O vento da modernidade também soprou sobre Cotia provocando muitas
transformações... Mas... O que está aparecendo é o despertar de uma juventude que caminha em direção oposta ao legado da velha sociedade que chega ao seu fim. Quer dizer, [já se foi a época] dos adeptos de maio de 1968 [revolução studantil anárquica], e de sua ideologia relativista do "politicamente correto". De agora em diante, essa juventude quer escrever uma
nova História.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Papa Francisco e o teste cubano

 1 maio 2013
Armando Valladares (*)

     Francisco, o primeiro pontífice latino-americano, em seu recente discurso ao corpo diplomático destacou a pobreza física e a pobreza espiritual como dois grandes males do século XXI, e se compadeceu do “sofrimento” que suas vítimas enfrentam.
     Ao ler esse discurso papal sobre o flagelo da pobreza, não pude deixar de lembrar dos meus irmãos cubanos, pobres entre os mais pobres latino-americanos e caribenhos, vítimas de mais de 50 anos de comunismo.
     Evoquei tantos lances lamentáveis da diplomacia vaticana para Cuba comunista nas últimas décadas, que de uma maneira ou de outra favoreceram a continuidade da ditadura cubana.
     E me perguntei com legítima expectativa, enquanto católico cubano, qual será, durante este novo pontificado, a orientação da diplomacia vaticana para a pobre Cuba, a outrora “pérola das Antilhas”?
     Até o momento, não são muitos os elementos de que se dispõe para levantar uma hipótese sobre o que poderá ocorrer. Trata-se, sem dúvida, do teste cubano.
     A expectativa e até a ansiedade dos cubanos sobre os rumos da diplomacia vaticana para Cuba comunista se justifica, porque o drama da ilha-cárcere já se prolonga durante demasiado tempo.
     Depois da viagem de João Paulo II a Cuba, em 1997, o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, publicou o livro “Diálogos entre João Paulo II e Fidel Castro” (Ed. Ciudad Argentina, Buenos Aires, 1998), uma edição que parece estar esgotada, porém que na eventual reedição poderá dar luz sobre o pensamento de Francisco sobre o problema cubano.
     Diversos comentaristas lembraram o papel do arcebispo de Buenos Aires, cardeal Bergoglio, como presidente da comissão de redação do documento da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (CELAM), cujos membros se reuniram no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Brasil, em 13 de maio de 2007.
     Francisco teria presenteado tal documento a mandatários recentemente recebidos em audiência pelo novo pontífice, como foi o caso da presidente argentina.
     Em maio de 2007, antes dessa reunião da CELAM, tive oportunidade de enviar “minha angustiada interrogação, enquanto católico cubano e ex-preso político nos cárceres comunistas durante 22 anos, a respeito de se esta reunião da CELAM abordará o drama dos católicos cubanos ou se, mais uma vez, optará pelo silêncio”.
     Também constatava que “o sofrimento espiritual do rebanho católico cubano em relação à atitude complacente dos pastores ante os lobos vermelhos é dilacerante”.
     E lembrava que durante a reunião do Encontro Nacional Eclesial Cubano (ENEC), o então arcebispo de Santiago de Cuba, monsenhor Pedro Meurice, reconheceu que no começo os fiéis católicos cubanos consideravam os eclesiásticos desse país como membros de “uma Igreja de mártires”, mas que depois, por essa atitude colaboracionista com a ditadura castrista, “dizem que somos uma Igreja de traidores”.
     Um resumo dessa mensagem aos participantes da CELAM foi divulgado pela Agência Católica de Informações (ACI): (“Ex-preso político pede que drama cubano não passe desapercebido na 5ª Conferência”, ACI, 06 de maio de 2007).
     Uma mensagem pública aos membros desse organismo, difundido pela imprensa e nas redes sociais, e entregue em mãos à boa parte dos altos eclesiásticos participantes e a seus assessores, no próprio local do evento, em Aparecida. Nessa mensagem, eu expressava
     Lamentavelmente, nessa oportunidade, o silêncio da CELAM sobre o tema cubano foi total.
     Dois meses depois, os diretores da CELAM partiram para Havana, para participar da 31ª assembleia ordinária da entidade eclesiástica.
     Apresentava-se outra oportunidade imperdível para que a CELAM rompesse com o muro do silêncio, da indiferença e da vergonha que asfixia meus irmãos cubanos, pobres entre os mais pobres, órfãos espirituais entre os mais órfãos, que sofrem na ilha-cárcere do Caribe.
     Antes de começar o encontro eclesiástico em Havana, autoridades da CELAM haviam recebido comoventes cartas, assim como pedidos de ajuda por parte de fiéis católicos, de mães e esposas de presos-políticos, sobre as generalizadas violações de direitos humanos e religiosos aos habitantes da ilha-cárcere.
     Depois do encontro eclesiástico houve, inclusive, uma reunião de duas horas e meia entre representantes da CELAM e representantes da ditadura cubana. Não obstante, monsenhor Emilio Aranguren, bispo da diocese cubana de Holguín, se apressou a esclarecer que nessa reunião simplesmente “nenhum desses temas foi posto na mesa”, porque se havia conversado unicamente “sobre os temas que eram verdadeiramente importantes para os bispos presentes”.
     No inferno cubano, a asfixia e o extermínio espiritual e físico do pobre rebanho, ao que parece não era um tema suficientemente importante. O bom pastor está disposto a dar a vida por suas ovelhas (Cf. São João, 10,10). O que dizer daqueles pastores que deixam suas ovelhas a mercê do lobo, parecendo ignorar o drama dos fiéis católicos cubanos, pobres entre os mais pobres, física e espiritualmente?
     Na “ostpolitik” eclesiástica para Cuba, até o momento foram vários os autores. Entre eles, a secretaria de Estado da Santa Sé, bispos católicos cubanos, cardeais e bispos católicos norte-americanos, e cardeais e bispos católicos latino-americanos. Dediquei ao tema dezenas de respeitosos e sinceros artigos, durante os últimos anos.
     Nesta ocasião, evoco esses dolorosos fatos eclesiásticos na angustiada, expectante e filial perspectiva de saber como será a orientação da diplomacia da Santa Sé, durante o prontificado de Francisco, com relação a Cuba. Trata-se do teste cubano. A atual conjuntura da Igreja, interna e externa, talvez seja uma das mais dramáticas de sua História. Que em relação ao futuro da ilha, a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, ilumine a mente, as decisões e os passos dos atuais e mais importantes protagonistas, especialmente, do novo pontífice.
_______________
(*) Armando Valladares, escritor, pintor e poeta. Passou 22 anos nos cárceres políticos de Cuba. É autor do best-seller “Contra toda esperança”, onde narra o horror das prisões castristas. Foi embaixador dos Estados Unidos ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU sob as administrações Reagan e Bush. Recebeu a Medalla Presidencial del Ciudadano e o Superior Award do Departamento de Estado. Escreveu inúmeros artigos sobre a colaboração eclesiástica com o comunismo cubano e sobre a “ostpolitik” vaticana para Cuba.
Dois artigos relacionados, escritos por Armando Valladares: Bento XVI, CELAM e “favela” cubana (30 de abril de 2007) CELAM em Cuba: “diálogo cordial” entre lobos e pastores (27 de julho de 2007).
Tradução: Graça Salgueiro
Extraído do blog O que está acontecendo na América Latina?

sábado, 27 de abril de 2013

Admirável e crescente mobilização

Na França, foi aprovada a lei Taubira, na terça-feira passada, apesar de manifestações multitudinárias que vêm acontecendo desde que o governo Hollande resolveu implantar o “casamento” homossexual. Após a aprovação da lei a despeito da total recusa da Opinião Pública francesa, os católicos continuam suas manifestações de repudio com vigílias, reza do terço etc. Os prefeitos se recusam a aplicar a lei, isto é, a fazer tais “casamentos”. Que Nossa Senhora e São José mantenham essa onda admirável de reação!

Imbecis obedecendo a imbecis
25 abril 2013
O site Le Salon Beige (de católicos leigos franceses) colocou esta mensagem de um leitor:
     Uma mulher foi presa hoje à noite no Trocadéro, quando ela estava voltando para casa após a demonstração (contra o “casamento homo”). Seu crime: uma bandeira da Manif Pour Tous estava esvoaçando em seu carro. Como ele questionou-a, o policial admitiu que suas ordens eram para parar qualquer carro mostrando as cores da Manif Pour Tous.
     mais de quarenta comentários:
     - E, no entanto, bandeiras estrangeiras, principalmente aquelas com um crescente são perfeitamente toleradas!
     - Apenas uma solução: saturar a capital com bandeiras, banners, camisetas, t-shirts, etc. ...
     - A coisa mais surpreendente é que a polícia obedece as ordens que são indescritivelmente imbecis! Ou nossos policiais são completos imbecis, ou eles são tão coagidos, que eles executam ordens abissalmente débeis mentais. (...)
     - Sob qualquer ponto de vista isso é ilegal! um advogado que possa nos dar alguma informação sobre isso, por favor?
     - Diga-me que é uma piada. Diga-me que não é verdade?
 -.-.-
Prefeitos (franceses) determinados a não aplicar a lei Taubira (a lei que aprovou o “casamento homo”)
Nos sites dos prefeitos pela infância:
Sr. Presidente,
eu vos faço uma carta
que vós lereis talvez
se tiverdes tempo.

Eu não posso tolerar
que por uma lei deletéria
de um pai ou de uma mãe
as crianças sejam privadas!

Este casamento
eu não o quero fazer;
não me tornaram prefeito
para enganar as pessoas.

Não é para ficardes com raiva,
é preciso que eu vos diga,
minha decisão está tomada:
Eu vou resistir!

Amanhã bem cedo
eu fecharei minha porta
face às ideias mortas.
Eu irei pelos caminhos,
nas estradas da França,
da Bretanha a Provence.
E eu direi aos prefeitos:
Recusem-se a obedecer!
Se for preciso perder o posto,
deixai o seu também!
 
Vós sois bom apóstolo,
Sr. Presidente.
Se vós me perseguirdes,
notificai vossos policiais
de que eu não tenho armas,
mas estou determinado!

(Da música "O desertor" de Boris Vian)

26 abril 2013
Boas-vindas a Aurélie Filippetti em Bourges
     Esta manhã, mais de uma centena de manifestantes, apesar da chuva, havia chegado para esperar o ministro da cultura, durante uma visita na Primavera de Bourges. Em silêncio, vestidos de branco e com uma mordaça em seu rosto, reiteraram seu direito de recusar a lei Taubira. A delegação foi recebida pelo diretor do gabinete de Aurélie Filippetti. Um manifesto foi apresentado. Por sua vez, ela ouviu em silêncio, mas manteve suas posições dogmáticas.
 


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mãe do Bom Conselho de Genazzano - 26 de abril

 
O nome Maria 
     A Bem-aventurada Virgem Maria é cheia de graça, e aos anjos supera em plenitude de graça. Convenientemente se chama “Maria”, que significa em si mesma iluminada. É-lhe por isso mesmo atribuída a seguinte passagem de Isaías (58,11): “O Senhor encherá tua alma de esplendores”.
     Outra interpretação desse nome é iluminadora dos outros; no caso, iluminadora do mundo inteiro. Por isso é comparada ao sol e à lua.
     (…) O Anjo reverenciou a Bem-aventurada Virgem, como mãe do Soberano Senhor e, por isso mesmo é Senhora. Donde lhe convir este nome “Maria”, que na língua siríaca significa “senhora”.
     A Bem-aventurada Virgem supera os anjos por sua pureza. Porque não só era em si mesma pura, mas também alcançava a pureza para os outros. Puríssima foi, também, quanto à culpa, porque não incorreu em pecado mortal ou venial; e o foi também quanto à pena.
     (…) A Bem-aventurada Virgem foi imune de toda maldição, e por isso é a “bendita entre as mulheres”. Porque somente Ela cancelou a maldição, trouxe-nos a bênção e abriu a porta do Paraíso.
     Eis porque lhe convém o nome de “Maria”, que se interpreta “Estrela do mar”, porque assim como pela estrela do mar os navegantes são guiados ao porto, do mesmo modo os católicos são dirigidos por Maria à glória.
     Quase sempre o pecador está procurando por algo que não consegue alcançar, mas o justo o alcança, conforme se lê nos Provérbios: “guarda-se para o justo a riqueza do pecador” (Pr 13,22).
     Foi assim que Eva procurou o fruto e nele nada encontrou do que desejava. Mas, em seu fruto, a Bem-aventurada Virgem Maria encontrou tudo o que Eva desejava.

Fonte: São Tomás de Aquino, In Salutationem Angelicam Expositio – (Comentário à Ave-Maria)
 
Para conhecer a história de Nossa Senhora do Bom Conselho, entre no seguinte link: 
 
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

União civil entre homossexuais: enquete mostra a desaprovação por parte dos leitores do G1

Enquete realizada pelo G1 mostra desaprovação dos leitores à união civil entre homossexuais

 

     O site de notícias G1, que pertence ao grupo Globo, realizou uma enquete entre seus leitores sobre a união civil entre homossexuais depois que a cantora Daniela Mercuri colocou o tema em pauta nos jornais ao assumir sua relação lésbica com uma jornalista. (Veja o resultado na figura acima e atente para o número de publicações que houve no Facebook e no Twitter)
     A cantora, é embaixadora do Brasil na Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) desde 1995 e do Unaids (programa da ONU para HIV/Aids), se declara católica e diz acreditar que o uso de preservativos “é um instrumento de proteção à vida”.
     Em 2005, ela teve seu nome vetado por Bento XVI no concerto de Natal promovido pelo Vaticano. Apesar de sua posição abertamente contrária aos ensinamentos católicos, Daniela contou em entrevista à revista “Veja” que ela e sua parceira tiveram a audácia de ir à basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Paris, para colocar as alianças, fazer orações e pedir proteção. Nada mais provocativo ao Sagrado Coração de Nosso Senhor que pregava a castidade e o casamento indissolúvel entre um homem e uma mulher.

 
fonte: www.ipco.org.br

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Rock, Revolução e fé católica

Rock, Revolução e fé católica
12/abril/2013
 

     A pedido de alguns amigos e filhos espirituais faço saber minha opinião sobre o Rock.
     Temos visto espalharem-se pelo mundo on line vários textos sobre o assunto. Alguns, apaixonados defensores, vestem a camisa (literalmente), andando de preto, fazendo tatuagens, deixando o cabelo comprido e assim por diante.
     Outros, católicos moderados defensores, dizem que desde que as letras sejam boas, desde que não tenham teor satânico, ou desde que não seja “muito pesado”, não haveria problema algum em escutar um “bom rock”.
     Ainda alguns, radicalmente opositores, apresentam letras satânicas, práticas desonestas, dizendo que por causa desse incentivo não se deve escutar nenhum tipo de rock.
     Aqueles que me conhecem já sabem a minha posição a respeito, mas tentarei explicar de modo conciso aquilo que já sabem através de explicações em palestras e formações que já dei. Aliás, peço aos leitores desculpas antecipadas por ser péssimo escritor.
     Penso que, em primeiro lugar, deveríamos definir o que seja o rock, pois só podemos admitir um valor positivo ou negativo àquilo que conhecemos. Muitos dirão: o rock é um estilo musical como outro qualquer que nasceu dentro de um determinado ambiente cultural; outros falarão que o rock é um estilo musical satânico que arrasta seus ouvintes ao mundo dos vícios e do pecado; outros ainda, que o rock é “um estilo de vida, UH! HU!”, e levantarão os dedos indicador e mindinho das mãos.
     A meu ver, nenhuma destas posições conseguiu definir o rock como tal. E sem mais delongas defino-o do seguinte modo: o rock é um estilo musical revolucionário. Explicarei.
     Em primeiro lugar, recordemos o que é a Revolução: Revolução é um atentado qualquer contra a ordem imposta por Deus na criação. O primeiro revolucionário foi o Demônio que se rebelou contra Deus e depois fez Adão e Eva comerem o fruto proibido.
     Muitas vezes temos ouvido de alguns redutos comunistas (que se dizem católicos) que “Jesus foi o maior de todos os revolucionários”. Ora, isso é um verdadeiro absurdo, pois Nosso Senhor não veio causar um mal à ordem, mas sim, Ele veio restituí-la.
     O mundo, que estava em verdadeira desordem por causa do pecado, tem agora a oportunidade de restabelecer a ordem através de Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Voltando ao rock, muitos poderiam defender alguns pontos que consideram bons no rock. Porém, ninguém poderia discordar do fato de o rock ser um estilo musical e ainda revolucionário. E é revolucionário por contrariar a ordem. Ou alguém vai querer defender que o rock, na verdade, propagaria a ordem? O próprio modo como os instrumentos são tocados (distorção de guitarra, por exemplo) transmitem-nos uma contradição em relação à ordem que é própria à música.
     Antes de entrar no seminário confesso que era um daqueles que gostava de ouvir um “bom rock”. No entanto, ao perceber o aspecto revolucionário do mesmo, renunciei completamente a este estilo.
     A minha opinião é, pois, que o rock não deveria ser ouvido, por ser revolucionário. E se combatemos a revolução, devemos combatê-la como um todo e não só uma parte dela.
 
Fonte: Blog Sou conservador sim, e daí?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Magdi Cristiano Allam, um ex-muçulmano: “Detenhamos a invasão islâmica!”

Magdi Cristiano Allam, um ex-muçulmano nascido no Egito, convertido à Igreja Católica e naturalizado italiano, jornalista e eurodeputado, escreveu que se a Itália cair nos braços do islamismo será por culpa dos maus pastores da Igreja Católica.
 
     O artigo foi publicado no site do eurodeputado:
     “Sabíeis que são cerca de 70 mil os muçulmanos com nacionalidade italiana? Sabíeis que, no total, os muçulmanos na Itália são cerca de 1.538.000, o que equivale a 2,7% da população?”
     “Sabíeis que o islã já é a segunda religião de Itália imediatamente após o Cristianismo?”
     “Sabíeis que, em média, surge na Itália um lugar de culto islâmico a cada quatro dias? Sabíeis que já há terroristas islâmicos ativos, com cidadania italiana, empenhados na jihad – a guerra santa – contra os judeus, os cristãos, os infiéis e os apóstatas?”
     “Bem, se não sabíeis, então é certamente uma grave deficiência. Mas, todavia, pior que o reconhecimento de que tudo isto ocorre com a explícita conivência da Igreja, expressa tanto por parte das posições oficiais e as iniciativas do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, como pelo comportamento e as afirmações do clero, desde alguns cardeais até a uma série de párocos ‘islamicamente corretos”.
     “A reflexão que se impõe pelas recentes declarações de Ezzedine Elzir, o presidente da UCOII (União das Comunidades e das Associações Islâmicas na Itália), feitas a Klaus Davi, nas quais afirma que na Itália ‘há 70 mil que retornaram ao islã’. Por que ‘retornados’ e não ‘convertidos’? Explica-nos Elzir: ‘Nós preferimos usar a palavra retorno porque é um redescobrimento da verdadeira fé’. Quer dizer que, para os muçulmanos, o islã não é uma religião ‘diversa’ do Judaísmo e do Cristianismo, às quais se adere convertendo-se, como ocorre com qualquer outra religião, mas sim uma religião ‘superior’ ao Judaísmo e ao Cristianismo, a única religião verdadeira, o cumprimento da revelação e o selo da profecia, num contexto donde se considera que todas as pessoas nascem muçulmanas ainda que professem uma fé diversa, tendo dentro delas o islã ainda que o ignorem, pelo que a adesão ao islã é um ‘retorno’, a redescoberta da ‘verdadeira fé‘”.
    “’Cada dia chegam às nossas mesquitas não-muçulmanos que querem conhecer o islã, vários deles abraçam-no’, acrescentou Elzir, que disse que ‘quando há uma crise de valores e econômica, uma pessoa volta-se para descobrir as suas raízes, a sua espiritualidade’ e isso inequivocamente coincide com o islã”.
     “Como é possível que a Itália, o berço do Catolicismo, terra cristã que acolhe no seu seio a Igreja dos Papas, vigários de Cristo, tenha chegado ao ponto de coincidir a ‘espiritualidade’ com o islã? E a resposta chama-se ‘relativismo religioso’”.
     “O mesmo Bento XVI identificou várias vezes na ‘ditadura do relativismo’ o mal profundo que deve ser combatido porque nos impõe, ao deixar de lado a razão, considerar que todas as religiões, culturas e valores são iguais, independentemente dos seus conteúdos”.
     “O testemunho eloquente do relativismo religioso reside no princípio de que as ‘três grandes religiões monoteístas reveladas, abraâmicas, do Livro’ rezam ao mesmo Deus”.
     “Assim como o relativismo está presente no comportamento do clero que imagina que para amar os muçulmanos como pessoas é preciso aceitar incondicionalmente a sua religião legitimando o islã, prescindindo o fato de que é incompatível com os valores inegociáveis da sacralidade da vida, da dignidade entre homem e mulher, da liberdade da opção religiosa”.
     “Despertemos! O islã já está dentro da nossa casa!”
     “São os mesmos italianos que promovem a conquista islâmica, incluindo os cardeais e os párocos que clamam pela difusão das mesquitas! Libertemo-nos da ditadura do relativismo!”
     “Detenhamos a invasão islâmica!”
     “Chega de mesquitas!”
     “Redescubramos a nossa alma, recuperemos o uso da razão, voltemos a amar-nos antes de perdermos toda a possibilidade de sermos nós próprios na nossa casa!”.
Magdi Cristiano batisado por Bento XVI
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

“Um fraco rei faz fraca a forte gente”

Bispos franceses cedem às reivindicações do lobby do movimento homossexual
 
     A associação Avenir de la Culture distribuiu à imprensa francesa e estrangeira um comunicado [abaixo] muito oportuno, comentando um outro comunicado: o documento lançado pela Conferência Episcopal francesa, três dias após a maior manifestação da história contra o “casamento” homossexual.
     Infelizmente, tal instituição episcopal, presidida pelo Cardeal André Vingt-Trois, está cedendo às reivindicações do lobby do movimento homossexual.
     Procedendo desse modo lamentável, tais bispos estão deixando estarrecida toda aquela multidão que no dia 13 último saiu às ruas em defesa da Família e contra a agenda LGBT apoiada pelo governo socialista francês.
     Estarrecido encontra-se todo o mundo verdadeiramente católico com o documento episcopal, que propõe fazer concessões ao “projeto de lei Taubira” (nome da ministra da Justiça, Christiane Taubira), aceitando alguns casos de adoções de crianças por “casais” homossexuais e aceitando certas uniões entre pessoas do mesmo sexo, desde que não se use o termo “casamento”!
     Como se podem aceitar uniões gravemente pecaminosas se elas são contrárias à lei moral natural e às leis de Deus?! Um escândalo!
     Portanto, é inaceitável qualquer tipo de legalização de relações homossexuais. Inaceitável também a tentativa daqueles bispos franceses de abafar a santa indignação dos católicos contra um projeto tão oposto à doutrina católica e ao plano de Deus para o matrimônio e a família.
 
Comunicado de Avenir de la Culture
 
“Um fraco rei faz fraca a forte gente”
 
17 de janeiro de 2013
 
     Esta célebre frase de Camões vem ao espírito ao ler o comunicado publicado ontem pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal, três dias após uma das maiores mobilizações que a França jamais conheceu.
     Em decalagem com um milhão de manifestantes que clamavam pela retirada imediata do projeto de lei Taubira, os mais altos responsáveis pela Igreja na França se limitaram a pedir que no debate parlamentar sejam encontradas formulações respeitosas do caráter heterossexual do casamento, da filiação e das pessoas homossexuais.
     Os bispos aceitam, portanto, o princípio de uma remodelação do direito da família: eles acolhem as reivindicações do lobby LGBT por um quadro jurídico solene, desde que a etiqueta “casamento” não venha a embalar o produto e que a adoção de crianças pelos pares homossexuais se faça sem reconhecimento fictício de paternidade.
     Compreende-se que um organismo episcopal disposto a ceder a esse ponto deplore a crescente polarização entre uma França apegada à família tradicional e um governo socialista cegado pela “teoria do gênero”.
     Jamais se compreenderá como podem os Pastores católicos sugerir, ainda que implicitamente, um Pacs+ - isto é, um agravamento das parcerias homossexuais - como uma alternativa possível ao “casamento para todos”.
     Com efeito, tal fórmula está em aberta contradição com o ensinamento da Igreja, segundo o qual “não existe um direito à homossexualidade, o que não deveria, portanto, constituir a base para reivindicações jurídicas” (cf. Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, julho de 1992).
     Diante desse comunicado decepcionante, Avenir de la Culture reitera o que escreveu no dia 8 de dezembro último, em seu “Respeitoso apelo aos Bispos da França: Não tenhais medo!”:
     “Os católicos de base quereriam uma Igreja sem complexos, que não hesitasse em entrar no embate das convicções e defendesse com voz forte os valores cristãos. Se os bispos persistirem em oferecer ao governo um ‘Pacs melhorado’ como alternativa ao ‘casamento para todos’, eles não farão senão aumentar o fosso existente entre eles e os fiéis”.
     Avenir de la Culture deseja ardentemente que outras vozes episcopais discordantes destas se façam ouvir, para que a Sra. Taubira não possa repetir um dia o que escreveu Simone Veil em suas memórias, evocando a legislação do aborto: “Com a Igreja Católica as coisas correram melhor do que eu podia imaginar”.