O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Cardeal Josef Mindszenty, o Grande Resistente

O Cardeal,em 1949, no banco do "reus"
     O glorioso Cardeal Josef Mindszenty, Arcebispo-Príncipe de Esztergom e Primaz Regente da Hungria, foi objeto de plena reabilitação legal, moral e política por meio de lei aprovada pelo Parlamento de Budapest e um acórdão da Suprema Corte magiar. Ambos Poderes reconheceram a inteira inocência do Primaz e declararam destituídas de qualquer valor legal as acusações forjadas pela persecução comunista.
      O Cardeal Mindszenty foi preso pelo regime comunista em 1948. Os torturadores socialistas, através do uso de drogas obtiveram que o Cardeal assinasse uma "confissão" de conspirar contra a ditadura russa, de roubar das joias da Coroa húngara visando coroar o herdeiro, aliás legítimo, Arquiduque Otto de Habsburgo, como Imperador da Europa do Leste e, ainda, planejar a Terceira Guerra Mundial contra Moscou.
      O ínclito Cardeal foi liberado pela rebelião anticomunista de 1956, e obteve asilo na representação americana em Budapest durante 15 anos.
      A mera presença do Cardeal na embaixada americana continuava a atrapalhar o regime marxista. Por isso, este impôs à Ostpolitik vaticana que o Primaz fosse levado embora da Hungria e renunciasse a seus cargos eclesiásticos. Fatos que aconteceram em 1971, após intensa pressão da diplomacia da Santa Sé sob a autoridade de Paulo VI.
     "Eu deveria ter morrido na Hungria", lamentou o Cardeal, considerando a realidade que encontrou no Vaticano ao deixar a terra magiar, segundo consigna o Cardeal Casaroli em suas Memórias. Ele se julgava logrado pela política de aproximação do Vaticano com o comunismo, conduzida por Paulo VI através de Mons. Casaroli, segundo o testemunho deste prelado nas referidas Memórias.
      O Cardeal Mindszenty faleceu no exílio em Viena, para onde partira após sair subrepticiamente do Vaticano em 1975. Seu processo de beatificação está em andamento.
      A Igreja Católica jamais aceitou a condenação do tribunal comunista e excomungou os juízes e todas as pessoas envolvidas naquele processo ideologicamente truncado. A atual hierarquia católica húngara participou do processo de reabilitação do Cardeal Mindszenty e auspiciou que ela seja um sinal da restauração moral do povo húngaro, que tanto sofreu sob o comunismo e agora está ameaçado pela União Europeia por ter incluído valores cristãos em sua nova Constituição.

Estátua do Cardeal na Igreja de S Ladislau EUA
      À luz deste heroico exemplo de um Cardeal da Santa Igreja compreende-se a propriedade com que o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira o elogiou nas páginas da "Folha de S.Paulo" quando o purpurado se debatia no meio da tempestade:

          Neste crepúsculo de lama e de opróbrio, o mundo todo se vai deixando rolar, sonolento e envergonhado, pelos sucessivos precipícios da aceitação gradual do comunismo.
          Porém, no panorama da geral devastação, o Cardeal Mindszenty se tem erguido como o grande inconformado, o criador do grande caso internacional, de uma recusa inquebrantável, que salva a honra da Igreja e do gênero humano.
          O seu exemplo – com o prestígio da púrpura romana intacta nos ombros robustos de pastor valente e abnegado – mostrou aos católicos que não lhes é lícito acompanhar as multidões que vão dobrando o joelho ante Belial."

           ("Folha de S. Paulo", 31-03-1974)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vítimas Expiatórias


   A Igreja Católica celebra amanhã, 14 de abril, uma santa dos Países Baixos. Como vítima expiatória, ela viveu por mais de 38 anos atingida por quase todas as moléstias imagináveis em meio à extrema miséria. Tinha constantes visões de Nosso Senhor, do Paraíso, do Purgatório e do Inferno. Na época em que ela viveu toda a Cristandade gemia sob o peso e a confusão do Grande Cisma.
       Santa Ludovina (ou Liduina, Ludwina, Lidwina) nasceu no dia 18 de março de 1380, em uma família materialmente pobre, mas riquíssima na religiosidade e honestíssima. Muito vivaz, desde criança demonstrava uma profunda religiosidade e uma admirável devoção a Maria Santíssima. Sendo belíssima, antes dos 15 anos de idade recebeu muitas propostas de casamento, mas por amor a Jesus recusou a todas, pois descobrira o dom da virgindade decidindo-se pelo celibato muito cedo.
       No dia 2 de fevereiro de 1395, festa de Nossa Senhora das Candeias, acedendo ao convite das companheiras, com elas dirigiu-se ao local de patinação, divertimento muito apreciado na região. Ali sofreu um acidente no gelo, fraturando uma das costelas. O tratamento médico, muito doloroso, não conseguiu aliviar seu sofrimento e, com apenas 15 anos, ficou praticamente paralisada. Uma cruz que com a ajuda da família e de seu diretor espiritual, Padre João de Pot, ela uniu à cruz gloriosa de Nosso Senhor.
       Incompreendida por muitos, foi acusada de mentirosa e de ser castigada por Deus. E não faltava quem atribuísse seu estado à influência diabólica. Talvez o pior de todos os seus sofrimentos foi a perseguição que sofreu de alguns membros do clero que lhe negavam os sacramentos. Um padre caluniou-a. Profeticamente, a Santa advertiu-o de sua morte iminente e disse que se ele não se arrependesse de seu hábito de roubar e não fizesse a restituição adequada, ele seria condenado. Ele "morreu com espuma em seus lábios num acesso de raiva contra a Santa".
       Por sua paciência angélica e heroica alcançou a conversão de não poucos pecadores que, impressionados pelos sofrimentos dela e por sua admirável conformidade, abandonaram o vício e voltaram à graça de Deus.
       Seu Anjo da Guarda com frequência a visitava e a confortava, mostrando-lhe as delícias do céu e os horrores do inferno. Jesus Cristo e Maria Santíssima também se dignaram aparecer para ela. Em 1421 os magistrados de Schiedam declararam que Ludovina "estava há 7 anos sem comer nem beber". Recebia como alimento Jesus Eucarístico.
       Sua casa era visitada por pessoas vindas das cidades vizinhas, atraídas pelas notícias dos milagres. Depois vieram de Rotterdam, das Flandres, da Alemanha e por fim, da Inglaterra. Todos vinham vê-la, porque ela era o milagre! Ludovina a todos acolhia: escutava, falava, sofria, aconselhava e eles deixavam sua casa como que saindo de uma festa. E ela sem cessar oferecia a Deus suas dores para alcançar a conversão dos pecadores e o alívio das almas do purgatório.
       Ludovina faleceu em Schiedam no dia 14 de abril de 1433. O corpo da Santa, tão maltratado e desfigurado pelas moléstias, depois da morte retomou a formosura juvenil. Um ano após a sua morte a prefeitura de Schiedam construiu uma capela com um altar sobre seu túmulo no cemitério de São João. Muitos milagres foram atribuídos a seus restos mortais.
       Em 1616, por ordem do Arquiduque Alberto (na época a região pertencia aos Wittelsbach da Baviera) as suas relíquias foram transferidas para Bruxelas e guardadas no convento das carmelitas daquela cidade. Uma parte das relíquias foi devolvida para Schiedam em 1891, e são veneradas até o dia de hoje na Igreja de Nossa Senhora da Visitação.
       Em 1890 o Papa Leão XIII aprovou o culto em sua honra. Santa Ludovina é a patrona dos patinadores, dos doentes, de muitas igrejas e hospitais.

+ + +

     Diante da vida de Santa Ludovina e de outras almas inocentes e sacrificadas, poderíamos nos perguntar: - Por que tantos sofrimentos? A resposta dá-nos São Paulo Apóstolo: - "Completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu corpo místico, que é a Igreja" (Col. 1, 24). A resposta é decisiva e a nós compete compreendê-la e praticá-la.
       Vendo a sociedade moderna imersa na corrupção e na decadência moral, nós desejaríamos descobrir se ainda existem vítimas expiatórias que com sua contínua mortificação retêm a mão de Deus que castiga e alcançam graças e bênçãos imerecidas para um mundo pecaminoso. Certamente nunca houve uma época que mais precisasse delas!...
 
     No Brasil, a todo o momento nos deparamos com atitudes arbitrárias que contrariam a opinião da maioria esmagadora da população, que ainda guarda princípios cristãos recebidos de seus antepassados. Nossa Pátria nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e isto marcou profundamente nossas raízes. Mas, os detentores do poder não levam mais em conta o que nós brasileiros desejamos. Eles se dizem agora “defensores das minorias”... Que minorias? De ateus, guerrilheiros, homossexuais e ativistas feministas?
     O dia 12 de abril de 2012 ficará marcado na nossa história como o dia em que mais um absurdo foi perpetrado: a aprovação do aborto dos bebês anencéfalos! Já não bastava que se aprovasse o “casamento homossexual”, o abrandamento das medidas contra os motoristas alcoolizados que assassinam pessoas,a retirada dos Crucifixos, a absolvição de pedófilo que estuprou, porque suas vítimas, meninas de 12 anos, já se prostituíam... Como se a condição lamentável destas crianças justificasse mais um crime!
       Nós pudemos ver nos jornais a foto de milhares de pessoas diante do STJ fazendo vigília para que a vida dos bebês anencéfalos fosse preservada. Louvamos e parabenizamos todos àqueles que ali estiveram rezando para que ao Brasil não fosse imputado mais este pecado. Mas, é triste constatar que em shows e outros eventos duvidosos comparecem números enormemente mais expressivos...
       O Brasil precisa de VÍTIMAS EXPIATÓRIAS! Onde estarão elas?... Existirão?...

sábado, 7 de abril de 2012

Anima Christi, Santifica nos

     Talvez não haja entre todas as orações compostas por mente de homem, uma que supere o Anima Christi. Em deliciosa intimidade, em confiante e terníssimo respeito, em clareza de sentido e esplêndida riqueza de substância, só conheço, que se lhe iguale, a Salve Regina e o Memorare. Composta por Sto. Inácio de Loyola, transcrevo aqui esta oração:

Alma de Cristo, santificai-me / Corpo de Cristo, salvai-me / Sangue de Cristo, inebriai-me / Paixão de Cristo, confortai-me / Ó bom Jesus, ouvi-me / Dentro de Vossas chagas, escondei-me / Não permitais que me separe de Vós / Do espírito maligno, defendei-me / Na hora da morte chamai-me / E mandai-me ir para Vós / Para que com os Vossos santos Vos louve / Por todos os séculos dos séculos. Amém.

     Suas doze súplicas podem ser divididas em duas partes bem distintas. Nas sete primeiras, o fiel cristão considera o corpo e a alma de Nosso Senhor Jesus Cristo, aproxima-se dEle tão e tão perto, que se tem a impressão de sentir o próprio calor do Corpo Divino, de tocar real e verdadeiramente nossos lábios penitentes nas dulcíssimas chagas do Redentor.
     Quando imagino São Francisco de Assis na famosa visão em que o Crucificado o abraçou, imagino-o balbuciando, em êxtase, uma a uma as sete primeiras súplicas do Anima Christi, e não se fartando de as repetir durante todo o tempo que durou a glória e a doçura do divino amplexo.
     Na segunda parte da prece, a alma já não está de pé, abraçada ao Redentor. Cessou o êxtase e o fiel está ao pé da Cruz exprimindo seus últimos e mais ardentes anelos numa humildade divina, como Maria, depois de se ter apartado a angélica visitação.
     De fato, a contemplação da Paixão de Nosso Senhor é o maior foco da caridade. É na meditação minuciosa do que sofreu o Homem Deus, é na rememoração afetuosa e constante daquele em que do alto da cabeça até a planta dos pés não havia um só lugar que fosse são, é tendo diante dos nossos olhos dia e noite aquele que sob a mão violenta de seus adversários foi desfigurado a ponto de ser um verme e não um homem, o opróbrio dos homens e o escárnio do povo, que nosso coração se dilata para a comiseração ao próximo. Revendo em todo sofrimento um sofrimento do próprio Cristo, em toda a chaga uma chaga de Cristo, remediando todo sofrimento, curando toda chaga, como se debruçássemos nossa alma amorosa sobre tanta dor, como se aplicássemos com nossos próprios dedos à chaga de Cristo o bálsamo confortador, é com este meio que verdadeiramente teremos a virtude da caridade.
     Narra a História que antes de Cristo não havia hospitais, nem instituições de caridade, e foi uma dama católica, Fabíola, que fundou o primeiro hospital. De lá para cá, quantas obras de caridade se tem fundado! De onde nasceram? Das chagas santíssimas de Nosso Senhor Jesus Cristo pregado na Cruz. É na Paixão de Cristo que nasceu o reconforto de tantas criaturas sofredoras.
     Mas não é só. O melhor bálsamo para as dores humanas não é o remédio, é a compaixão. Compaixão é o sofrimento em união com o próximo, só porque o próximo sofre. É o reflexo dos sofrimentos alheios em nossa própria alma. Como fazer brotar do coração humano, tão frio, tão duro, tão egoístico, a flor da compaixão? Pela meditação da Paixão de Cristo. As almas saturadas dessa meditação sabem verdadeiramente condoer-se do próximo. Só elas têm em seus gestos bastante ternura, em sua voz bastante sinceridade, em seu procedimento bastante discrição, para destilar na alma sofredora do próximo o remédio inigualável da compaixão.

(Plinio Corrêa de Oliveira, artigo extraído do Legionário 22/10/1944 - publicado no Jornal de Piracicaba 21/3/1985)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O grito ímpio: "Abaixo os Crucifixos"

      Um grupo de lésbicas, que não representa o povo brasileiro, pediu, no dia 6 de março último, ao Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que ordenasse a retirada dos crucifixos e demais símbolos religiosos de todas as suas instalações públicas. Em nome da laicidade, com toda presteza e naturalidade, o Conselho acatou o pedido dessa ínfima minoria e emitiu a ordem. Que saibamos, apenas dois desembargadores resistiram.
      Não resta dúvida que se fosse feito um plebiscito os crucifixos seriam mantidos por larguíssima margem, pois o Brasil é de maioria católica, de tradição católica e de mentalidade católica. Quem conferiu a um grupo de lésbicas um poder tão forte? Na realidade, estamos presenciando uma perseguição religiosa que nos vai impondo – por enquanto em algumas matérias - uma conduta oposta à nossa consciência religiosa. Há quem queira desbancar a Deus no nosso Brasil católico.
      Como pode uma pessoa seguir espiritualmente uma doutrina e fisicamente praticar o oposto dessa mesma doutrina? Se, em tais casos, optar pela doutrina católica poderá ser punida pelo Estado. Isso não equivale a colocar o Estado acima de Deus? Serão deusas as autoridades do Estado? Daí se compreende que o sentido mais profundo de colocar abaixo os Crucifixos é a perseguição religiosa!

Fonte:
http://ver-julgar-agir.blogspot.com.br/
Jesus cura o cego
     Reflexão: Na Sexta-feira Santa o povo, a quem Nosso Senhor Jesus Cristo tinha concedido tantas graças - cegos, paralíticos, leprosos foram curados; viram que Lázaro fora ressuscitado... - disseram que preferiam Barrabás, um criminoso, e gritaram: "Crucifica-O! Crucifica-O".
     E "o juiz que cometeu o crime profissional mais monstruoso de toda História", condenou o Justo!
      Naquele instante doloroso da condenação, Jesus sofreu por todos os covardes que silenciam diante de leis iníquas; por todos os católicos moles que sequer se põe o problema das violações da Lei de Deus; por todos os tíbios que choramingam, mas nada fazem para defender Nosso Senhor; e... por mim!...
     "Meu Jesus, perdão e misericódia!. Pela fortaleza de que me destes exemplo arrostando a impopularidade e enfrentando a sentença do magistrado romano, curai em minha alma a chaga da moleza!"

segunda-feira, 26 de março de 2012

O EMBRIÃO HUMANO É PESSOA, SIM SENHOR.

Ogeni Luiz Dal Cin*
     Originalmente, no mundo antigo, pessoa significava a máscara do ator que representava uma personagem ou o papel do indivíduo nas representações sociais, sempre algo exterior. Aparência. Tanto num caso como noutro, pessoa era pura exterioridade, o que aparecia para os outros, ocultando a verdadeira subjetividade, o fundamento do ser.
     Com o cristianismo, a pessoa passa a significar o próprio conteúdo substancial escondido atrás das aparências exteriores e das representações teatrais ou sociais do ser humano. É a essência substancial constitutiva do ser humano, a fonte da dignidade.
      A mudança do conteúdo do conceito de pessoa deu-se em razão do esforço teológico cristão de chegar a compreender um pouco mais a respeito do Deus revelado: um só Deus em três Pessoas da mesma natureza. E como o homem foi criado "à imagem e semelhança" desse Deus, o conceito de pessoa passa a ser a chave definidora do ser humano também, através da filosofia antropológica.
      Ora, essa ‘imagem e semelhança’ está sob a máscara, não é a máscara; a máscara expressa, mas não esgota a absoluta dignidade constitutiva da ontologia subjetiva da pessoa humana. Ou seja, a pessoa humana transcende a todos os demais seres e não pode ser violada por nenhum poder humano, porque ela traz em sua substância uma constituição ontológica que não decorreu exclusivamente do humano ou da natureza, mas do Criador.
     Sem Deus não há como salvar o homem. Nossa Constituição foi promulgada ‘sob as bênçãos de Deus’, mantendo-se dentro da tradição personalista que plasmou nossa história.
     Nesse sentido, pouco importam a exterioridade, as diferenças, as fases da vida, a idade, pois o que importa, antes de tudo, é que há uma pessoa, ser original que transcende o mero dado, fundamento ôntico da igualdade, cuja substância é de natureza racional, não querendo significar, com isso, que a racionalidade deva estar em ato o tempo todo e em todas as suas etapas de desenvolvimento.
      Desde que haja uma vida de natureza humana, não importa o grau de desenvolvimento em que se encontra, nem o grau de consciência própria, aí há uma pessoa humana portadora de uma dignidade absoluta, cujo dever do Estado é de zelar, defender, proteger e promover as condições de seu desenvolvimento.
      Naturalmente, então, o direito à vida estende-se da concepção até a morte natural, protegida pelo "não matarás" garantido pelo Estado.
      É antinatural aceitar que a régua do tempo ou o período de desenvolvimento da pessoa, independentemente dos nomes que lhes são dados, tornem-se critérios legais concedentes de poder absoluto ao Estado para reduzir ou aniquilar o direito à vida da pessoa humana.
      O interesse de controlar o direito à vida da pessoa humana, ditado por interesses multinacionais, financiando a propaganda do aborto, subjugando a alma nacional, é prática de eugenia da natureza humana dos excluídos sociais porque visa, em concreto, por meio de clínicas abortivas, instaladas preferencialmente nas periferias das grandes cidades, a controlar a demografia dos pobres e dos negros, como declarou, nessa senda, a Deputada Fátima Pelaes.
      Mas os políticos alheios à defesa da soberania nacional nesta grave questão dos nascituros, não investigam a entrada do dinheiro destinado à promoção de crimes contra a natureza humana dos nascituros, nem se preocupam com a discriminação, que daí pode decorrer, em relação aos pobres e negros, cuja população subliminarmente passaria a ser melhor controlada.
      Será que preferem, ao invés, proteger interesses escusos?
      O ue é que faz compensar tais omissões?
      Por que os políticos não querem discutir o problema com os seus eleitores, enganando-os depois?
      Por que aquela mídia preconceituosa em relação ao direito à vida dos nascituros parte da crença de que todo aquele que defende a vida da natureza humana desde a concepção, defende apenas uma ideia religiosa, sem respaldo na realidade, como se matar nascituros humanos não tivesse nada a ver com o direito à vida e como se a religião não fosse um fato natural do homem?
      Os promotores da morte dos nascituros e a preconceituosa mídia têm suas crenças centradas em que quem defende a vida dos nascituros são pessoas preconceituosas.
      Ora, o suprassumo dos preconceitos é o preconceito daquele que se julga não ter preconceito.
Como não admitem a defesa do direito à vida dos nascituros, do alto de sua prepotência, declaram que todos os demais são preconceituosos. Não bastasse isso, por que falsificar dados para criar uma falsa justificativa para matar os nascituros humanos?
      Mas igual decreto de morte não pode ser aplicado a alguns animais irracionais (criminalização da destruição de ovos de tartaruga). Ou seja: nenhum nascituro humano teria o direito à vida, enquanto alguns animais o teriam garantido pelo Estado, com a força da lei.
      Colocam-nos abaixo dos animais em valor e dignidade. Bem, até o direito de mentir para melhor promover o aborto é mais importante que o direito à vida dos nascituros! Por que romper a multissecular história da pessoa humana fundadora da cultura ocidental para justificar uma escusa prática de eugenia dos excluídos sociais?
      Ora, se as pesquisas atestam que mais de 70% dos brasileiros são francamente contra o aborto, por que, mesmo assim, uma pequena minoria, sem legitimidade popular, a serviço de interesses internacionais escusos tudo fazem para introduzir o aborto?
      Por que temem tanto uma CPI do aborto?
      Por que não revelam suas razões de fato, não as aparentes?
      A verdade sempre estará do lado da vida, a mentira do lado da morte.
Logicamente, quem condena o nazismo, não pode justificar o direito de matar nascituros humanos, renovação do holocausto. E, paradoxalmente, "todos os que são a favor do aborto já nasceram".
      O embrião humano é uma pessoa humana, sim senhor.
      Não é o Estado que faz a pessoa humana; a pessoa humana inicia-se na concepção. Fora dessa perspectiva antropológica personalista, o Estado torna-se um ditador, um senhor prepotente da pessoa humana e dos seus direitos. E, sem o primado da pessoa humana, todos os demais direitos passam a depender da vontade volúvel que se instala no exercício do Poder político.
 
Autorizada ampla divulgação, respeitados o texto e o nome do autor.
* Dr. Ogeni Luiz Dal Cin — advogado e filósofo. Foi membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP.

Fonte: Blog da Família Catolica
* * *

Manifestação contra o aborto na Praça da Sé (São Paulo) reuniu pro-vidas
     Dia 21 de março p.p., centenas de homens e mulheres defensores da vida e contra a legalização do aborto se reuniram na Praça da Sé.
      A Manifestação pública foi também um gesto de apoio a Dom Bergonzini pela vitória no Superior Tribunal Eleitoral que obrigou a devolução do manifesto distribuído durante a última campanha contra o aborto.
      Outras providências também estão sendo tomadas no intuito de barrar toda e qualquer atitude que tente legalizar esta monstruosidade que é o assassinatos de bebês ainda dentro do ventre materno.
      Veja abaixo um vídeo esclarecedor, onde o Cel Paes de Lira conta com detalhes todas as ações feitas na Manifestação Pública.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Duas vozes corajosas contra o ABORTO e uma Convocação

Uma voz "politicamente incorreta" fez-se ouvir no Senado
Empreiteiras do aborto instrumentalizam senadoras


       No tão badalado "Dia Internacional da Mulher" (8 de março último) houve uma audiência no Senado — na "Subcomisão permanente em defesa da mulher" — a fim de se debater "políticas para a saúde da mulher".
      De fato, não foi uma audiência para proteger as mulheres brasileiras, as mães de família e suas filhas, mas para defender espúrios interesses de organizações internacionais que financiam o aborto na América Latina. Para tal, servindo-se do lobby abortista e feminista.
      Entretanto, uma voz feminina — mas não feminista — surpreendeu os participantes de tal audiência. Ninguém esperava. Uma senhora defendeu com autenticidade e coragem os reais interesses das famílias. Vale a pena assistir o vídeo (abaixo) com suas inesperadas palavras increpando a maioria das dirigentes, por não defenderem realmente a mulher brasileira, mas, sim, fundações internacionais pró-aborto.
      Assista o video agora:
ou
Campanha da Fraternidade não faz alusão ao aborto, afirma Dom Bergonzini
 
     No dia 9 de março de 2012, a agência Zenit publicou uma entrevista com o bispo emérito de Guarulhos (SP), Dom Luiz Bergonzini, sobre o tema da atual Campanha da Fraternidade promovida pela CNBB: "Fraternidade e Saúde Pública".
      Questionado sobre como ele está vivendo esse tema em sua diocese, D. Bergonzini respondeu que está com muita preocupação, pois "a presidente Dilma cortou 5,4 bilhões da saúde neste ano. Temos conhecimento que há distribuição de abortivos nos postos de saúde, que há recomendação para laqueaduras e outros atentados contra a vida. A CF, infelizmente, não faz alusão ao aborto" (Os negritos são nossos).
     Leia a entrevista completa no site da Zenit:
http://www.zenit.org/article-29873?l=portuguese

CONVOCAÇÃO – CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!
CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ
PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

Data:
21.03.2012
Horário do início: 12:30 horas
Concentração: a partir das 11h00, na escadaria da CATEDRAL DA SÉ – SÃO PAULO
Local da manifestação: Em frente ao FORUM JOÃO MENDES, na Praça João Mendes, Centro, São Paulo
Camisetas: haverá distribuição de camisetas para os primeiros 500 participantes (dependendo da numeração)
Levar: APITOS, FAIXAS E CARTAZES: ABORTO NUNCA MAIS – CPI DO ABORTO, JÁ – ABORTO NÃO – os grupos podem imprimir suas próprias camisetas
Quem não puder comparecer, pode se manifestar no dia por outras formas:

TwittaçoDia 21.03.2012 - a partir das 13h - #abortonuncamais - @SenadoresBrasil – @CamaraDeputados – @AssembleiaSP

Facebook e outras formas de manifestação onlineEmails: dia 21.03.2012, a partir das 10:00 – enviar emails para a Câmara Federal e Senado (os nomes e emails dos parlamentares podem ser retirados nos portais da Câmara e do Senado)
Telefone: telefonar a partir das 13h00 – Câmara – 0800.619.619 / Senado – (61) 3303-1211
     Convocamos as crianças, os jovens, os adultos, os idosos, os CRISTÃOS, de todas as denominações, os NÃO-CRISTÃOS, todos DEFENSORES DA VIDA para, no dia 21.03.2012, comparecerem e participarem da MANIFESTAÇÃO – CPI DA VERDADE SOBRE O ABORTO, JÁ!
Dom Luiz Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
Jornalista MTb 123
www.domluizbergonzini.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

Dissidentes cubanos instaram o papa a reconsidar sua planejada visita a Cuba

The Miami Herald, 2 de março de 2012
Ativistas cubanos instaram o papa a reconsidar sua planejada visita
By Juan O. Tamayo
     Aproximadamente 750 dissidentes cubanos assinaram uma carta ao Papa Bento XVI advertindo-o de que sua planejada visita a Cuba “enviará aos opressores uma mensagem dizendo que eles podem continuar” a maltratar os oponentes católicos, relataram os dissidents quinta-feira.
     “Nós ficaríamos felizes em recebê-lo em nosso país se a mensagem de fé, amor e esperança que vós podeis trazer para nos servisse também para fazer parar a repressão contra aqueles que desejam ir a igreja”, diz a carta.
     Ela não sugere diretamente que o pontífice cancele a visita planejada para 26-28 de março a Havana e Santiago de Cuba, mas acrescenta “possa a Santíssima Trindade iluminar vossa mente para fazerdes a decisão correta.
     A carta foi a última palavra dos dissidents cubanos que estão preocupados com a possibilidade da visita do pontífice legitimar o governo de Raul Castro e fazer pouco ou nada para restaurar os direito humanos na ilha comunista.
     Uma coluna da popular blogueira Yoani Sánchez publicada quinta-feira no jornal espanhol El País observa que enquanto os cubanos receberam entusiasticamente a visita do Papa João Paulo II em 1998, hoje “uma dose de cepticismo nacional conspira contra qualquer entusiasmo”.
     A dissidente de Havana, Martha Beatriz Roque, disse que a ideia da carta surgiu algumas semanas atrás entre os ativistas, alguns católicos outros não, de vários grupos que se conhecem e falam com frequência sobre os problemas da ilha.
     Roque enviou a carta por email para contatos no exterior com uma lista de 749 nomes de pessoas que a assinaram e o número de seus respectivos cartões de identidade.  Ela disse que havia pedido uma entrevista com o representante diplomático do Vaticano em Havana, Mons. Bruno Musaro, no mês passado, para entregar a carta, mas não recebeu resposta.
     A carta diz que se as perseguições contra os católicos aumentaram após o anúncio da visita papal, a presença de Bento XVI em Cuba “seria como que uma mensagem aos opressores que eles podem continuar a fazer tudo o que eles quiserem, que a Igreja vai permitir”.
     Ela também enfatiza que o governo alega que os dissidentes vão a igreja somente “para  provocar e engajar em politicagem” e acrescenta que pessoas não oficiais têm repetido esta linha. “Que Deus não tome isto contra eles”, acrescenta.