O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


domingo, 14 de agosto de 2011

Assunção, o triunfo da Mãe de Deus

     O dogma da Assunção afirma que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1° de novembro de 1950, na Constituição Munificentíssimo Deus.
     Por que é importante que os católicos recordem e aprofundem o Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu? O Catecismo da Igreja Católica responde a esta interrogação: “A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos”.
     A presença de Maria, ser humano como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é uma antecipação da nossa própria ressurreição.
     O que é um Dogma? Posto nos termos mais simples, Dogma é uma verdade de Fé, revelada por Deus (na Sagrada Escritura ou contida na Tradição), e que também é proposta pela Igreja como realmente revelada por Deus. Neste caso se diz que o Papa fala “ex-cathedra”, quer dizer, que fala e determina algo em virtude da autoridade suprema que tem como Vigário de Cristo e Cabeça Visível da Igreja, Mestre Supremo da Fé, com intenção de propor um assunto como crença obrigatória dos fiéis católicos.
     Citando a Lumen Gentium 59, que à sua vez cita a Bula da Proclamação do dogma:
     “Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda macha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte”.
     Hoje vivemos pendentes do enigma da morte. Por mais que o evadamos de nosso pensamento, por mais que tratemos de prolongar por todos os meios ao nosso alcance nossos dias na terra, todos temos uma necessidade grande desta esperança certa de imortalidade contida na promessa de Cristo sobre a nossa futura ressurreição.
     Muito bem faria a muitos católicos ouvir e ler mais sobre este mistério da Assunção de Maria, o qual nos diz respeito tão diretamente. Por que se difundiu a crença no mito pagão da reencarnação entre nós? Se pensarmos bem, estas idéias estranhas à nossa Fé foram se introduzindo na medida em que deixamos de pensar, de pregar e de recordar os mistérios que têm, como o da Assunção, a ver com a outra vida, com as realidades últimas do ser humano.
     O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu.
     O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma - como foi prometido aos que fazem a Vontade de Deus - renova a nossa esperança na futura imortalidade e na felicidade perfeita para sempre.
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Assunção, o triunfo da Mãe de Deus
     Os antigos, quando falavam da festa da Assunção, diziam que era a festividade de Nossa Senhora da Glória.
     Eles entendiam bem que a Assunção não é apenas o fato físico de Nossa Senhora sair desta Terra - tendo sido ressuscitada por virtude de seu Divino Filho - e ir para o Céu. Mas é a glorificação da Mãe de Deus.
     Depois de ter passado por toda espécie de sofrimentos, angústias, dilacerações e humilhações, Ela é glorificada por Nosso Senhor aos olhos dos homens, por meio da Assunção.
     Privilégio único na História, pelo qual uma mera criatura é levada em corpo e alma pelos anjos ao Céu.
    Ela, que possuía uma alma santíssima, uma dignidade, uma majestade e ao mesmo tempo uma afabilidade inexprimíveis, naturalmente deixou que transparecesse nesse momento toda santidade em sua fisionomia.
     Também nesse momento transpareceu uma efusão de ternura, de misericórdia e de bondade suprema d´Ela, como manifestam todas as mães que se despedem dos filhos. Com a segurança para todos de que Ela, não estando mais presente na Terra, começava sua grande missão do alto do Céu.
     Depois da Assunção, sua glória se manifestou cada vez mais.
     Como bem observa São Luís Grignion de Montfort, não existe uma igreja na Terra onde não haja um altar dedicado a Nossa Senhora (exceção feita hoje a certas igrejas modernosas, que quase não são mais igrejas); não há uma alma que se tenha salvo sem ter sido devota de Nossa Senhora; não há uma graça que os homens tenham recebido, que não foi obtida por Ela.
     Assim, sua glória vai crescendo até o fim dos séculos, com o dia do Juízo Final.
     Todos os homens serão julgados, portanto, Ela também. Mas, como Ela não está sujeita a nenhuma dívida, não cometeu nenhuma falta, no Juízo Final haverá uma suprema glorificação da Santa Mãe de Deus.
 
Plínio Corrêa de Oliveira, 13-8-1965. 

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