O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tecnologia Versus Tradição - Jogos de Tabuleiro: xadrez, ludo, damas, etc.

     Chegou às nossas mãos um exemplar da revista Ponto de Encontro (¹) que entre outros artigos interessantes abordava a questão dos jogos de tabuleiro na seção Velhos Costumes.
     Na era da tecnologia, quando as crianças têm à sua disposição tantas inovações em termos de diversão, muitas delas instigando de modo abusivo sua atividade, os jogos de tabuleiro parecem pouco atraentes.
     Mas, como explica no artigo Silvânia Luca Chaves Assis, coordenadora pedagógica da Ed. Infantil e Fundamental I do Colégio Pitágoras Cidade Jardim, “os jogos de tabuleiro ajudam o desenvolvimento de habilidades básicas que contribuem para a organização do pensamento e de ações utilizadas nas mais diferentes situações da vida”.
     E a psicopedagoga Amanda Castanheira acrescenta:
     “Penso que os pequenos gostam das brincadeiras que são apresentadas a eles. Poucas famílias investem em tempo para escolher e apresentar às crianças jogos de tabuleiro. É preciso introduzir a experiência, colocar em prática e curtir”.
     “Pais e educadores precisam estimular as crianças a resgatarem essas brincadeiras. É preciso conscientizá-las, por meio da prática do brincar, que os jogos de tabuleiro são divertidos e interativos, e que além de estimular o raciocínio lógico, também criam laços muito significativos que superam qualquer conhecimento”.
     Para Amanda, “existe uma variedade de jogos no mercado de brinquedos, mas é possível destacar os mais apropriados para o desenvolvimento do raciocínio, como jogos de percurso ou trilha, jogos de damas e xadrez”.
     Quem de nós, que já atingimos a idade madura, não se recorda das horas divertidas que passávamos com irmãos e amigos jogando ludo, damas chinesas, xadrez, damas ou até Banco Imobiliário? Eram momentos de interação e de grande aprendizado de convívio, de troca de experiência, ao mesmo tempo em que se aguçava o raciocínio e a criatividade.
     Esperamos que muitos pais se sintam estimulados a introduzir os jogos de tabuleiro em suas famílias como forma de entretenimento e aproximação das pessoas, e, principalmente, tirando seus filhos do computador.
     Como nossa contribuição, segue abaixo um jogo pouco conhecido, mas de grande poder para estimular a concentração, o raciocínio, a imaginação e a criatividade.
 
(¹) Revista da Drogaria São Paulo, Edição 33, ago/set 2011.
 
Tangram
 
     Não se sabe qual a verdadeira origem do Tangram. Uma figura em madeira, datada de 1780, mostra duas senhoras chinesas resolvendo problemas de Tangram. Na China existe uma enciclopédia do Tangram em seis volumes, escrita há mais de 100 anos por uma mulher, com 1700 problemas deste jogo.
     Hoje em dia, o que se sabe é que ele ajuda a desenvolver as inteligências lógico-matemática, espacial e intrapessoal. O desafio consiste em formar figuras usando todas as 7 peças sem que haja sobreposições. O Tangram não exige de seu praticante qualquer esforço ou habilidade especial: exige tão somente tempo, paciência e especialmente imaginação.
     O jogo não possui uma "solução": são inúmeras as figuras que podem ser formadas, no que residiria seu grande atrativo. A sua única regra é que as figuras formadas devem conter sempre as 7 peças do jogo.
     Essa é a essência do Tangram: um quadrado, decomposto em sete figuras geométricas – cinco triângulos, um quadrado e um paralelogramo – com as quais é possível montar um número quase infinito de figuras. Em chinês, o Tangram é conhecido como as "Sete Peças Inteligentes".
     Este jogo atraiu diversos pensadores e escritores, pessoas de imaginação aguçada, entre eles Lewis Carol (autor de "Alice no país das maravilhas") e Edgar Alan Poe. Este último chegou a adquirir um estojo chinês do jogo em marfim esculpido.
     O fato de mexer com a imaginação faz do Tangram um excelente jogo infantil e educacional, especialmente se pudermos fazer a criança criar o seu próprio jogo. Para tanto, basta um quadrado de cartolina de 15 cm de lado, cortado na forma indicada na figura ao lado. Depois, é só por mãos à obra utilizando a imaginação!
 
Em tempo:
     Alfonso X, o Sábio, rei de Leão e Castela de 1252 a 1284, escreveu o Libro de los juegos, sobre temas lúdicos – xadrez, dados e tabelas, uma família de jogos a que pertence o gamão – praticados pela nobreza da época. Graças a sua obra, tais jogos antigos chegaram aos tempos modernos e continuam a ser praticados.
     Dele é esta frase: “Deus quis que os homens se divertissem com muitos e muitos jogos, pois eles trazem conforto e dissipam preocupações”.

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