O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


domingo, 21 de agosto de 2011

JMJ Madri - O que pensam os jovens que vão ao Congresso Mundial da Juventude?

     Um milhão e meio de jovens, a maioria entre 17 e 22 anos, estão nestes dias participando em Madri do Congresso Mundial da Juventude, com a presença do Papa Bento XVI.
     O que pensam estes jovens? Quais são as suas mais profundas motivações religiosas? Como se explica que, no momento em que a prática religiosa em vários países europeus está em acentuada decadência, tantos jovens se sintam motivados para participar de reuniões religiosas multitudinárias? Num mundo dominado pelo relativismo religioso, porque sentem eles necessidade de se afirmarem católicos? Em que medida conhecem e seguem a moral sexual da Igreja? O que pensam e esperam do futuro?
     Estas e outras perguntas candentes foram respondidas numa enquete da revista francesa “La Vie” (¹) em colaboração com a equipe que organiza a peregrinação da juventude francesa à Espanha.
     Para “La Vie”, uma revista de orientação progressista, os resultados são surpreendentes. Esta parcela da juventude católica, que a revista batiza de “Cathoplus” (católicos plus), são praticantes regulares: 58 % vão à missa uma vez por semana e 6% todos os dias. A grande maioria recebeu formação religiosa de seus pais e praticam abertamente a religião por uma decisão pessoal e não por hábito.
     Os “Cathoplus” não são da “religião à la carte”, quer dizer, do tipo de católico que escolhe o que gosta e o que não gosta da doutrina da Igreja católica. Eles aceitam em tese tudo o que Igreja prega. Entretanto, apenas 9 % acham que “existe apenas uma religião verdadeira”.
     Outra conclusão da enquete: uma grande parte dos jovens franceses que vão ao Congresso Mundial da Juventude pertence às camadas mais elevadas da sociedade francesa. Eles são filhos de diretores de grandes e médias empresas ou de profissionais liberais. Suas mães são, em geral, professoras ou cuidam do lar. Politicamente, eles rejeitam os partidos extremistas, mas votam na direita. Não acreditam nos homens públicos. Não se identificam com as correntes ecológicas e declaram-se contra o aborto.
     Os “Cathoplus”, ao menos os franceses, têm uma visão do mundo negativa: 73 % acham que o mundo vai mal. No que diz respeito às prioridades na vida, seguramente não são seduzidos pelos bens materiais: apenas 19 % pensam em “aproveitar os prazeres da vida” e somente 4 % pensam “em ganhar dinheiro e ter sucesso material”. O que querem e esperam da vida e do futuro? Pela enquete, depreende-se que eles procuram sobretudo valores morais e espirituais. A ver: 59 % desejam ter sucesso na vida familiar, 51 % ter Fé, 48 % ajudar os que têm necessidade e 30 % ter filhos.
     Segundo “La Vie”, é importante conhecer o que pensa este segmento da juventude católica. Neste meio a Igreja Católica está recrutando as vocações sacerdotais e religiosas. E ainda que estes jovens permaneçam como simples fiéis, eles terão acentuada influência no mundo católico do futuro.
 
 
Fonte: www.ipco.org.br – Atílio Faoro, 19/8/2011

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