O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sacerdotes católicos consolam familiares e sobreviventes do massacre de Denver

     DENVER, 25 Jul. 12 / 02:09 pm (ACI Prensa) Pe. Terry Kissell, da paróquia São Miguel Arcanjo, em Aurora (Colorado), assegurou aos fiéis que estão de luto pela morte de um dos seus no tiroteio ocorrido em uma sala de cinema no último dia 20 de julho, que em Cristo, inclusive nos momentos mais escuros, podemos encontrar a esperança.
     Ao presidir a Missa de 22 de julho, o Pe. Kissell disse que “o sol sai pelo leste”, em referência à localização de Aurora, ao leste de Denver. “Embora haja escuridão e confusão e dor, não podemos nos esquecer de que virá um novo dia, um novo amanhecer no qual não haverá mais sofrimento, nem lágrimas, nem tristeza”.
     Alex Sullivan, de 27 anos, paroquiano da São Miguel Arcanjo, foi uma das 12 vítimas que faleceram ao interior de um cinema na madrugada da sexta-feira, durante a estreia do filme Batman: O Cavalheiro da Noite Ascende.
     Sullivan recebeu o sacramento da Confirmação no ano passado, na sua paróquia, pouco antes de contrair matrimônio nessa mesma igreja. Seu primeiro aniversário de matrimônio seria celebrado neste 22 de julho.
     Jimmy Piralla, da mesma paróquia, onde passou pelo programa Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RCIA, em inglês) junto com Sullivan, sentiu-se fortemente comovido pela notícia de sua morte. “Realmente isto faz que você aprecie os membros de sua família e os seus seres queridos”, disse.
     Piralla assinalou que a morte de seu amigo fez também com que ele dê valor à opção que fez de converter-se ao catolicismo. “Simplesmente me confirma que Cristo estava chamando o Alex, porque ele se confirmou no ano passado. Isso me dá maior segurança de que as decisões que tomei para me converter a catolicismo foram as decisões corretas”, afirmou.
     Por sua parte, o diácono John Thunblom animou os paroquianos a perdoarem o assassino. “Não alberguem ódio em seu coração. Uma coisa muito terrível aconteceu. Nós o superaremos. Fá-lo-emos com a oração, com amor, com bondade”.
     O Pe. Lolly Martin disse aos fiéis reunidos na igreja, que a oração curará os que estão de luto, sobretudo a família de Alexander Jonathan Boik, de apenas 18 anos, também assassinado no cinema.
     “Só temos que acreditar no poder da oração individual e coletiva. Não temos que lutar com isto sozinhos, realmente podemos nos apoiar uns nos outros e receber do outro consolo e força”.
     Charly Butterworth, uma paroquiana de 16 anos, disse que ela foi à Missa para encontrar força e apoio para contrarrestar lembranças do massacre, que presenciou pessoalmente.
     Butterworth assinalou que esteve sentada na quarta fila da sala de cinema junto com seu irmão e um amigo, quando o homem armado “saiu detrás da tela”. Nesse momento, ela pensou que era um efeito especial para a função da meia-noite.
     “Logo o vi jogar algo que estava em chamas”, afirmou em referência a uma granada de gás lacrimogêneo que o atacante lançou na multidão antes de começar a disparar abertamente.
     Apesar dela, seu irmão e seu amigo conseguirem escapar sem ferimentos, Butterworth diz que sofre de pesadelos e que está sendo difícil superar a experiência.
     “Por isso vim à igreja hoje. Tinha que ir à igreja para ver meus amigos e estar na Missa”.

terça-feira, 17 de julho de 2012

“Vou para o céu ... tu permaneces aqui com o papai. De lá, rezarei por ti”

Chiara Corbela Petrillo: uma nova Gianna Beretta Molla
Jovem morreu por priorizar gravidez a tratamento de câncer
Salvatore Cernuzio

     ROMA, segunda-feira, 18 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Neste sábado, na igreja de Santa Francisca Romana, da capital italiana, foi celebrado o funeral da jovem Chiara Petrillo, falecida depois de dois anos de sofrimento provocado por um tumor.
     A cerimônia não teve nada de fúnebre: foi uma grande festa em que participaram cerca de mil pessoas, lotando a igreja, cantando e aplaudindo desde a entrada do caixão até a saída.
     A extraordinária história de Chiara se difundiu pela internet com um vídeo no YouTube, que registrou mais de 500 visualizações em apenas um dia.
     A luminosa jovem romana de 28 anos, com o sorriso sempre nos lábios, morreu porque escolher adiar o tratamento que podia salvá-la. Ela preferiu priorizar a gravidez de Francisco, um menino desejado desde o começo de seu casamento com Enrico.
     Não era a primeira gravidez de Chiara. As duas anteriores acabaram com a morte dos bebês logo após cada parto, devido a graves malformações.
     Sofrimentos, traumas, desânimo. Chiara e Enrico, porém, nunca se fecharam para a vida. Depois de algum tempo, chegou Francisco.
     As ecografias agora confirmavam a boa saúde do menino, mas, no quinto mês, Chiara teve diagnosticada pelos médicos uma lesão na língua. Depois de uma primeira intervenção, confirmou-se a pior das hipóteses: era um carcinoma.
     Começou uma nova série de lutas. Chiara e o marido não perderam a fé. Aliando-se a Deus, decidiram mais uma vez dizer sim à vida.
     Chiara defendeu Francisco sem pensar duas vezes e, correndo um grave risco, adiou seu tratamento para levar a maternidade adiante. Só depois do parto é que a jovem pôde passar por uma nova intervenção cirúrgica, desta vez mais radical. Vieram os sucessivos ciclos de químio e radioterapia.
     Francisco nasceu sadio no dia 30 de maio de 2011. Mas Chiara, consumida até perder a vista do olho direito, não conseguiu resistir por mais do que um ano. Na quarta-feira passada, por volta do meio dia, rodeada de parentes e de amigos, a sua batalha contra o dragão que a perseguia, como ela definia o tumor em referência à leitura do Apocalipse, terminou.
     Mas na mesma leitura, que não foi escolhida por acaso para a cerimônia fúnebre, ficamos sabendo também que uma mulher derrota o dragão. Chiara perdeu um combate na terra, mas ganhou a vida eterna e deixou para todos um testemunho verdadeiro de santidade.
     “Uma nova Gianna Beretta Molla”, definiu-a o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, que prestou homenagem pessoalmente a Chiara, a quem conhecera havia poucos meses, juntamente com Enrico.
     “A vida é um bordado que olhamos ao contrário, pela parte cheia de fios soltos”, disse o purpurado. “Mas, de vez em quando, a fé nos faz ver a outra parte”. É o caso de Chiara, segundo o cardeal: “Uma grande lição de vida, uma luz, fruto de um maravilhoso desígnio divino que escapa ao nosso entendimento, mas que existe”.
     “Eu não sei o que Deus preparou para nós através desta mulher”, acrescentou, “mas certamente é algo que não podemos perder. Vamos acolher esta herança que nos lembra o justo valor de cada pequeno gesto do cotidiano”.
     “Nesta manhã, estamos vendo o que o centurião viveu há dois mil anos, ao ver Jesus morrer na cruz e proclamar: Este era verdadeiramente o filho de Deus”, afirmou em sua homilia o jovem franciscano Frei Vito, que assistiu espiritualmente Chiara e a família no último período.
     “A morte de Chiara foi o cumprimento de uma prece. Depois do diagnóstico de 4 de abril, que a declarou doente terminal, ela pediu um milagre: não a própria cura, mas o milagre de viver a doença e o sofrimento na paz, junto com as pessoas mais próximas”.
     “E nós”, prosseguiu Frei Vito, visivelmente emocionado, “vimos morrer uma mulher não apenas serena, mas feliz”. Uma mulher que viveu desgastando a vida por amor aos outros, chegando a confiar a Enrico: “Talvez, no fundo, eu não queira a cura. Um marido feliz e um filho sereno, mesmo sem ter a mãe por perto, são um testemunho maior do que uma mulher que venceu a doença. Um testemunho que poderia salvar muitas pessoas...”.
     A esta fé, Chiara chegou pouco a pouco, “seguindo a regra assumida em Assis pelos franciscanos que ela tanto amava: pequenos passos possíveis”. Um modo, explicou o frade, “de enfrentar o medo do passado e do futuro perante os grandes eventos, e que ensina a começar pelas coisas pequenas. Nós não podemos transformar a água em vinho, mas podemos começar a encher os odres. Chiara acreditava nisto e isto a ajudou a viver uma vida santa e, portanto, uma morte santa, passo a passo”.
     Todas as pessoas presentes levaram da igreja uma plantinha, por vontade de Chiara, que não queria flores em seu funeral. Ela preferia que cada um recebesse um presente. E no coração, todos levaram um “pedacinho” desse testemunho, orando e pedindo graças a esta jovem mulher que, um dia, quem sabe, será chamada de beata Chiara Corbela.

(Tradução:ZENIT)
ZP12061808 - 18-06-2012
     “Viver com a minha mulher foi belíssimo. A cada dia nos enamorávamos mais, tanto um pelo outro quanto por Jesus. Em meio aos sofrimentos, agarramo-nos ao Senhor com todas as nossas forças, pois o que Ele nos pedia era seguramente muito maior do que nós. Na realidade, a Cruz, se vivida com Cristo, não é feia como parece. Se confia nele, descobre que neste fogo, nesta cruz, não se queima, e que na dor pode existir paz e que na morte existe alegria. No dia da morte de Chiara, pela manhã, perguntei a ela: ‘Minha vida, é verdadeiramente doce esta Cruz, como diz o Senhor?’. Ela olhou para mim, sorriu e, com um fio de voz, disse: ‘Sim, Enrico, é muito doce’. Contarei a Francisco sobre como é belo deixar-se amar por Deus, pois, se alguém se sente amado, consegue fazer tudo. Para mim, essa é a essência da vida: deixar-se amar, para também amar a quem está ao nosso redor. E direi a Francesco que foi exatamente isso que fez sua mãe”, afirma Enrico.

domingo, 8 de julho de 2012

O inferno é realmente um impedimento ao crime?

     Um estudo recente de Azim F. Shariff, Professor de Psicologia da Universidade de Oregon, enfatiza em parte o que a Igreja Católica tem ensinado durante os últimos 2.000 anos sobre a justiça e o Inferno.
     O Professor Shariff fez uma análise detalhada de 26 anos de dados envolvendo 143.197 pessoas de 67 países e descobriu que "um índice alto de crença no Inferno prognostica taxas mais baixas de crime". Imagine isso. Ele também passou a observar que as pessoas com uma ideia unilateral de um Deus que perdoa, que não pune, estão inclinados a cometer crimes com base em uma visão distorcida do perdão de Deus.
     É animador ver que alguém tenha dedicado seu tempo para estudar os dados disponíveis sobre a atividade criminosa e sua relação com a ideia de Inferno. Shariff afirma: "Esses efeitos permanecem após a contabilização de uma série de covariáveis ​​e, finalmente, provam previsões mais fortes de taxas de criminalidade nacionais do que as variáveis ​​econômicas, como PIB e desigualdade de renda. Expandindo pesquisas de laboratório sobre pró-sociabilidade religiosa, este é o primeiro estudo para ligar as crenças religiosas às tendências transnacionais em grande escala no comportamento pró e anti-social".
     É interessante notar que os dados não fazem uma correlação que apoie a alegação de que os pobres são levados a cometer crimes por causa da pobreza. Embora este seja um conhecido mantra defendido pelos liberais na mídia, a verdade é que as pessoas pobres cometem crimes pela mesma razão que as pessoas ricas cometem crimes: eles têm maus costumes.
     Há um velho ditado que diz que não há nada como um ateu em uma trincheira. Podemos dizer que o tempo de brincar acaba quando nos confrontamos com a morte, o julgamento, e Céu ou Inferno. Ao longo da História os homens tiveram uma noção arraigada de que eles seriam julgados por suas ações pelas quais receberiam ou uma recompensa eterna ou uma punição. A morte nos faz pensar sobre o Céu e o Inferno e estas considerações podem ter um efeito saudável sobre a sociedade.
     Ninguém pode argumentar com sucesso que a noção de Inferno é impedimento suficiente para fazer com que as pessoas parem de cometer crimes, já que algumas estão endurecidas em seus velhos hábitos. Entretanto, para grande parte da Humanidade a ideia do castigo eterno é um grande impedimento. Há um pequeno pormenor: a ideia do Inferno só é realmente eficaz quando a pessoa faz um sério exame de consciência que a ajude a ver os seus defeitos e temer suas conseqüências. Portanto, a maneira mais eficiente para prevenir o crime seria a de promover o exame de consciência e a ideia de Inferno.
     Infelizmente, os psicólogos modernos não são versados ​​em Teologia. Se fosse esse o caso, talvez o Professor Sharriff tivesse projetado seu estudo de forma diferente. A questão não deveria ter sido uma escolha entre uma punição e um Deus que perdoa. Em vez disso, ele deveria ter apresentado o equilíbrio que sempre foi ensinado pela Igreja: o nosso comportamento moral é julgado por um Deus infinitamente misericordioso, que pune aqueles de coração endurecido e impenitente. 
por Gary J. Isbell, www.tfp.org 

     Em Fátima, a Santa Virgem disse às três crianças videntes que muitas almas vão para o inferno porque não têm quem reze ou faça sacrifícios por elas. Nas suas Memórias, a Irmã Lúcia descreve a visão do inferno que Nossa Senhora mostrou às três crianças em Fátima, no dia 13 de julho de 1917:
     “Abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor. (Devia ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse “ai!”, que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Essa visão só durou um momento, graças à nossa bondosa Mãe do Céu, que na primeira aparição tinha prometido levar-nos para o Céu. Sem isso, acho que teríamos morrido de terror e de medo”. 

sábado, 30 de junho de 2012

Espelhos e “o Espelho”

     Na cultura grega antiga encontramos a figura mitológica de Narciso, rapaz frívolo que se apaixonou por seu próprio reflexo na água, julgou-se um deus, deitou-se junto à margem e definhou se contemplando. Ele se tornou o símbolo da vaidade e da insensibilidade, pois rejeitava todo afeto que não fosse dele mesmo.
     Provavelmente este mito indique que a superfície da água inspirou o fabrico do primeiro espelho. Entretanto, o espelho, do latim speculum, não foi e nem será sempre um simples acessório da vaidade, pois ele revela importantes princípios da Física, integra o funcionamento de máquinas e pode ser complemento de decoração.
     Os primeiros vestígios da existência de espelhos remontam ao quinto milênio a.C. Nos despojos da civilização Badariana, no Egito, junto ao Rio Nilo, foram encontrados espelhos de cobre usados pelo homem primitivo. Posteriormente foram construídos espelhos de prata, que é boa refletora. Mas este material escurece em contato com a atmosfera e precisa ser limpo e trabalhado com frequência. Além disso, ainda não refletiam a imagem com qualidade.
     Na Idade Média, o homem dominou as técnicas de fabricação de vidros; foram criados os vitrais magníficos que, atravessados pela luz, criavam uma explosão de cores. E o espelho se tornou mais nítido, pois em Veneza alguém teve a ideia de colar uma fina camada de metal num vidro, revelando as feições ou os objetos colocados diante dele. Esta chapa de metal fazia com que os raios refletissem pelo vidro projetando a imagem e não oxidava porque era protegida por este vidro. Portanto, Veneza foi a pátria dos artesãos que tinham a técnica da fabricação dos espelhos. Mas os espelhos eram muito caros e poucos podiam tê-los.
     No século XVII, Luis XIV construiu o esplêndido Castelo de Versailles. Desejando embelezá-lo com uma galeria de espelhos, designou um de seus ministros para convencer os artesãos venezianos a ajudá-lo neste projeto. E eis que surge a famosa Galeria dos Espelhos!
     Graças ao seu brilho, os espelhos foram considerados verdadeiras joias e podiam ser encontrados apenas nos castelos, significando, assim, um sinal de nobreza.
     Em 1835, o químico alemão Justus von Liebig descobriu o processo químico de formação de camadas metálicas de prata. E com a Revolução Industrial, a produção passou a ser feita em grande escala e os custos de aquisição diminuíram tornando o espelho um artigo popular no inicio do século XX.
     Os espelhos hoje também são usados para explorar questões sobre percepção e cognição em seres humanos e em outras espécies com capacidades neurológicas.
     Há milênios que o espelho fascina as pessoas. Ele é “como pedaços de sonhos, imagens extremamente reais e profundamente falsas, que revelam as verdades que talvez não se queira enxergar”.
     E neste século de um hedonismo exacerbado ele toma características assustadoras, pois ele reflete uma vaidade sem limites e um egoísmo profundamente enraizado. Os valores falsos tomam lugar dos verdadeiros, a beleza física é colocada acima dos valores morais e espirituais.
     Como Narciso, a Humanidade, apaixonada por sua “beleza”, está se considerando um “deus” que dita suas próprias normas, desprezando os princípios eternos revelados pelo Deus verdadeiro. E, contemplando-se inebriada, vai definhando a olhos vistos... Até que Nossa Senhora intervenha...
***
     Este blog passou a refletir sobre o espelho após uma conversa no Carmelo de Cotia, em que foram lembrados os textos de Santa Clara em que ela recomenda que se olhe dentro do espelho "todos os dias", "sem cessar".
     A nossa dúvida era: o que “ver” no espelho, já que ao olharmos vemos nossas próprias feições? O que Santa Clara vê no espelho não é ela mesma, mas sim o Sagrado Coração de Jesus, o Divino Espelho em que devemos refletir, isto é, meditar e imitar. É exatamente o que o mundo moderno não faz! É o que as pessoas não querem ver refletido no “seu espelho”, pois isto exige conversão, penitência, oração.
     Santa Clara lutou por mais de quarenta anos para responder fielmente à própria vocação e manter viva a proposta inicial. Peçamos a ela, neste último dia do mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, que como Nossa Senhora sejamos fieis a vontade de Deus.

Textos de Santa Clara sobre o espelho:
     "Jesus é o esplendor da glória eterna, o brilho da luz perpétua e o Espelho sem mancha. Olhe dentro desse Espelho todos os dias, esposa de Jesus Cristo e espelhe nEle o seu rosto, para enfeitar-se toda, interior e exteriormente. Preste atenção no princípio do Espelho: a pobreza daquele que foi posto no presépio! No meio do Espelho considere a humildade, a bem-aventurada pobreza, as fadigas e as penas que suportou pela redenção do gênero humano. E no fim do Espelho, contemple a caridade inefável com que quis padecer no lenho da cruz e nela morrer a morte mais vergonhosa". (carta 1253)
     “Olha neste Espelho todos os dias, ó rainha, esposa de Jesus Cristo, e espelha nEle, sem cessar, tua face, para assim te adornares toda, tanto interna quanto externamente, vestida e cercada de belezas, vestida também com as flores e o manto de todas as virtudes, como convém, filha e esposa caríssima do Rei Supremo. Neste Espelho, porém, refulge a sagrada pobreza, a santa humildade e a inefável caridade, tal como poderás contemplar por todo o Espelho com a graça de Deus”.

Galeria dos Espelhos, Castelo de Versailles

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Reflexões sobre um Jubileu

    O Reino Unido esteve em festa nos dias 2 a 5 de junho pp. com a celebração do jubileu de diamante da Rainha Elizabeth II. Aos 86 anos de vida, a rainha completa 60 anos de reinado em 2012. Ela foi coroada alguns meses depois da morte do seu pai, George VI. Ela é a rainha que teve o segundo reinado mais longo da história, depois da rainha Vitória que governou por 63 anos.
     Soberana em 16 países, Elizabeth II comemora o seu Jubileu de Diamante em grande estilo e com a popularidade em alta. A rainha que não parecia destinada ao trono ao nascer tem um dos reinados mais longos da atualidade, conheceu as principais personalidades da segunda metade do século XX para cá e possui uma das coleções de joias mais valiosas do planeta.
     Eliizabeth II conviveu com diversos líderes mundiais e viu o seu país entrar e sair de conflitos militares, assim como sofrer atentados, mas conseguiu provar sua capacidade de adaptação da monarquia diante de tantas situações.
     "Na Inglaterra, o tempo estava feio, com chuva. Mas a festa foi linda de qualquer jeito". "Os súditos levaram guarda-chuva, capa, chapéu. Todo mundo ficou encharcado e feliz, cantando e agitando bandeiras. Mais de um milhão de pessoas ocuparam as duas margens do Rio Tâmisa".
     Estas frases indicam como os festejos foram empolgantes, como as multidões estavam ávidas daquele aparato e como as pessoas amam uma hierarquia carregada de tradições.
-.-.-
Têm os símbolos, a pompa e a riqueza uma função na vida humana?
     É verdade que o cerimonial monárquico inglês é anacrônico e deve ser plebeizado?
     Quis a Providência que houvesse na natureza os materiais belos e preciosos com os quais o engenho humano, retamente movido por um anelo de beleza e perfeição, produz as jóias, os veludos, as sedas, tudo enfim que serve para o ornamento do homem e da vida.
     Imaginar uma ordem de coisas - qualquer que seja a forma de governo, aliás - em que tudo isto fosse proscrito como mau, seria rejeitar dons preciosos concedidos para a perfeição moral da humanidade.
     De outro lado, Deus deu ao homem a possibilidade de exprimir por gestos, ritos, formas protocolares, a alta noção que tem de sua própria nobreza, ou da sublimidade das funções de governo espiritual ou temporal que por vezes é chamado a exercer. Daí, além do luxo, a pompa como elemento natural da vida de um povo culto.
     Esses recursos decorativos foram feitos para adornar a tradição, o poder legítimo, os valores sociais autênticos, e não para serem o privilégio de arrivistas e nouveaux-riches que estadeiam sua opulência — para o que nada os preparou — em boates, cassinos, ou hotéis suntuosos. E muito menos para serem trancados nos museus como incompatíveis com a simplicidade funcional e a sisudez lúgubre de um ambiente mais ou menos sovietizado.
     Assim entendidos, esses elementos decorativos têm essencialmente uma admirável função cultural, didática e prática, da maior importância para o bem comum.
* * *
     Num balcão, a Rainha, o Duque de Edimburgo e seus dois filhos se apresentam aos aplausos da multidão. Séculos de gosto, finura, poder e riqueza prepararam pacientemente essas joias magníficas, essa indumentária nobre, essa perfeita estilização de atitudes e expressões fisionômicas.
     Considerando as conveniências do corpo, é bem possível que a Rainha achasse mais cômodo nessa hora estar de peignoir e chinelos fazendo tricô, o Duque preferisse estar numa piscina, e as crianças rolando num gramado. Mas eles compreendem que essas coisas só se fazem em particular. Elas podem ser boas, por exemplo, para um pastor fazê-las diante de seu rebanho de irracionais; não porém para um chefe de Estado se impor ao respeito de um povo inteligente. A animais se tange fazendo uso de um bordão e dando capim. Para homens, são necessárias convicções, princípios, e em consequência símbolos em que tudo isto se exprima.
     Quando a Família Real assoma assim ao balcão, ela simboliza a doutrina da origem divina do poder, a grandeza de sua nação, o valor da inteligência, do gosto, da cultura inglesa. As multidões aplaudem. Do mundo inteiro, vêm pessoas desejosas de contemplar esta manifestação de grandeza da Inglaterra. E, ao terminar, todos se dispersam dizendo: "que grande instituição, que grande cultura, que grande país".
* * *
     Admirável, legítimo, profundo poder dos símbolos! Só o nega quem não tem inteligência para compreendê-lo. Ou quem quer destruir as altas realidades que estes símbolos exprimem. E ai do país em que — qualquer que seja a forma de governo, repetimos — a opinião pública se deixa transviar por demagogos vulgares, endeusando a trivialidade e simpatizando só com o que é banal, inexpressivo, comum.

Plínio Corrêa de Oliveira - Catolicismo Nº 82, Outubro de 1957 - Excertos de Ambientes, Costumes, Civilizações.

sábado, 16 de junho de 2012

Sobre o Ambientalismo

Você sabia que:

     Segundo estudo da Embrapa ilustrado no mapa ao lado, dos 8,5 milhões de km2 do território brasileiro, apenas 2,1 milhões são utilizados por áreas urbanas e industriais, estruturas viárias e exploração agropecuária, silvícola e extrativa em geral. Isto representa apenas 25% do território nacional.
     Está nos desígnios de Deus que os recursos naturais estão aí para serem racionalmente explorados. As Sagradas Escrituras afirmam no Gênesis: “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto, que dê semente; ser-vos-ão para mantimento” (Gênesis, 1, 27-29).
     O território brasileiro não é um jardim botânico nem um jardim zoológico. Precisa ser desenvolvido e sabiamente explorado, compatibilizando o desenvolvimento da agropecuário com a preservação do meio ambiente. 

Falso dilema: Agropecuária X meio-ambiente 

Você sabia que …
… O Brasil é um dos países ecologicamente mais bem preservados do mundo e que mantém ainda 69% de sua vegetação natural e 28,3% das florestas originais do planeta.
… O Brasil possui a maior área protegida do mundo. Entre parques, reservas e terras indígenas, as áreas protegidas ocupam hoje 30% do território nacional, quando a média mundial é de 10%.
O mundo emitiu 31,5 bilhões de toneladas de gás de origem fóssil em 2008. A China respondeu por 21% das emissões mundiais (6,5 bilhões de toneladas), seguida pelos EUA (19%), Rússia (5,5%), Índia (4,8%) e Japão (3,9%). Esses cinco países somam 53,4% das emissões planetárias. E o Brasil – quinto maior país do mundo – emitiu apenas 1,4%.
… A agricultura exerce um papel gigantesco na preservação ambiental. Ela é capaz de apresentar soluções para conservação da água e da biodiversidade. Além de alimentos e fibras, ela garante uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. 47,3% da energia brasileira provêm de fontes renováveis (cana-de-açúcar, hidrelétricas, lenha, biodiesel, etc.), em comparação com a média mundial de 18,6%.
… A produção de grãos aumentou 273% no Brasil enquanto a área plantada cresceu apenas 27%, (entre 1976 e 2010). Em um mesmo hectare o agricultor produz, em média, duas vezes e meia mais milho, trigo, arroz, soja e feijão.
Em 1970, um agricultor brasileiro produzia alimentos para 73 pessoas, e, em 2010, o número saltou para 155 pessoas.
(...)  Leia mais em

Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria

O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.  Como o Imaculado Coração de Maria jamais se separa do Coração de seu Filho, também o comemoramos neste mês. E é o tema do que segue:

     O movimento universal de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus complementou-se, no século XX, com o movimento de Consagração ao Imaculado Coração de Maria pedido por Nossa Senhora em Fátima.
     As aparições de Fátima foram precedidas pelas do Anjo de Portugal, que disse em 1916: “Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”.
     E ainda, mais tarde, “Os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia”.
     A bem-aventurada Jacinta, no seu leito de morte, disse à Lúcia: “Tu cá ficas para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração de Maria”.
     Muitos outros paralelismos entre as duas devoções mostram a sua íntima vinculação: as nove primeiras sextas-feiras e os cinco primeiros sábados; o espírito reparador que anima as duas devoções; o movimento de Consagração da Humanidade ao Sagrado Coração de Jesus feito por Leão XIII e o pedido de Consagração da Rússia ao Imaculado Coração feito por Nossa Senhora em Fátima; e por fim a promessa do triunfo final: “Eu reinarei”, repetia continuamente o Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria, e “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”, disse Nossa Senhora em Fátima.
Encíclica Aurietis Aquas 

Notícia abaixo causa repulsa e horror... Até que ponto chegarão aqueles que zombam das coisas sagradas? Não colocamos imagens pois não merecem espaço em nosso blog.

Artista plástica faz releitura polêmica de Virgem Maria
     Uma artista francesa chamada Soasig Chamaillard criou algumas esculturas um tanto quanto duvidosas. O intuito do trabalho era apenas criar releituras de Virgem Maria, dando um ar contemporâneo às imagens sagradas, mas acabou gerando uma ENORME polêmica!
     Para muitos, a arte, apesar de criativa, é um grande insulto aos religiosos. Porém, Chamaillard afirma que não fez as estatuetas com a intenção de ofender ninguém. "Através da imagem da Virgem Santa, falo principalmente das mulheres da sociedade contemporânea", esclareceu. É uma releitura mais ousada que a outra! Tem a Virgem Maria na versão Hello Kitty, na versão Power Rangers, etc. E outra inspirada na "Saga Crepúsculo"!
Fonte: Yahoo
     É uma blasfêmia! Que Nossa Senhora esmague tais aberrações com seus pés imaculados!