu ver, nenhuma destas posições conseguiu definir o rock como tal. E
sem mais delongas defino-o do seguinte modo: o rock é um estilo musical
revolucionário. Explicarei.
Em primeiro lugar, recordemos o que é a Revolução: Revolução é um
atentado qualquer contra a ordem imposta por Deus na criação. O primeiro
revolucionário foi o Demônio que se rebelou contra Deus e depois fez Adão e Eva
comerem o fruto proibido.
Muitas vezes temos ouvido de alguns redutos
comunistas (que se dizem católicos) que “Jesus foi o maior de todos os
revolucionários”. Ora, isso é um verdadeiro absurdo, pois Nosso Senhor não veio
causar um mal à ordem, mas sim, Ele veio restituí-la.
O mundo, que estava em
verdadeira desordem por causa do pecado, tem agora a oportunidade de
restabelecer a ordem através de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Voltando ao rock, muitos poderiam defender alguns pontos que consideram
bons no rock. Porém, ninguém poderia discordar do fato de o rock ser um estilo
musical e ainda revolucionário. E é revolucionário por contrariar a ordem. Ou
alguém vai querer defender que o rock, na verdade, propagaria a ordem? O
próprio modo como os instrumentos são tocados (distorção de guitarra, por
exemplo) transmitem-nos uma contradição em relação à ordem que é própria à
música.
Antes de entrar no seminário confesso que era um daqueles que gostava de
ouvir um “bom rock”. No entanto, ao perceber o aspecto revolucionário do mesmo,
renunciei completamente a este estilo.
A minha opinião é, pois, que o rock não deveria ser ouvido, por ser
revolucionário. E se combatemos a revolução, devemos combatê-la como um todo e
não só uma parte dela.
Fonte: Blog Sou conservador sim, e daí?
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